ALMEIRIM

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ALMEIRIM

A capital da Sopa da Pedra

 

"Tende piedade deste pobre Frade que só tem uma pedrinha para fazer uma sopa"... Poderão ter sido estas as palavras do célebre frade da Lenda da Sopa da Pedra, a mesma sopa que hoje é o maior destaque gastronómico de Almeirim e atraí visitantes de toda a parte do país.

Localizado no coração da antiga região do Ribatejo, Almeirim é um concelho vibrante que merece a sua visita. Uma gastronomia impar, vinhos de qualidade e um ambiente saudável fazem com que os momentos passados nesta cidade sejam sempre agradáveis.

Valorizando as suas tradições e o seu património, a par de uma crescente modernidade, esta cidade e o seu concelho são também ótimos para refugio da confusão dos maiores polos urbanos, quer seja para períodos de descanso ou até para aqui viver.

Venha connosco conhecer o Municipio de Almeirim e a lenda do Frade da Sopa da Pedra.

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TERRITÓRIO

O concelho de Almeirim integra a região estatística (NUTS II) do Alentejo e a sub-região estatística (NUTS III) da Lezíria do Tejo, estando ainda integrado Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, que manteve a designação da antiga NUTS II com o mesmo nome. Porém, apesar de todas as recentes modificações e designações de regiões administrativas, Almeirim é conhecido e reconhecido por ser um dos concelhos mais emblemáticos da região do Ribatejo, que muito embora não exista como elemento administrativo existe como elemento de identificação de toda esta região e dos seus habitantes.

O concelho tem cerca de 222 quilómetros quadrados, onde residem cerca de 22000 habitantes, dispersos pelas quatro freguesias que o compõem: Almeirim, Benfica do Ribatejo, Fazendas de Almeirim e Raposa. Como vizinhos, Almeirim tem a norte o município de Alpiarça, a leste e nordeste a Chamusca, a Coruche e Salvaterra de Magos, a oeste o Cartaxo e a noroeste Santarém.

O Rio Tejo é o principal elemento distintivo deste concelho, criador da vasta lezíria onde grande parte do concelho está implantado. Hoje em dia esta toda área está praticamente toda devotada á agricultura ou atividades relacionadas com a mesma, ou então ocupada pelos núcleos populacionais da sede do concelho e freguesias. Mais a sul o terreno, o relevo torna-se um pouco mais acidentado e ganha alguma altitude na envolvente da ribeira da Raposa.
O ponto mais alto do concelho é conhecido como a "Serra de Almeirim" e está precisamente localizado na zona sul do concelho, aproveitado para a instalação de um posto de vigia de incêndios florestais graças ao miradouro com amplas vistas de toda a região circundante. Esta area está essencialmente dedicada á floresta, ocupada por eucaliptais nas zonas mais irregulares e por montados de sobreiros nas zonas mais próximas da ribeira da Raposa.

 


HISTÓRIA

A proximidade do Rio Tejo, fonte de água, alimento e também via de comunicação terá tido um contributo para a fixação dos primeiros habitantes destas terras. Nos sítios arqueológicos do concelho foram identificados vestígios de períodos distantes como Paleolítico Médio, o Mesolítico, o Neolítico, o Calcolítico e o Período do Bronze o que representa uma ocupação continua desta terras. Também da Idade do Ferro foram localizados vestígios.

Os Romanos também por aqui permaneceram muito tempo. A ocupação das terras aráveis terá começado por volta do Séc. I a.C., existindo vários locais arqueológicos no concelho com vestígios deste longo período de prosperidade. O povoado de então estaria localizado á beira do Tejo, que provavelmente teria o seu leito num local diferente de onde hoje está. Os Romanos aproveitaram esta fértil região para instalarem diversas Villae, dedicam-se sobretudo á agricultura e criação de gado.
As Legiões Romanas de Décimo Junius Brutus estiveram neste local, subindo o Tejo e desembarcando perto de Santarém onde deixaram importantes marcas.
O povoado aqui existente estaria também integrado na rede viária Romana, pois aqui passava uma importante via militar romana que ligava Olissipo (Lisboa) para Emerita Augusta( Mérida) a capital da província romana da Lusitânia. Esta seta ficaria integrada no Brasão da Vila de Almeirim, assinalando este facto.
Existem vestígios em vários pontos do concelho, porém parte poderá estar irremediavelmente perdida devido á constante ocupação agrícola de todo vale do Tejo, com uma cada vez maior mobilização dos solos devido á mecanização da agricultura. Ironicamente terá sido mesmo essa mecanização que permitiu localizar o "Alto dos Cacos", nas proximidades de Almeirim, um local que parece estar localizado á produção de artigos em cerâmica.

Do períodos seguintes, as invasões bárbaras e a longa ocupação Muçulmana não terá restado muito, eventualmente o próprio nome da povoação "Almeirim", que poderá ter origem em "Al-Meirim" nome próprio masculino, o, ou então poderá ter tido a sua origem no nome de uma planta, o “Almeirão” (Cichorium intybus), através do árabe alamron ou alamiron, cuja origem da palavra é no entanto latina

Almeirim foi criada em 1411 por Dom João I, a partir da implementação da Coutada Real de Almeirim, cujo território foi demarcado em 1424; o mesmo monarca edificou no local um palácio, rodeando-o de amplos e belos jardins e hortas. Em 1430, Dom Duarte, ainda infante, mandou aqui construir uma torre que no entanto foi destruída a mando de Dom João I. Em 1483 Dom João II outorgou aos moradores de Almeirim, uma Carta de Mercê. No século XVI, Dom João III mandou construir a igreja e o hospital de Nossa Senhora da Conceição, São Roque e São Sebastião, com uma confraria de que faziam parte a rainha e os infantes, o Duque de Bragança e inúmeros fidalgos de Lisboa. O Paço que havia sido edificado a mando de Dom João I foi ampliado por Dom Manuel I que aqui costumava passar o Inverno; nesta época, a corte era atraída pela presença do soberano que ali construiu boas casas e quintas, em volta do palácio real. Almeirim foi palco de importantes acontecimentos da história de Portugal: as cortes foram aqui convocadas por duas vezes, primeiro por Dom João III para o juramento do Príncipe Dom João e depois pelo Cardeal Dom Henrique, por causa da sucessão do reino.

Nesta terra também se celebraram os casamentos da Infanta Dona Isabel com o Imperador Carlos V e o seu filho Filipe II com a Infanta Dona Maria e aqui faleceu o Cardeal Dom Henrique em 1580. Almeirim foi uma Vigararia do padroado real, com o rendimento de cem mil réis anuais e com um coadjutor da mesma apresentação. Ao nível patrimonial, merecem especial referência a Igreja Matriz e as fontes de São Roque e do Largo dos Namorados; outros locais de grande interesse turístico são as margens do rio Tejo e da Ribeira de Alpiarça, que para além de serem locais de grande beleza, contribuem também para a economia local.

Com a elevação de Almeirim a cidade, a 20 de Junho de 1991, a freguesia sede sentiu também um importante impulso; por se encontrar inserida na cidade, as atividades económicas praticadas pela população são bastante variadas. No entanto, sendo o núcleo do qual nasce o concelho, a freguesia é uma zona onde, desde cedo, se desenvolvem as práticas agrícolas e a criação de gado. Na agricultura, destacam-se as culturas da vinha, do melão e dos laranjais. Foi da Arca dos Laranjais de Almeirim que Dom João II retirou o dinheiro para a expedição de Afonso de Paiva e de Pêro da Covilhã. A regulação da Vala de Alpiarça permitiu novas terras para cultivo e facilitou a criação de gado, essencialmente bovino, que tem sido também um importante recurso, quer nas ajudas dos trabalhos agrícolas, quer nas toiradas que ainda hoje fazem parte da memória local.

Fontes: Município de Almeirim / Freguesia de Almeirim

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Paço dos Negros da Ribeira de Muge

Foi precisamente junto a esta Ribeira de Muge, Muja ou Mugem, nome por que era conhecida que existiu uma residência real, mandada edificar por D. Manuel I a qual inicialmente teve o nome de Paço da Ribeira de Muge ou só Paço de Muge, passando, mais tarde à designação de Paço dos Negros da Ribeira de Muge...

Estendendo-se por uma faixa de terreno, o lugar de Paço dos Negros pertence à freguesia de Fazendas de Almeirim, encontrando-se situado entre a sede da freguesia e a Ribeira de Muge, num lugar conhecido por Casal dos Frades.

Foi precisamente junto a esta Ribeira de Muge, Muja ou Mugem, nome por que era conhecida que existiu uma residência real, mandada edificar por D. Manuel I a qual inicialmente teve o nome de Paço da Ribeira de Muge ou só Paço de Muge, passando, mais tarde à designação de Paço dos Negros da Ribeira de Muge.

A inclusão da palavra “negros” deve-se ao facto do Rei Venturoso ter enviado para lá alguns escravos negros que passaram, então, a utilizar as dependências do Paço e por lá viveram durante muito tempo, chegando a constituir família e dando origem a sucessões. Esta designação foi adotada nas cartas de nomeação de almoxarife e noutros documentos como se encontram com referências ao almoxarife Estêvão Peixoto “Foi almoxarife dos Paços da Ribeira de Muge a que chamarão dos Negros”

O Paço não seria de grandes proporções mas não lhe faltavam comodidades para os que procuravam acolhimento nos momentos de lazer naquela zona aprazível de Almeirim.

Construído num lugar pitoresco, o Paço tinha acesso por um largo portão, aberto num muro, no cimo do qual se colocaram ameias e ornado com armas reais, de coroa aberta, ladeadas pela esfera armilar de D. Manuel I. Do que resta deste Paço há apenas a portada e seis merlões de estilo manuelino.

A ribeira corria abundantemente, e as suas águas eram aproveitadas para mover alguns moinhos nesta zona, chegando ser oito em pleno funcionamento no século XVIII só no limite da freguesia da Raposa à qual pertencia o Paço

Fonte: Municipio de Almeirim

 


PATRIMÓNIO NATURAL

O Concelho de Almeirim é profundamente marcado pela Lezíria do Tejo, o principal ambiente natural deste concelho, pese embora a humanização e utilização dos terrenos excecionalmente férteis para a agricultura há muitas centenas de anos tenham contribuído para erodir as características naturais originais desta zona.

Durante um período muito largo da história da nossa península e do nosso país o Rio Tejo foi via de comunicação e também fonte de sustento. A abundância sobretudo de peixes foi teve até grande reflexo na gastronomia local e fixação de pessoas. A fataça, a enguia, a lampreia, o barbo e a boga são espécies ainda relativamente comuns, pese embora a forte pressão ambiental a que têm estado sujeitos, agravada nos últimos anos pelo continuo aumento do número de espécies invasoras predadores, com destaque negativo para o voraz Siluro (Peixe Gato) cujo apetite apenas tem par nas suas dimensões exageradas comprovadas pela captura de individuados de peso superior a 60 quilos, algo que nenhum outro peixe do rio consegue atingir. A Ribeira da Raposa e algumas valas na lezíria são também habitats de várias espécies de peixe, mas estão também ocupadas por espécies invasoras, incluindo também espécies de Peixe Gato e Lagostins do Louisiana, que competem com as espécies locais por habitats e alimentação. Curiosamente nos últimos anos têm-se verificado por toda a região algum retrocesso no número de Lagostins Vermelhos ao mesmo tempo os "habitantes locais", nomeadamente lontras, cegonhas e garças os foram incluindo nos seus "menus" ajudando assim á recuperação destas espécies.

A zona florestal do concelho não tem grande relevo natural no contexto geral de todo o concelho, porque grande parte está ocupada por eucaliptos, relegando para o montado uma parcela muito menor. Ainda assim, podem por aqui ser encontrados alguns dos mamiferos mais comuns na região como o Javali, o Sacarrabo, A Raposa, O Coelho Bravo ou a lontra nas proximidades dos cursos de água, bem como outros animais de pequeno porque.

Para além das aves habitualmente avistadas nas região como as cegonhas, as garças boeiras, os melros, os patos-bravos, as garças, os corvos, as pegas entre muitas outras, por fazer parte da lezíria, Almeirim está incluído nas rotas migratórias de muitas aves que procuram o estuário do Tejo para nidificar, invernar ou apenas repousar nas suas longas viagens entre o norte da europa e África.

A Ribeira da Raposa é também importante em termos ambientais para o concelho, desaguando no Tejo nas proximidades de Muge no concelho de Salvaterra de Magos. Este ribeira prolonga-se algumas dezenas de quilómetros montado a dentro recebendo água de vários vales de outros concelhos. Grande parte da lezíria da ribeira é aproveitada para a agricultura dada a disponibilidade de água.

 


GASTRONOMIA

SOPA DA PEDRA

É impossível falar de Almeirim e da sua gastronomia sem falar da Sopa da Pedra. Almeirim tem um gastronomia invulgarmente rica e de muita qualidade, capaz de satisfazer o paladar mais invulgar e exigente, mas é a Sopa da Pedra o prato que se destaca acima de todos os outros. Esta sopa tem ainda a particularidade de ser confecionada com alguns "segredos" de cada um dos seus cozinheiros, fazendo com que apesar de semelhante entre todos os restaurantes que a confecionam, é na verdade ligeiramente diferente entre todos e cada um deles, pelo que são sempre necessárias varias visitas até que se possa dizer que as conhece a todas.

A Sopa da Pedra é um prato aparentemente simples, confecionado com feijão, batata, carne de porco, toucinho, enchidos, alho, cebola, coentros, água, sal, louro, coentros e pimenta... mas também leva sabedoria. Poderá encontrar no sitio da Câmara Municipal a receita completa desta sopa, mas nada como ir a Almeirim para a poder saborear.

A Câmara Municipal consciente do valor deste prato e da sua importância para a economia local deu passos para a proteger e valorizar.

FRADE ALMEIRIM

A LENDA DA SOPA DA PEDRA

Um facto curioso é que este prato tem uma lenda que lhe dá um caracter ainda mais especial, que começa com a chegada de um astuto Frade á casa de um abastado lavrador desta terra:

Cansado e com a barriga a dar horas, o Sr. Frade bate à porta do lavrador, mostrando uma pedra, dizendo que gostaria de fazer uma sopa com ela pois está com fome.

Incrédulos, os donos da casa perguntam: "Com essa pedra? Sempre queremos ver isso!"

Sucesso! Foi apenas isto que o Frade precisou de ouvir para dar inicio á sua refeição. Pediu uma panela com água, lavou a pedra e preparou-se para a começar a cozinhar. Isto só aguçou ainda mais a curiosidade dos donos da casa que insistiram na questão: - Só com esta pedra e mais nada?

O Sr Frade delicadamente responde:  "Não, para ficar melhor, devia levar um fiozinho de azeite e deixarem-me cozê-la ali no vosso lume."

O hábil Frade foi sempre pedido ingredientes aos poucos, levando os seus anfitriões a trazerem:  "Um pedacinho de carne, um rodelinha de linguiça, duas ou três rodelinhas de chouriço, uma talisca de toucinho, umas batatinhas, um punhado de feijão..." e por aí a adiante até que da panela começou a sair o delicioso aroma da "sopa da pedra".

Depois da bela refeição, já com a panela limpa e apenas com a pedra a sobrar, o dono da casa já desconfiado pergunta ao frade: "Então e a pedra?"

O Sr. Frade, de barriga bem cheia de sopa e "manhosice" responde: "Não é para comer agora, eu lavo-a e levo-a comigo para comer outra vez"

 

CARALHOTAS

Só Sopa da Pedra para um refeição parece pouco. Temos que a acompanhar com um pouco de pão - uma caralhota.

As "Caralhotas" são pães caseiros, cozidos em fornos de lenha, particularmente saborosos e excelentes para acompanhar qualquer prato.

O seu nome - "Caralhotas" tem origem na designação popular para os borbotos das camisolas. Era precisamente a semelhança entre estes borbotos e os restos que ficavam nos alguidares onde era preparada a massa do pão que levou a que em Almeirim fosse dada há longos anos essa designação aos pequenos pães confecionados a partir desses restos.

 

MELÃO DE ALMEIRIM

O Melão de raça, é uma variedade deste fruto que se caracteriza pela sua casca escura e texturada, cultivado nos férteis terrenos da lezíria do concelho de Almeirim.

Este melão deu origem ao processo de certificação e criação de uma marca: O "Melão d’Almeirim"

Introduzido na região pelos Muçulmanos, está particularmente adaptado à região, beneficiado ainda da abundância de água e de um clima muito favorável à sua produção.

 

OUTROS PRATOS

Na verdade uma Sopa da Pedra, uma caralhota e uma fatia de melão, bem acompanhados com um vinho da região já são suficientes para o deixar satisfeito, mas estamos a falar de Almeirim. Há muito mais neste concelho do que aparentemente modesta Sopa de Pedra.
O menu é longo, e aqui apenas enumeramos alguns pratos: sopa de feijão, puré de tomate, massa à Barrão, bacalhau com molho de alho, magusto com bacalhau assado, caldeirada à pescador de Almeirim, lebre com couve e feijão branco, favas com enchidos de Almeirim, cachola de porco, chispe com batata frita, Cabrito (ou borrego) assado no forno, Ensopado de borrego, Açorda de sável, Arroz de castanhas, Carne de Toiro bravo entre muitos outros.

A doçaria também tem relevo a nível local, com doces como o Bolo Finto de Almeirim, o Pastel de Frade, o Gelado de Melão de Almeirim, as Broas de Almeirim e os Coscorões.

 


VINHOS

O concelho de Almeirim tem condições muito boas para a produção de vinhos de grande qualidade, tanto tintos como brancos. Por isso mesmo existe um número razoável de produtores, muito conhecidos tanto nacionalmente como internacionalmente.
Junto ao rio Tejo, predominam as castas brancas, em particular a Fernão Pires enquanto nos terrenos mais afastados do rio, já na zona de Charneca, onde os solos são mais pobres e arenosos, são as castas tintas que existem em maior número.
Almeirim é há muito tempo um concelho com uma produção total de vinho que figura entre as mais elevadas do país, sendo que nos últimos anos vários produtores e também as cooperativas do concelho fizeram investimentos que permitiram aumentar ainda mais o volume da produção, bem como assegurar a qualidade dos vinhos aqui produzidos.

 


TURISMO

Almeirim tem um grande potencial turístico, aproveitado por múltiplos operadores que valorizam essas mesmas potencialidades.

Aproveitando a sua localização no centro do Ribatejo, o visitante pode visitar vários espaços e monumentos no concelho, pode passar os seu tempo numa das várias casas agrícolas ou unidades de turismo rural, ou então esquecer a dieta e perder-se num dos muitos restaurantes do concelho.

O Rio Tejo está bem perto, mas ainda não tem um aproveitamento turístico de relevo, ficando sobretudo pelo interesse paisagístico e natural.

 


ECONOMIA

Almeirim goza de uma certa centralidade geográfica e acessibilidades que a têm colocado no centro desenvolvimento económico de região, facilmente acessível sobretudo por estrada. A sua proximidade com a A1 e A15 colocam todo o norte e a faixa oeste de Portugal bem perto, ao mesmo tempo que permite aceder facilmente ás regiões de interior centro e norte.
Para Sul a A13 é o principal eixo, conduzindo de forma rápida pessoas e mercadorias quer para o Algarve, Alentejo, Margem Sul ou Espanha.
Falta ainda a conclusão para norte da A13, que permitiria uma ligação ainda mais eficiente de Almeirim ao interior centro através do nó com a A23 nas proximidades do Entroncamento. Esta via permitira também resolver o congestionamento da ponte da Chamusca. A rede de estradas nacionais, sobretudo a N114 e a N118 favorecem Almeirim, com uma ligação norte-sul e este-oeste a ter lugar nesta cidade.

Um crescente dinamismo económico tem vindo a ter lugar em Almeirim, aproveitando a referida localização geográfica e proximidade da capital do País.

O setor terciário é aquele que atualmente emprega mais pessoas, sobretudo no comércio, bancos, e seguros, transportes e comunicações, administração pública e serviços, com especial destaque para a área da restauração que emprega direta e indiretamente centenas de pessoas. Almeirim acolhe ainda alguns serviços regionais como é o caso do Comando Distrital de Operações de Socorro da Protecção Civil, o ACES (Agrupamentos de Centros de Saúde) da Lezíria II ou a da Associação Distrital de Atletismo.
A recente decisão de um grande grupo ibérico de venda em supermercados de instalar em Almeirim uma unidade de logística de grandes dimensões irá transformar o setor no concelho, pois irá criar centenas de postos de trabalho.
As atividades relacionadas com o Turismo têm também um grande peso no concelho, pois não só dão emprego direto a muitas pessoas, como ainda valorizam os recursos locais. O caso mais notório é o da restauração, muito forte que beneficia do elemento distintivo que é a tradicional Sopa de Pedra, valorizando depois os vinhos do concelho e demais produtos agrícolas-

Segue-se o sector secundário, destacando-se as indústrias de construção e obras públicas, metalurgia, metalomecânica, material elétrico e transportes, calçado, vestuário e têxteis, alimentação e bebidas, madeira.
As unidades industriais de transformação de produtos agrícolas, donde se destaca a Sumol + Compal e as Adegas Cooperativas têm um peso importante no que toca à economia local, consumindo os produtos com origem local e exportando para todo o país e estrangeiro.

Tendo tão grande dinamismo no setor terciário e no setor secundário e que dependem fortemente dos produtos locais, também o setor primário tem muita força no concelho. A produção de tomate, de milho, de vinho, de frutas e de inúmeros produtos hortofrutícolas tem uma importância económica significativa

 

Fonte: Municipio de Almeirim


Texto em construção. 
Guia Rural - Agosto 2023 

CHAMUSCA

logo municipio chamusca 300CHAMUSCA

CORAÇÃO DO RIBATEJO

 O concelho da Chamusca, dividido entre a lezíria e o montado e banhado pelas águas do rio Tejo está repleto de encantos e tradições, que ao longo de séculos têm sido mantidas e moldadas pelas gentes desta orgulhosa terra.
O seu rico território e a diversidade de paisagens e ambientes nele existente contribuiriam para forjar uma forte identidade e modo de viver.
A riqueza cultural desta terra está bem representada através da sua gastronomia rica e variada, nas suas tradições que têm o seu auge nas Festas da Ascensão que têm lugar em Maio.

Convidamo-lo a nas próximas páginas a conhecer melhor a Chamusca e o seu concelho...

 

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TERRITÓRIO

Desde 2002 que o Município da Chamusca pertence à região estatística (NUTS II) do Alentejo e na sub-região estatística (NUTS III) da Lezíria do Tejo, porém a sua alma é totalmente Ribatejana.  Localizado no já extinto distrito de Santarém, o Município da Chamusca ocupa cerca de 746 quilómetros quadrados de território na margem esquerda do Rio Tejo, divididos entre lezíria e floresta , fazendo fronteira com os concelhos de Vila Nova da Barquinha e de Constância, a sul com o de Coruche, a este com os de Constância, Abrantes e Montargil e a oeste com os de Almeirim, Golegã e Alpiarça. Chamusca está inserida na bacia sedimentar do Tejo, formada na Era Terciária, que foi preenchida por aluviões e areias do quaternário.

A sede do município é a vila da Chamusca, sendo o concelho composto pelas freguesias de Chamusca, Pinheiro Grande, Vale de Cavalos, Ulme, Semideiro, Parreira, Carregueira e Arripiado.


A HISTÓRIA

Numa primeira fase a abundância de fontes de alimento e de água, posteriormente a fertilidade dos solos terão sido fatores fundamentais que levaram os primeiros habitantes do território hoje ocupado pelo concelho da Chamusca a permanecerem na região.   Foram localizados vestígios de períodos que distam desde o Paleolítico , e em alguns locais julga-se terem existido alguns aglomerados populacionais da idade do ferro e da idade do bronze, no entanto são muito escassos os elementos que perduraram.

Do período Romano também foram encontrados vestígios em vários pontos do concelho, essencialmente relacionados com a atividade agrícola e junto de zonas onde terão existido as estradas romanas que cruzavam estas terras.  Existem alguns elementos do período da ocupação Romana no Concelho de Chamusca, como a villa do Arripiado, o único local dessa natureza, até à data, encontrado em todo o concelho. Como o próprio nome indica, a villa localiza-se na aldeia do Arripiado, na zona norte do concelho.  Foi identificado como sendo uma Villa devido á descoberta nos anos 20 do seculo passado de um mosaico romano com 3 por 5 metros de dimensão, e junto dele forma identificadas estruturas que teriam sido as paredes do edifico.

Também em Vale de Cavalos, inúmeros achados arqueológicos, comprovam que no mesmo local onde hoje está a aldeia existiu também uma povoação Lusitano-Romana há uns dois mil anos atrás. Chamava-se Trava e é, até ao momento, o mais antigo aglomerado populacional conhecido em toda a vasta área do atual concelho da Chamusca.

Para alem destes locais existem mais alguns sob os quais recaem a suspeita de terem tido ocupação Romana, porem a possível natureza das construções, dispersas e ligadas á agricultura, os materiais utilizados e até a vocação dos terrenos, alvo de intensas praticas agrícolas ao longo dos seculos, terão no seu conjunto contribuído para o desaparecimento de muito do que seria o possível património deste período.

É certo que os Muçulmanos também ocuparam esta região, mas tal como do período Romano, eventuais terão sofrido a erosão dos séculos, o que associado á tradição muçulmana, que registava sobretudo os dados sobre os principais povoados lançam a história de todo este território durante esse período para o desconhecimento, dada a ausência de grandes urbes em toda a região.    Esta zona fazia parte dos domínios de Santarin, e era reconhecida como das mais férteis regiões de todo o  Garb al-Andalus.  No freguesia de Ulme, nos anos 70 do secXX  foram identificados dois locais possivelmente ligados ao período Muçulmano,  o sítio da Quinta da Mesquita e o Casal do Enxofre.

O "nevoeiro dos tempos" começa a dissipar-se a partir de 1147, quando ocorreu a reconquista cristã da linha do Tejo, com a tomada de Lisboa e Santarém .

Após a conquista de Santarém, a cidade terá sido doada á Ordem do Templo, que levou a cabo diversas ações para estabilizar toda a região circundante.  Em 1150 foram lhe doadas as localidades de Abrantes e Alpiarça, e também o Ulme (hoje parte do concelho da Chamusca), com o objetivo de construírem um castelo, elemento essencial para a defesa e proteção destas terras.

Em 1449, sob regência de D. Afonso V, as terras de Chamusca e Ulme são doadas a D. Ruy Gomes da Silva, que aqui fixou residência. A Chamusca estava integrada no termo de Santarém, foi elevada a vila e sede de concelho, juntamente com Ulme, em  1561, na regência de D. Catarina.

A partir de 1643, após o reinado dos Filipes, passou a integrar o património da Casa das Rainhas, tendo-se mantido nesta situação até à época liberal (1833). Por aqui passaram algumas das mais importantes figuras da história de Portugal, nomeadamente as hostes de D. Afonso Henriques, D. Sancho I e o Rei D. Manuel, entre outros. Dos grandes feitos do povo chamusquense, destaque-se a sua atitude no tempo das "Invasões Francesas" quando, para defender a sua terra, os pescadores queimaram muitos dos seus barcos (cerca de 75 embarcações) para evitar a passagem da tropas Francesas que estavam aquarteladas na outra margem do rio.

A 31 de Agosto de 1875 a Chamusca perde a sua autonomia comarcã e foi transferida a sua sede para a Golegã. Já em 1879, estando no poder o partido progressista do qual fazia parte o Dr. João Joaquim Isidro dos Reis, intercedeu junto do governo, para que fosse criada a comarca da Chamusca, ou lhe fizessem a Ponte sobre o Tejo, alegando que a sua situação política seria insustentável, se não lhe dessem um destes melhoramentos.

Dos vários períodos da historia de Portugal foram ficando construções na Vila da Chamusca, como por exemplo várias igrejas - Igrejas Matriz de São Brás (século XVI, a mais antiga da Chamusca) e da Misericórdia (século XVII), as Igrejas de São Francisco e de São Pedro (século XVII), as Ermidas de Nossa Senhora do Pranto (século XVIII) e a do Senhor do Bonfim.

A Chamusca, preserva ainda alguns edifícios e pormenores apreciáveis e um traçado urbano aliciante que merece uma visita a pé. As vistas sobre a lezíria que se alcançam das suas belas colinas, são das mais vastas e deslumbrantes de Portugal. Foram famosos os seus vinhos produzidos nas terras da Rainha e muito apreciados na Corte. Quando o Marquês de Pombal mandou arrancar as Vinhas do Ribatejo, as da Chamusca foram por isso poupadas. A Chamusca teve barcas de passagem em diversos portos ao longo do rio Tejo, dos quais ainda subsiste a que liga o Arripiado a Tancos.

A história da vila está desde sempre ligada ao Rio Tejo quer como via de comunicação, quer como meio de subsistência das gentes destas terras, prolongando-se esta ligação deste os períodos pré-romanos, até quase aos dias de hoje acompanhando os seus ciclos de cheias e de caudais mais dóceis.

Também muito importante na vida e história da Chamusca é a sua forte ligação á terra, ao mundo agrícola, mas também á cultura tauromáquica, aos touros e aos cavalos, e desde há muitos anos que existem pelo concelho varias propriedades onde se criam cavalos e touros.

Fontes: Municipio da Chamusca,  Junta de Freguesia de Vale de Cavalos, Carta Arqueologica da Chamusca, Wikipedia, Outros.


PATRIMÓNIO NATURAL

O concelho da Chamusca "vive" repartido entre dois mundos, a Lezíria do Rio Tejo, e a Charneca - uma vasta área florestal, coberta de montados e eucaliptais.  

À beira Tejo encontramos a fértil lezíria, por onde varias culturas e povos passaram e sempre valorizaram a sua rara fertilidade.  O Rio, elemento criador de toda a esta paisagem foi uma importante via de comunicação durante muitos séculos, tal com foi fonte de sustento.

No rio uma grande variedade de peixes pelas quais o  Tejo é sobejamente conhecido, incluindo a fataça, a enguia ou a lampreia, porém nos últimos anos espécies invasoras como o Achigã, o Lucioperca ganharam espaço e estão a reduzir o numero de indivíduos das espécies nativas, porem de todos nenhum parece ser tão voraz como o Siluro (Peixe Gato), atingindo dimensões que nenhum peixe nativo do Tejo atinge, tendo sido já capturados peixes com 60 quilos.   Varias espécies de aves habitam esta vasta região incluindo cegonhas, garças, garças boeiras, papa ratos, diversas aves de rapina, e muitas outras de menor porte como os melros e os estorninhos.

O Tejo tem ainda uma utilização ludica, podendo ser realizadas várias atividades á beira rio, sobretudo no periodo estival.

A Ribeira do Ulme como que faz a transição da lezíria do tejo para o interior da charneca.  Sendo alvo da cultura do Arroz, cuja particularidade de ser produzido em campos alagados, todo este vale atrai bastantes aves aquáticas, como as habitam junto do Tejo e ainda algumas espécies de patos, galinhas de água e galeirões.   Neste vale, como em toda a região a introdução do Lagostim do Louisiana, uma espécie invasora e particularmente profícua na sua reprodução, veio alterar um pouco o panorama dos "residentes" que passaram a ter uma fonte de alimentação abundante e permanente, o que terá ajudado na recuperação de algumas espécies como as lontras e as cegonhas.  Hoje em dia este crustáceo de agua doce é também capturado para alimentação humana, mas o resultado das capturas é quase todo para a exportação.

A Charneca é o outro grande ambiente natural do concelho. O Sobreiro, o seu elemento principal, fonte de inesgotável riqueza, dá origem a uma infinidade de produtos, desde a madeira através da qual se faz o carvão tradicionalmente em fornos de terra espalhados pela charneca, bolota que alimentava varas de porcos e, claro, o produto mais nobre, e pleo qual é mais conhecido - A cortiça.    A cortiça é algo quase milagroso, uma dádiva da natureza eu que os humanos têm sabido aproveitar ao longo de séculos, e que cada vez mais se assume como um importante produto para um futuro que se quer sustentável e amigo do ambiente, pese as inúmeras ameaças que assolam os montados, não só do concelho da Chamusca, mas como de restante país.

A charneca é uma das mais valiosas expressões do floresta mediterrânica, um dos mais ricos ecossistemas do mundo. Foram já identificados nos montados mais de 120 espécies de animais, algumas com estatuto vulnerável ou ameaçadas de extinção como a Águia de Bonelli, a Águia-imperial ou a Cegonha-preta. Também o Lince-ibérico ocorreu nos sobreirais e montados portugueses, e se existir no futuro a recuperação da sua população, poderá voltar a ocorrer em Portugal, dada a disponibilidade de habitat existente.    Também a flora dos Montados é muito importante, composta por muitas ervas aromáticas, como a lavanda, o tomilho, o rosmaninho ou o alecrim e ainda diversas espécies de cogumelos, que estabelecem uma interessante relação simbiótica com os sobreiros, incluindo as curiosas "tubras", uma espécie de fungo subterrâneo semelhante ás turfas.

OBSERVATÓRIO DA PAISAGEM DA CHARNECA -  CHOUTO

Coordenadas GPS:39.264761, -8.304904

O Observatório da Charneca resulta da reabilitação de um antigo palheiro e armazém agrícola, adaptado para um espaço de realização de encontros, reuniões e eventos. Promovidas pela Empresa Casal do Gavião do Meio, desenvolvem-se atividades de animação turística onde pode participar em atividades rurais, como a apanha da azeitona, tosquia

das ovelhas e assistir à extração da cortiça e também realizar percursos na Charneca e no montado.

ESTAÇÃO DA BIODIVERSIDADE DA RIBEIRA DA FOZ - CARREGUEIRA
Coordenadas GPS: 39.458555, -8.343269

Um autêntico oásis de conservação da natureza, aqui poderá sentir o poder do ar puro e contemplar a fauna e flora. A Estação da Biodiversidade (EBIO) da Ribeira da Foz integra um percurso de quase 2 km, com 9 painéis de informação acerca da biodiversidade, com especial destaque para os insetos e plantas.
A sua vegetação exuberante e o constante som da água a correr não deixam ninguém indiferente. A guardar este segredo estão os carvalhos, sobreiros e azinheiras e, das várias espécies que poderá encontrar, o gavião tem destaque, uma vez que é umas das aves de rapina a nidificar na área.
Podemos encontrar ainda um dos poucos bosques ripícolas da região ainda bastante bem conservado, onde a biodiversidade destes meios húmidos têm o seu habitat.


ECONOMIA

Tendo em conta as condições do território do concelho da Chamusca, não será de estranhar que o setor primário, essencialmente a agricultura e a exploração florestal assumam particular relevância no tecido económico.  Por um lado a fértil lezíria, essencialmente destinada ás cultura de regadio como o tomate, milho, o melão e o arroz, mas também outras como  como o olival, a vinha, os pomares de pêssegos e citrinos e ainda alguns cereais.   Já na zona de charneca a exploração da floresta domina, sobretudo montados de sobreiros , eucaliptais e pinhais.  São ainda criadas varias espécies de gado,  mas simbolicamente são os touros e os cavalos que são a imagem de marca de toda a região, se bem que outras espécies menores também sejam criadas com é o caso das ovelhas.

Do setor secundário destacam-se as indústrias de construção e obras públicas,  algumas unidades de metalurgia e metalomecânica, de calçado, de vestuário e de têxteis, de alimentação e de bebidas, de madeira e de cortiça.

O setor terciário está essencialmente ligado à administração pública e também aos serviços prestados por privados, com o comercio de liderar.   Outras atividades como o turismo vêm a ganhar algum relevo, aproveitando os ricos e variados recursos do concelho.

O concelho da Chamusca e toda a região anseiam á muitos anos por uma nova travessia do Rio Tejo, que ligue em direção ao concelho da Golegã é á parte norte do distrito, uma obra de particular relevo e que poderá mudar o paradigma socio-económico de uma vasta área e não só do concelho da Chamusca, pois a centenária ponte que liga as duas margens já não responde ás exigências do sec. XXI


GASTRONOMIA

A proximidade com o rio e a fertil leziria influenciaram bastante a gastronomia de toda a região, e logicamente do concelho da Chamusca. Os pratos confecionados com peixes do rio como o açorda de sável, as enguias fritas, o ensopado de enguias, frigideira do mar, e a fataça frita. são apenas alguns. Nas sopas o peixe também marca presença na sopa de peixe, á qual se junta também a sopa de couve com feijão e a sopa de feijão com carne. O muito tradiconal bacalhau também marca presença, que pode ser saboreado assado com couve a soco.

A doçaria, de origem conventual, é também bastante expressiva no concelho, sendo produzidos entre outros as trouxas de ovos, peixe doce, queijinhos de amêndoa, lampreia de ovos, bichanas, corações-de-noiva, ferraduras, chamuscos, arroz-doce, velhoses, broas, toucinho do céu

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Ao longo do ano o concelho da Chamusca acolhe vários eventos gastronomicos

FESTIVAL DO COGUMELO DA PARREIRA
Março

O Festival do Cogumelo da Parreira é uma iniciativa gastronómica promove este produto endógeno da nossa charneca ribatejana, ao mesmo tempo que dá palco aos sabores e saberes locais desta freguesia. A Parreira tem vários produtores agrícolas e apanhadores de cogumelos silvestres e esta foi e é ainda uma importante atividade económica para muitas famílias. O festival nasceu da iniciativa conjunta entre o Município da Chamusca e a União de Freguesias de Parreira e Chouto e conta anualmente com a presença de reconhecidos chefs de cozinha nacionais, espetáculos musicais e etnográficos, provas gastronómicas, restauração, bares, artesanato, mostra de produtos e passeios temáticos e científicos.

Org:. Município da Chamusca e União de Freguesias de Parreira e Chouto

FESTIVAL “JÁ TE DOU O ARROZ” - ULME
Setembro

A freguesia de Ulme, no concelho da Chamusca, acolhe o evento “Já te Dou o Arroz”, um certame dedicado a promover o arroz, um produto endógeno e tradicional da freguesia, um território da charneca ribatejana onde existem vastas extensões de arrozais e onde o arroz é uma fonte de riqueza para muitas famílias.
Este evento é uma organização do Município da Chamusca e da Junta de Freguesia de Ulme e realizou-se pela primeira vez, entre os dias 20 a 22 de setembro. Trata-se de mais um evento de dinamização do território, associando a promoção de um produto local a momentos de convívio e de animação, à semelhança dos grandes eventos que já caraterizam o concelho da Chamusca.
O evento integra a confeção e apresentação de pratos e doçaria de arroz, além de atividades paralelas como sessões de showcooking, música, animação infantil, desporto, jogos tradicionais, Trilho dos Arrozais da Freguesia de Ulme, bênção dos arrozais, música, pintura ao vivo, bares e expositores. O evento realiza-se no recinto de festas de Ulme.

Org: Município da Chamusca e Junta de Freguesia de Ulme

FESTIVAIS DE SOPAS

  • PROVA DE SOPAS – Carregueira – Último fim-de-semana de março
  • SOPAS NA ALDEIA - Pinheiro Grande – Maio e Outubro
  • PROVA DE SOPAS REGIONAIS – Chamusca – 2º fim-de-semana de julho
  • FESTIVAL DE SOPAS DA PARREIRA – novembro

OUTROS

  • FESTIVAL DO FRANGO - Vale de Cavalos - 2.º fim-de-semana de julho
  • FESTA DA SARDINHA - Parreira - Julho
  • SARDINHADA - Semideiro - Julho

VINHOS

Desde sempre que o vinho faz parte da cultura da região, tendo particular importância na Chamusca, terra de vinhas que originaram vinhos de particular qualidade e que impressionaram até os mais exigentes paladares da Corte. A relevânica do vinho e da vinha era tal que o brasão do Município ostenta quatro cachos de uva na bordadura do escudo. O mesmo elemento está presente no brasão da freguesia da Chamusca.
O concelho da Chamusca pertenceu em tempos aos bens da ‘Casa das Rainhas’ e, quando o Marquês de Pombal em 1765 mandou arrancar as Vinhas do Ribatejo, as da Chamusca foram poupadas devido á qualidade dos vinhos aqui produzidos.
A vitivinicultura teve sempre um lado festivo e celebrativo que encontra expressão na poesia e nos temas etnográficos dos ranchos do concelho.
Os vinhos do concelho sempre foram o acompanhamento perfeito para os pratos da gastronomia local, confecionados á base de carne ou peixe.


TAUROMAQUIA

No coração do Ribatejo, é tradição e costume a Festa Brava...

Não se imagina o Ribatejo sem toiros e sem toureiros e sem touradas portanto. Festa da terra e do mundo rural, faz parte da alma que temos, da nossa relação ancestral com o campo e com o gado, do nosso jeito de fazer da vida uma festa e do risco um modo de a engrandecer.
Por essa lezíria além e pelas herdades da charneca há toiros e há cavalos que partilham connosco o espaço em que nos movemos, a terra a que nos afeiçoamos, a vida que nos interliga. Gerações e gerações, vários Séculos já contados, fomos formando este ser, no trabalho com o gado, no risco das tralhoadas, na alegria das ferras, na exigência das tentas, na emoção das largadas, no colorido das entradas, no entusiasmo das corridas, quando, o sol aquece as tardes e desafiamos o destino no redondo de uma Arena Chamusquense. É um estar que não se explica, sente-se e isso nos basta, nem tudo pode ser dito, a alma não se representa e vive dentro de nós.
De muita fé se faz a Festa. De muitos rituais, gestos, objectos, que são assim porque sim, a fé, como a alma, vive-se, Não tem de ser explicada. Mas no lio de um toureiro, a par do traje de luces, nunca há-de deixar de ir as imagens da sua devoção, a Virgem Macarena, o Sagrado Coração, Nossa Senhora de Fátima, o Senhor da Misericórdia, são elas que dão conforto e inspiram segurança porque o risco existe e um homem tem um coração a bater e emoções, incertezas, momentos em que um simples milímetro, ou nem tanto, separa a morte da vida.
Na sua frente está o toiro, o mais nobre dos animais. Não é inimigo o toiro, não lhe quer mal o toureiro, é por tanto gostar dele e de sentir as emoções de tão chegada presença que ali está, num gesto de desafio e de profundo respeito. 0 destino os juntou, foi assim que a sorte quis, a lide vai ser um jogo em que a vida se decide.Figura central da Festa é o toiro, esse estranho animal, pujança da Natureza, enigmático, misterioso, sedutor. Desde o tempo das cavernas, basta, atentar na arte que o Homem deixou na rocha, que o toiro nos enfeitiça. Há aqueles a quem condiciona mesmo a vida, deixam tudo, vão atrás dele, correm riscos, tentam aprender a conhecê-lo, atrevem-se a desafiá-lo. Alguns dominam-no. Esses são toureiros. E o toiro a sua paixão.

Fonte: Municipio da Chamusca.
Mais informação no site oficial do Municipio.


FESTA DA ASCENÇÃO

Uma tradição bem viva na Vila da Chamusca...

De tradição inicialmente religiosa, hoje é o ponto alto das festividades na Vila da Chamusca, atraindo milhares de visitantes de toda a região. "Da Páscoa à Ascensão, quarenta dias vão"... é a nossa Festa maior, a meio da Primavera, com a Natureza Madura, os dias cheios de sol e uma imensa alegria que emana da terra e dos homens.
Festa profundamente rural, ligada ao aloirar das searas e à multiplicação das flores, que anunciam pão e vida, simbolizadas no raminho da espiga, a Ascensão é também a comemoração da subida de Cristo ao Céu, fechando um ciclo de quarenta dias que se abriu pela Páscoa. Céu e Terra, Fé e Festa, tudo aqui se conjuga, numa semana de Maio, em que o Concelho se olha e se mostra, assumindo a sua alma agrária e o seu jeito de viver, neste imenso espaço que tem, de campina e de charneca, entre o Tejo e o Alentejo.
Sempre a Ascensão foi uma festa nestas terras onde estamos, mesmo não sendo feriado, como agora é, nem havendo, nem se sonhando, com formas organizadas de pôr a Festa de pé. Sempre o povo soube guardar a Quinta-Feira de Espiga, dia sagrado da terra, em que largava a enxada e ia por esses campos, folgando e colhendo espigas, malmequeres, papoilas, esgalhos de cepa, raminhos de oliveira, pés de alecrim e de rosmaninho florido para compor o raminho que levava para casa, lá ficando o ano inteiro, pendurado na parede, bendita a terra que é farta, louvado seja o Senhor.
Esta é a essência da Festa, um hino à força e à generosidade da Natureza de que depende a nossa vida. Festa da terra e do gado, toda a gente sai à rua, Quinta-Feira de Ascensão, para ver a entrada de toiros pelas ruas da Chamusca, o campo invadindo a vila, uma emoção incontida, uns instantes que valem toda uma manhã de espera, os olhos cheios de cor, uma sensação que não se explica, para o ano cá estaremos outra vez. E à tarde a Corrida da Ascensão, não há praça como a nossa, aqui a Festa é diferente, nesta arena se revê o nosso jeito toureiro, o lado da nossa alma forjado nas tralhoadas, gerações e gerações, a paciência dos homens, a força bruta dos toiros, uma relação de séculos que temos uns com os outros.

Enche-se a vila de gente que aqui vem para ver a Festa, assistir aos espectáculos, apreciar o artesanato e o dinamismo de inúmeras actividades, provar da nossa gastronomia, deliciar-se com os petiscos das tasquinhas, reencontrar os amigos, beber um copo com eles. Todo o concelho aqui está, ao alcance do nosso olhar, uma freguesia por dia a mostrar os seus valores, e há um mar de gente jovem, que desagua a meio da Festa, um Dia da Juventude com muita cor e alegria, é nela que a gente vê o futuro que vai ter, a festa da vida que irá para além de nós...

Fonte: Municipio da Chamusca.
Mais informação no site oficial do Municipio.

 

 

GOLEGÃ

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A CAPITAL DO CAVALO

A Golegã há muito que passou a ser a Capital do Cavalo, fruto da sua antiga ligação com a Coudelaria Veiga, para muitos a mais importante coudelaria de Portugal. A Coudelaria com sede na Quinta da Broa, Azinhaga do Ribatejo, fundada há 180 anos por Rafael José da Cunha, o denominado Príncipe dos Lavradores Portugueses. Por herança familiar, a coudelaria veio a ser herdada por Manuel Tavares Veiga, sobrinho bisneto de Rafael José da Cunha.

A Golegã celebra o Cavalo, em especial o Cavalo Lusitano como mais nenhuma outra localidade em Portugal, sendo famosa em muitas partes do mundo a "Feira do Cavalo". Esta feira tem inicio no distante ano de 1571, e fazia-se por ocasião do São Martinho. A partir de 1972 recebeu a designação pela qual a conhecemos hoje, a Feira do Cavalo e é atualmente o mais belo e único espetáculo equestre público que se realiza a nível gratuito em Portugal, incluindo um extenso e variado programa de atividades onde se incluem Rallies, Raids, Jogos Equestres, Campeonatos, Maratona de Carruagens, Exibições. E como a festa se realiza por ocasião do São Martinho, cumpre-se o ditado popular de que "Pelo São Martinho prova o vinho", não faltando água-pé e as castanhas assadas tão características da época.

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TERRITÓRIO

A Golegã é uma vila portuguesa pertencente ao Distrito de Santarém, com cerca de 3 700 habitantes. É sede de um pequeno município com 84,32 km² de área e 5 913 habitantes (2011), subdividido em 3 freguesias. O município é limitado a nordeste pelo município de Vila Nova da Barquinha, a leste e sueste pela Chamusca, a oeste por Santarém e a noroeste por Torres Novas e pelo Entroncamento.
Desde 2002 que a Golegã integra a região estatística (NUTS II) do Alentejo e na sub-região estatística (NUTS III) da Lezíria do Tejo; continua, no entanto, a fazer parte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, que manteve a designação da antiga NUTS II com o mesmo nome.
Até 2013, o município da Golegã era constituído por apenas duas freguesias, para uma área de 76,62 km². Nesse ano, no âmbito de uma reorganização das freguesias ocorrida no território do Continente, foi-lhe anexado uma terceira freguesia (Pombalinho), transferida do município de Santarém.

Fonte: Wikipedia


HISTÓRIA

Localizado no Vale do Rio Tejo, o Município da Golegã terá tido ocupação humana deste os primórdios da humanidade, fruto da sua localização, da proximidade dos rios e logo que o homem se começou a fixar e a dedicar á agricultura, o elevado potencial produtivo dos férteis solos da lezíria terão sido outro fator fundamental para fixar pessoas por estas zonas. Porém a fertilidade dos solos sendo um dos seus principais atributos, é também um dos principais motivos pelos quais os vestígios arqueológicos de períodos mais distantes são mais difíceis e localizar ou em alguns casos poderão ter sido perdidos antes de serem sequer localizados e estudados devido á mobilização constante do solos ao longo dos séculos.
Porém, estudos realizados nas últimas décadas permitiram em alguns casos localizar novos sítios arqueológicos, em outros estudar e enquadrar mais aprofundadamente algo que já era conhecido. No concelho da Golegã existem sítios arqueológicos que nos levam a percorrer um vasto período que se inicia no Paleolítico e nos traz até ao Período Moderno, cruzando o Paleolítico, Calcolítico, Neolítico, Idade do Ferro, Idade do Bronze, Romano e Moderno. Existem ainda alguns locais que sendo da Pré-História não foi possível determinar qual o período em que se inserem.
Do período Romano foram localizadas algumas antigas habitações. Toda esta zona do Vale do Tejo era atravessada pelos caminhos Romanos, sobretudo pela estrada que ligava Lisboa a Mérida, e também o próprio rio que funcionava na altura como uma importante via de comunicação entre o interior da Península e os territórios costeiros.
Do período Árabe raros vestígios terão ficado no entanto estas terras terão estado sob domínio de "Santarin", existindo na altura e por toda a região um povoado disperso com os habitantes a residirem nas proximidades das parcelas de terrenos que cultivavam. As necessidades de defesa e a ameaça que os Cristãos apresentavam poderão ter estado na origem do nascimento de alguns aglomerados populacionais mais significativos, bem como na edificação de algumas construções defensivas, como o caso de uma torre defensiva ou "burj" que teria sido erguida a sul da atual localidade de Riachos.
Após a Reconquista Cristã do território pelo rei D. Afonso Henriques, no séc. XII, esta região foi entregue à Ordem dos Cavaleiros do Templo para cultivo. A memória desses tempos permanece na história da Quinta da Cardiga.
Ainda no séc. XII, pelo facto de estar na estrada que ligava Tomar a Santarém, construiu-se aqui uma estalagem, por vontade de uma mulher da Galiza. O local ficou então a ser conhecido por Venda da Galega. O sucesso da empresa e as características agrícolas regionais foram o estímulo para o posterior desenvolvimento comercial e agrícola e para a fixação da população. Foi a denominação Galega que viria a originar a palavra Golegã.
Antes de ser elevada a vila por D. João III, em 1534, o seu real antecessor, D. Manuel I, também investiu na localidade, assinalando o facto com obra feita na Igreja Matriz.
A ligação à atividade agrícola incentivou a realização de feiras e mercados. Durante o séc. XVIII, as festas em honra de São Martinho, a 11 de Novembro, eram as preferidas pelos criadores de cavalos para mostrar orgulhosamente os animais de raça em concursos hípicos e competições. O evento, que foi ganhando importância gradualmente, é o antecedente da atual Feira Nacional do Cavalo, de grande relevância nacional na especialidade equestre. Especial atenção merece o ex-libris nacional e da região, o Cavalo Lusitano.

Fonte Município da Golegã, Universidade de Évora, Wikipedia, Outros


PATRIMÓNIO

O concelho da Golegã e a própria vila tem um património histórico e arquitetónico rico e valioso, que inclui quintas, igrejas, capelas, palácios e casas agrícolas.
O valor agrícola dos solos ricos e produtivos da Golegã está bem refletido nas muitas quintas e casas agrícolas que existem por todo o concelho, algumas delas já com uma história muito longa como é o caso da Quinta da Cardiga, testemunho da passagem dos Templários por estas paragens, a Quinta de Santo António e a Quinta do Salvador, particularmente importantes nos XVII e XVIII, a Quinta de Guadalupe, a Quinta dos Álamos com origem no século XVI, ou ainda a Quinta da Brôa, a Quinta de Dona Inês e a Quinta da Melhorada para citar alguns. Todas de propriedade privada, são no entanto uma parte muito importante da história do concelho nos últimos séculos.
O Palácio do Pelourinho, do século XVII, a Casa Estúdio de Carlos Relvas e as Igrejas Matrizes da Golegã e da Azinhaga são outros importantes elementos do património local.
A Golegã é possui diversos museus municipais incluindo o Museu Municipal da Máquina de Escrever, o Museu Municipal de Martins Correia, integrado no Centro Cultural Equuspolis, a Casa-Museu Carlos Relvas, o Museu Rural, o Núcleo Museológico Hipomóvel do Hippos Golegã e o Centro de Estudos de Geo-História e Pré-História de São Caetano.

Fonte Universidade Nova de Lisboa

BENAVENTE

LOGO BENAVENTE 300BENAVENTE

ENTRE O TEJO E O ALENTEJO

O Municipio de Benavente é dono de uma riqueza natural pouco comum no nosso país, irrigado pelo maior rio da Península, o Tejo, e também pelo Rio Sorraia e pela Ribeira de Santo Estevão. Os seus terrenos férteis e os seus rios há muito que atraem gentes para estas terras, fornecendo sustento e ao mesmo tempo vias de comunicação para uma grande parte do país.
A leziria, da agricultura e dos touros é grande parte do concelho, no entanto não é a única paisagem de Benavente. A sul e a leste extende-se uma grande area de floresta, sobretudo montado, de uma importância ambiental e economica muito grande. Para sul e poente extende-se a Reserva Natural do Estuário do Tejo , que ocupa uma grande parte deste território, lar de um incontável numero de especies de plantas e animais, mas conhecida sobretudo pela passagem de muitos milhares de aves migratórias.
O Municipio é cruzado por vários importantes eixos rodovários, que muito contribuiram para o seu desenvolvimento, atraindo empresas e muitas pessoas, criando um importante tecido económico.

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HISTÓRIA

Todo o concelho de Benavente terá tido ocupação humana desde os primórdios da civilização, e por aqui terão passados todos ou quase todos os povos que ocuparam Portugal. O concelho, que se estende ao longo da foz do Rio Tejo, desde o Mar da Palha para norte situado na margem esquerda do rio, é ainda atravessado pelo Rio Sorraia e pela Ribeira de Santo Estevão, criando em toda a zona um ambiente muito fértil, repleto de recursos e de fácil acesso uma vez que os rios foram durante muitos anos navegáveis e intensivamente utilizados como vias de comunicação.
Porem, a riqueza de toda esta vasta área do Ribatejo acabou por ser também a principal razão pela qual muitos dos vestígios e construções de outrora se foram perdendo uma vez os seus férteis terrenos tem sido muito utilizados para a agricultura, e criação de animais.
Em vários pontos do concelho de Benavente estão identificados locais de ocupação humana deste o tempo da pré-história, como algumas estações arqueológicas nas proximidades de Santo Estevão ou o Monte da Foz.

Do Período Romano eram conhecidos os fornos do Porto Alto e cujo o ultimo exemplar foi destruído á poucos anos. Estes fornos seriam utilizados para cozer peças de cerâmica. A pouca distância da sede do Município foi também descoberta uma Olaria Romana, no sitio da Garrocheira, que ao que tudo parece indicar, trata-se de um centro fabril que terá laborado entre o século I e finais do século III d.C.
A Olaria Romana da Garrocheira localiza-se na margem direita do rio Sorraia, junto a um antigo braço de rio navegável na época romana, é constituída por um complexo fabril que integra, até ao momento, dois fornos e vestígios do pátio de laboração da olaria.
Estes fornos produziam essencialmente vasilhame destinado ao transporte de conservas e preparados de peixe, designados por ânforas, com destaque para uma forma muito utilizada neste período que é a Dressel 14.

Do período pós-Romano e Muçulmano não existem muitas informações, sendo no entanto muito provável que os fartos recurso de Benavente continuassem a ser explorados, porém, no caso dos Muçulmanos que já tinham um registo bastante preciso da vida da suas cidades, os mesmos negligenciavam nesses mesmos as povoações mais pequenas mencionando apenas as cidades mais importantes.

Em 1199, a fixação de colonos estrangeiros na margem sul do Tejo, conduziu ao surgimento da povoação de Benavente. Situada nos limites do concelho de Coruche e subordinado à Ordem de Calatrava, foi constituída sob a égide e senhorio desta ordem militar. Neste facto, se tem também associado o nome da povoação, sabido que à mesma Ordem pertencia também o Castelo de Benavente, no Reino de Leão.
Benavente recebeu foral pelas mãos de D. Paio, ou Pelágio, mestre da Ordem Militar de Évora, em 25 de Março de 1200 e confirmado em Santarém em 1218 por D. Sancho I. D. Manuel concede-lhe foral novo em 16 de Janeiro de 1516. Além disso recebeu privilégios de vários monarcas, especialmente de D. Dinis e D. Fernando.

A vila de Benavente possui um centro histórico bem definido, delimitado pelo rio Sorraia a nascente e pela designada Lezíria dos Cavalos a poente. O centro histórico tem forma triangular, localizando-se no vértice norte o Cruzeiro do Largo do Calvário e no centro, o local onde se erguia a antiga Igreja Matriz, destruída pelo sismo de Benavente de 1909, que matou mais de 60 pessoas e destruiu praticamente todas as casas da povoação.


TERRITÓRIO

Benavente é sede do município de Benavente, com 521,38 km² de área e dividido entre . O município de Benavente é limitado a norte pelo município da Azambuja, a nordeste por Salvaterra de Magos, a leste por Coruche, a sudeste pela área secundária (exclave) do Montijo, a sul por Palmela e Alcochete, a sudoeste pelo Estuário do Tejo (terreno alagadiço oficialmente atribuído ao município de Alcochete) e a noroeste por Vila Franca de Xira.
Benavente faz parte da província tradicional do Ribatejo, hoje sem significado político-administrativo. Desde 2002, integra a região estatística (NUTS II) do Alentejo e a sub-região estatística (NUTS III) da Lezíria do Tejo, continuando a fazer parte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo.
As quatro freguesias que compões o município são Benavente, Barrosa, Santo Estevão e Samora Correia. Esta última é a mais populosa do município, que contava 17704 habitantes em 2021.


BRASAO SANTO ESTEVAOSANTO ESTEVÃO

Santo Estêvão, Santo Estêvão da Ribeira ou ainda, Aldeia de Santo Estêvão da Ribeira de Canha, nomes pelos quais era conhecido, define um núcleo urbano cuja referência mais antiga data do Século XIV.
«… já no ano de 1364 havia uma ermida que tinha Santo Estêvão por orago, só não sabemos se possuía “Cura”. Mas, pelo texto do tombo da mesma Ordem feito em 1561, conclui-se que, por esta época, a ermida de Santo Estêvão possuía Cura próprio e tinha “dezoito fregueses”.»*
O povoamento do território que corresponde à atual freguesia de Santo Estêvão é bastante remoto, tendo em conta os diversos achados arqueológicos encontrados na sua área, como é o caso de vestígios de fortificações defensivas cuja origem aparenta ser Romana.
Santo Estêvão fica a 16 quilómetros de Benavente, e localiza-se na margem direita do Rio Almansor ou Ribeira de Santo Estêvão, com um fértil vale onde se produz sobretudo Arroz. A esta pertence ainda a povoação de Foros de Almada.
O seu orago, como o seu nome indica, é Santo Estêvão. Estêvão era um diácono judeu que falava grego e foi o primeiro mártir cristão. Distinguia-se pela sua forte personalidade, pelo seu conhecimento e pela sua eloquência que convertia ao cristianismo tanto judeus como gentios.
Esta freguesia foi um curato da Ordem de Avis e esteve integrada na comarca de Santarém, passando em 1852 para a de Benavente. «No Tombo da Ordem de Avis, datado de 1561, encontram-se algumas notícias sobre a aldeia de Santo Estêvão…», «Em 1566, quando ainda era regente do reino o cardeal D. Henrique, frei Cosme Dias foi nomeado capelão da Igreja de Santo Estêvão.»*
Já no início do século XX as principais produções agrícolas desta região «eram o trigo e o arroz; as explorações pecuárias resumiam-se ao gado bovino, cavalar e suíno. / …nesta freguesia estavam localizadas duas azenhas e dois lagares de azeite. / Como estabelecimentos comerciais predominavam as mercearias, as tabernas e as padarias, sem esquecer a farmácia. / Aqui eram usados os trajes ribatejanos. As músicas preferidas pela população eram o “vira”, o “verde-gaio” e o “fandango”. Como especialidades doces salientavam-se os “bolos de mel”, o “arroz-doce” e o “bolo branco”.»*

Fonte: Freguesia de Santo Estevão.


BRASAO SAMORA CORREIASAMORA CORREIA

A origem da vila de Samora Correia deverá estar ligada ao Fortim de Belmonte, o que nunca se constituiu em povoação devido á sua localização isolada, e em terrenos pantanosos rodeado por uma charneca árida imprópria para o cultivo. Com a decadência de Belmonte e a necessidade de procurar novos locais onde o cultivo das terras fosse possível. Um documento datado de 1252, cita um outro de 1245, quanto a um acordo estabelecido entre o Bispo e Capítulo de Lisboa e o Mestre de Sant'Lago (Mestre da Ordem Religiosa de Sant'Lago á qual pertencia o Fortim de Belmonte), sobre uma concessão de igrejas á Ordem de Sant'Lago. O documento diz: "(...) concedamos entregar-lhes as Igrejas de Almada, de Sesimbra, de Palmela, de Belmonte, de Vila Nova de Canha. Também concedemos àqueles que possam construir igrejas em Chacoteca e em Sabonha(...)". este documento indica-nos que já na primeira metade do século XIII, existiria um povoamento na Chacoteca; um povoamento ainda sem nome mas que requeria a necessidade de haver uma outra igreja para além da de Belmonte. Este povoamento terá começado por ser uma quinta ou vila rural, sem nome mas com um aglomerado populacional grande.

Em 1270, aparece o nome de "Çamora" como Comenda, ou seja, território autónomo com sede de povoação e Comendador. Esta Çamora estava desligada da Comenda de Belmonte e estava localizada na Chacoteca. Ora, se entre 1252 e 1270, deixa de se falar em Chacoteca e se passa a falar em Çamora, terá sido neste espaço de tempo que se formou a vila de Samora Correia.

O nome da vila de Samora Correia sempre suscitou muitas dúvidas quanto á sua origem, existindo diversas hipóteses para "Çamora" e também para "Correya". A hipótese que parece ser a mais credível atribuí a origem do nome "Çamora" a D. Paio Peres Correia, que terá trazido este nome de Zamora (em Espanha). Perto desta cidade leonesa, existem outras terras com os nomes de Samora, Benavente e Salvaterra, o mesmo que acontece com a nossa região. Quanto ao topónimo "Correya", não são tantas as dúvidas criadas em relação á sua origem, pois supõem-se que tenha tido origem no nome do fundador da vila, D. Paio Peres Correia. A povoação desta pequena vila terá querido homenagear o seu fundador, e acrescentado ao nome "Çamora", o Correia do seu fundador. Só a partir de 1830, é que Samora Correia se deixou de escrever sem o "Ç". Samora correia recebeu Carta de Foral em 1510, doada por D. Manuel; embora se tenham encontrado documentos datados de 1318 e 1426, que se referem já ao Concelho de Samora Correia. Como sabemos as Cartas de Foral apenas vêm confirmar concelhos já existentes.

Na sequência da reorganização administrativa desencadeada por Mouzinho da Silveira e que decorreu da Revolução Liberal, em 1836 o concelho de Samora Correia foi extinto e integrado no concelho de Benavente. A vila de Samora Correia possui, do ponto de vista da tipologia urbana, dois núcleos históricos ainda definidos e circunscritos á área envolvente da Igreja de Nossa Senhora da Oliveira e ao Largo 25 de Abril, entendendo como limite natural a poente, o Rio Almansor. Samora Correia tem uma área de 322,42 km2 e conserva os seus limites primitivos: Ribeira das Enguias, Rio Almansor (também chamado Tejo Velho ou Tejo de Samora) e Concelho do Montijo.

Graças à sua atual situação de encruzilhada de estradas, o isolamento de outrora deu lugar a um grande desenvolvimento, quer agropecuário quer industrial, fazendo desta freguesia a mais próspera do Distrito de Santarém, e a que mais cresce demograficamente. A pequena população inicial de 65 famílias, umas 300 pessoas passou para os cerca de 17000 habitantes acuais.


PATRIMONIO NATURAL

RESERVA NATURAL DO ESTUÁRIO DO TEJO
logo reserva tejoA Reserva Natural do Estuário do Tejo abrange uma área de 14.416,14 ha, que inclui uma extensa superfície de águas estuarinas, campos de vasas recortados por esteiros, mouchões, sapais, salinas e terrenos aluvionares agrícolas (lezírias). Insere-se na zona mais a montante do estuário, distribuindo-se pelos concelhos de Alcochete, Benavente e Vila Franca de Xira e não excedendo os 11 m de altitude e 10 m de profundidade.

Nas margens do estuário desenvolve-se o sapal, cuja comunidade florística vive sob a influência das águas trazidas pela maré. Região de grande produtividade a nível de poliquetas, moluscos e crustáceos, constitui autêntica maternidade para várias espécies de peixes, como é o caso do linguado e do robalo. Dentre as espécies sedentárias tipicamente estuarinas salientam-se o caboz-de-areia e o camarão-mouro. Para peixes migradores como a lampreia, a savelha e a enguia o Tejo é local de transição entre o meio marinho e o fluvial.

No entanto, é a avifauna aquática que atribui ao estuário do Tejo o estatuto da mais importante zona húmida do País e uma das mais importantes de Europa. Com efeito, os efetivos de espécies invernantes chegam a atingir cerca de 120.000 indivíduos. Muitas espécies atestam a riqueza biológica e o valor para a Conservação da Natureza desta região, nomeadamente o flamingo Phoenicopterus roseus, o ganso-bravo Anser anser, o pilrito-de-peito-preto Calidris alpina e o milherango ou maçarico-de-bico-direito Limosa limosa.

A reserva esta aberta ao publico e pode ser visitada, podendo-se observar as muitas aves aquáticas e não só, migratórias e residentes, que encontram aqui um local ideal para repousar, alimentarem e nidificar.
Para além da observação privilegiada das aves aquáticas, podem-se também visitar os Arrozais da Giganta de grandes dimensões e verá as grandes plantações de arroz.
Pode ainda visitar o porto de pesca artesanal no Lugar Hortas, o Sapal das Pancas, a Ponta da Erva, o Cais Mouchão e o Alcamé, com a sua modesta capela situada na Lezíria.

Fonte: ICNF e CIMLT

VALE DO RIO SORRAIA
Benavente é o ponto de "chegada" do Rio Sorraia, no final da sua viagem que começa nas proximidades da vila do Couço, no concelho de Coruche. O Sorraia resulta da confluência do Rio Sor e da ribeira de Raia. A vila de Benavente e a Cidade do Porto Alto estão construidas precisamente na margem deste rio, que ao longo de todo o seu percurso tem associado uma importante área agrícola de baixa aluvionar, sendo a agricultura intensiva de regadio o padrão dominante da ocupação do solo.

Outras áreas de conservação:
As áreas da Ribeira de Santo Estêvão e do Paul de Trejoito e Sesmaria de Amieira constam no regulamento do Plano Director Municipal de Benavente, como Áreas de Conservação da Natureza.

Fontes: Municipio de Benavente, ICNF



LOGO COMPANHIA DAS LEZIRIASCOMPANHIA DAS LEZIRIAS

Um importante parceiro na convervação da bio-diversidade

A Companhia das Lezírias é a maior exploração agro-pecuária e florestal existente em Portugal, compreendendo a Lezíria de Vila Franca de Xira, a Charneca do Infantado, o Catapereiro e os Pauis (Magos, Belmonte e Lavouras).
A Lezíria está compreendida entre os rios Tejo e Sorraia e é dividida pela Reta do Cabo (E.N. 10 entre Vila Franca de Xira e Porto Alto) em Lezíria Norte e Lezíria Sul.
A Companhia das Lezírias passou por várias transformações ao longo da sua existência, sendo nacionalizada em 1975 e tendo passado, em 1989, a Sociedade Anónima de capitais exclusivamente públicos

A Companhia das Lezírias é um importante , senão mesmo o mais importante produtor agrícola e florestal de Portugal, sendo os seus terrenos a origem de muitas toneladas de arroz, tomate, milho entre outros. A vasta área florestal a nascente a a sul do Porto Alto é também muito importante não só em termos económicos, mas também ambientais. A Companhia das Lezírias possui na Charneca do Infantado cerca de 8.853 hectares, distribuídos pelas quatro principais espécies de árvores da floresta portuguesa, com destaque para o Sobreiro que ocupa 6.570 ha de sobreiro, seguido pelo Pinheiro Bravo que cobre 1040 hectares, depois pelo Pinheiro Manso com 680 hectares e finalmente pelo eucalipto com 560 hectares.

Sobretudo a área de montado, devido á sua extensão e estado de conservação, é um território particularmente importante no que diz respeito à preservação da floresta mediterrânica, que cava vez mais se vê ameaçada. É esta floresta que dá suporte aos habitats e a muitas espécies, nomeadamente de aves, que justificam que uma parte importante da “Companhia” (da qual 5.000 ha são de floresta) esteja incluída na Zona de Proteção Especial e no Sítio que farão parte da rede Natura 2000.
Das cerca de 150 espécies de aves e das 24 de mamíferos que já se observaram na área florestal da CL, têm estatuto de conservação (em perigo, vulnerável, insuficientemente conhecido ou criticamente em perigo):
Bútio – Vespeiro (pernis apivorus);
Açor (accipiter gentilis);
Águia-de-Bonelli (hieraaetus fasciatus);
Ógea (falco subbuteo);
Noitibó – cinzento (caprimulgus europeus);
Noitibó - de – nuca – vermelha (caprimulgus ruficollis);
Toirão (custela putorius);
Gato bravo (felis silvestris);
Rato-de-Cabrera (microtus cabrerae).

Mais onze espécies de outras classes de animais foram já identificadas. Destas, têm estatuto de conservação as seguintes:
Enguia – europeia (anguilla anguilla);
Boga – portuguesa (chondrostoma lusitanicum);
Sapinho-de-Verrugas-Verdes (pelodytes punctatus).

Fonte: Companhia das Lezirias


PATRIMONIO

Património Arquitetónico

O território do concelho de Benavente possui um interessante património histórico e arquitetónico, desde a pequena ermida de São Brás, na Barrosa, a Fonte do Concelho de Samora Correia datada de 1758, a Igreja Matriz inaugurada em 1721 ou o Palácio do Infantado, um dos edifícios mais emblemáticos da vila de Samora. Em Benavente, salienta-se o pelourinho que foi erigido em 1516, o Convento de Jenicó mandado construir por D.Luís, o edifico da Câmara Municipal, com a sua majestosa torre metálica, ou o Museu Municipal instalado num palacete do Séc. XVIII.
Este património foi no entanto reduzido por ocasião de um terramoto de 1909, que destruiu parcialmente muitos edifícios importantes deste concelho, sendo que, posteriormente, sofreram obras de restauro.

Património Arqueológico
Benavente tem vários sítios arqueológicos, mas os mais relevantes dado o contexto atual são:
Atalaia de Belmonte: integrava em pleno século XII, o termo de Palmela, representando o seu ponto estratégico mais avançado a Noroeste e definindo os limites com Coruche, através da Ribeira de Canha ou de Santo Estevão. A individualização de Benavente, promovida pela Ordem Militar de Évora, que se concretiza na doação da Carta de Foral em 1200, provoca o desmembramento desta do Castelo de Coruche, passando a Ribeira a delimitar os termos de Palmela e Benavente. Construído antes de 1207, segundo documentação conhecida, o "Castelo de Belmonte" constitui um elemento essencial na consolidação e posse das terras marginais do Baixo T

GARROCHEIRAOlaria Romana da Garrocheira : Situada na margem direita do Rio Sorraia, em local outrora bordejado pelo "rio velho", encontramos a olaria romana da Garrocheira, constituída por uma bateria de dois fornos destinados á produção de ânforas, cujo período de laboração, segundo a tipologia das cerâmicas, aponta para os séculos III e IV d.C.. A localização destes fornos, numa zona navegável e de fácil acesso fluvial, imprimiu á época alguma projeção regional, tanto mais que parece provável a sua relação com estruturas semelhantes, situadas na Quinta do Rouxinol (Seixal), em Porto dos Cacos (Alcochete) e, naturalmente, com as fábricas de salga e conservas de peixe de Lisboa, Almada e Setúbal.

Museu Municipal de Benavente

O Museu Municipal de Benavente encontra-se instalado num palacete do século XVIII, mandado construir por Francisco José Colaço Lobo, antigo lavrador e capitão-mor da vila de Benavente. O edifício funcionou como casa de habitação até meados do século XX, altura em que foi adquirido pelo Dr. António Gabriel Ferreira Lourenço, para lá ser instalado o Pensionato do Colégio de Benavente. Por testamento deste, a casa foi doada á Câmara Municipal de Benavente para criação de um Museu Municipal, cuja designação deveria incluir o nome do dador. A 20 de Dezembro de 1976, foi celebrada a escritura de doação do edifício. Em 12 de Julho de 1981 viria a ser inaugurado o Museu Municipal de Benavente, com a Exposição de Arqueologia "A Arte Rupestre no Vale do Tejo". O edifício é composto por dois pisos, e originalmente possuía ainda, outras construções anexas para estábulos e armazéns, bem como um pequeno jardim, que facilitava o acesso ao exterior, através de um portão contíguo á fachada principal. Esta fachada principal ostenta varandas no primeiro piso e em baixo, uma porta com frontão de pedra. No piso inferior existe um grande átrio de entrada de onde parte, num dos extremos, uma escadaria em pedra que começa num patamar encimado por dois arcos de cantaria. Em 1983, foi construído um anexo contíguo á casa, reduzindo a área do jardim. Os traços originais do edifício nunca foram alterados, e mesmo com o violento sismo, que em 1909 destruiu quase a vila de Benavente, esta sólida construção não sofreu quaisquer danos.


GASTRONOMIA
A gastronomia ribatejana reflete a tradição campina e a influência do rio. Entre os produtos regionais destacamos o Cozido Bravo à Ribatejana, o Torricado, a Açorda de Sável, as Migas com Entrecosto ou Bacalhau e o Ensopado de Enguias.
Já no domínio da doçaria regional, salientamos o Arroz Doce, o Bolo Podre e o Bolo de Chocolate, entre outros.


VINHOS

O município de Benavente produz excelentes vinhos, com principal destaque para os produzidos pela Companhia das Lezírias, amplamente premiados, refletem a sua história, terroir e harmonia com a natureza.
Com caracter único, os vinhos que compõem as diferentes gamas são expressões de arte que resultam do continuado trabalho de uma equipa empenhada em encontrar e potenciar os fatores que os fazem tão especiais. Veja mais em: https://vinhoazeite.cl.pt/vinhos.
Outro produtor importante é a Adega de Santo Estevão, onde são produzidos os vinhos Marufa. Esta propriedade situada no coração de Santo Estevão, Benavente, possuiu uma vinha com vinha, com 8 ha, vem sendo plantada, desde 2009, em condições particulares capazes de proporcionar um terroir de características únicas, tornando Santo Estevão numa nova “sub-região” produtora de vinhos. Nos tintos utilizam-se sobretudo as castas Syrah e Touriga Nacional , a Alicante Bouschet, Petit Verdot, Cabernet Sauvignon, Tinta Francisca e Sangiovese. Nas castas brancas prevalecem as Arinto, Verdelho e Sauvignon Blanc. Veja mais em: http://www.marufa.pt/.


ECONOMIA

O principal setor económico do município de Benavente é o setor terciário, acolhendo inúmeras empresas de comercio e serviços, mas também muitas outras ligadas aos transportes, comunicações, venda e reparação de veículos, e claro também um grande numero de serviços relacionados com as funções do estado, seja no município, freguesias ou nas próprias repartições oficiais.

Também o setor secundário tem um grande peso na economia de Benavente, tendo diversas industrias presentes sobretudo na zona do Porto Alto e na periferia da Estrada Nacional 118.  Aqui podemos encontrar diversas unidades de metalurgia, metalomecânica, material elétrico e transportes, produtos farmacêuticos, industria de componentes para o setor automóvel, vestuário e têxteis, alimentação e bebidas, madeira e cortiça.

Para não fugir á regra, o setor primário no concelho de Benavente, com a fértil lezíria logo ali e com uma vasta área de floresta também representa uma importante componente económica, desde logo pela presença da Companhia das Lezírias que é o maior produtor agrícola de Portugal.  A esta empresa juntam-se centenas de pequenos produtores, dedicados á produção de arroz, tomate,  milho, produtos hortícolas, frutas, e também á criação de animais.


FESTAS E ROMARIAS

Festa da Amizade , tem lugar no último sábado de Junho, célebre por uma enorme sardinhada gratuita, pelas picaria à vara larga e largadas de toiros.
Festival do Arroz Carolino das Lezírias Ribatejanas
Carnaval, Samora Correia
Festas do Porto Alto em Honra de Nossa Senhora de Guadalupe;
Festa em Honra da Nossa Senhora da Paz, Agosto, procissão, espetáculos e largada de toiros.
Festa em Honra de Nossa Senhora da Oliveira e Nossa Senhora de Guadalupe, Samora Correia.
Feira de Benavente, 2º fim de semana de Setembro, tasquinhas, exposições, folclore.
Feira Anual e Semana Taurina, Samora Correia

ABRANTES

logo abrantes 300ABRANTES

TUDO INCLUIDO

 

 

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O TERRITÓRIO
Abrantes é hoje em dia uma cidade, erguendo sobre um monte com 100 metros de altura sobranceiro á margem direita do rio Tejo, dominando todo o vale desde o oeste de Belver, concelho do Gavião, até ao município de Constância. A cidade está ligada à margem esquerda do rio Tejo por uma ponte rodoviária e uma ponte ferroviária. A ponte rodoviária é um elo de ligação fundamental entre a parte norte do concelho de Abrantes, situada na margem direita do rio, e a parte sul, na margem esquerda
É sede do município de Abrantes com cerca de 715 km² de extensão, repartidos entre a margem norte e a margem sul do tejo. O concelho está subdividido em 13 freguesias, confinando a norte com municípios de Vila de Rei, Sardoal e Mação, a leste por Gavião, a sul com Ponte de Sor e a oeste com a Chamusca, Constância, Vila Nova da Barquinha e Tomar.
O concelho de Abrantes é "dividido" em dois pelo rio Tejo, tendo paisagens ligeiramente distintas em cada uma das margens, com a parte norte um pouco mais acidentada e coberta de pinhais e eucaliptais, ao passo que a sul ainda que o relevo não seja plano, vai abrindo um pouco mais e assumindo características mais parecidas com as paisagens AlentejanaS.


A HISTÓRIA
O monte onde hoje existe a cidade de Abrantes terá tido ocupação humana desde há muitos séculos uma vez que ao longo dos tempos, sobretudo durante o seculo XX foram sendo encontrados utensílios e vestígios de outras eras, como a idade do Bronze ou idade do Ferro.
Na região envolvente a Abrantes e em alguns locais do concelho foram encontrados vestígios da era Romana, e segundo alguns autores, por aqui passaria também uma das vias que ligava Olissipo (a atual Lisboa) a Mérida. Porém subsistem duvidas se teria ou não existido um povoado onde agora está Abrantes. Provavelmente sim, devido á suas características, com vistas muito largas sobre a região envolvente e sobre o Tejo, porém até que surjam provas mais objetivas a existência desse mesmo povoado nesse local não passará de uma hipótese.
Do curto período que mediou o declínio do Império Romano e a chegada dos Muçulmanos, foram encontrados alguns vestígios dos Visigodos em vários pontos do concelho. Da mesma forma também foram encontrados diversos vestígios da passagem dos Muçulmanos, alguns na zona da cidade e do castelo, comprovando assim a existência de um povoado no local. À semelhança do que acontece com muitas outras povoações da Península do período Muçulmanos, Abrantes não aparece nos escritos, no entanto essa era a regra relativamente a povoações de menor importância.
Abrantes e a antiga fortaleza que protegia o povoado foram conquistados aos Mouros em 1148 pelos exércitos de D. Afonso Henriques. Nesta altura o Tejo era a grande barreira natural, que separava os cristãos a norte e os muçulmanos a sul, pelo que era uma extensa zona com conflitos e escaramuças frequentes, pelo que era urgente defender toda esta zona. Para garantir a proteção destas terras, D. Afonso Henriques doou o seu Castelo e extenso termo à Ordem de S. Tiago da Espada em 1173 e seis anos depois concede-lhe foral (1179). Associada à origem do nome Abrantes existe uma lenda encantada. O foral de Abrantes seria confirmado em 1217 por D. Afonso II.
O povoado existente após a reconquista cristã assume características vincadamente militares, com o castelo erguido num local de difícil acesso e fácil proteção, com o Tejo a servir de "linha de defesa".
O Tejo desde há séculos que era utilizado como importante via de comunicação, transportando produtos quer para jusante, quer para montante. No período pós reconquista terá existido um importante porto fluvial na margem sul, onde se carregavam os produtos vindos do Alentejo rumo a Lisboa, ou se descarregavam as mercadorias que por aqui faltavam.
Em 1385 D. João I, juntamente com D. Nuno Álvares Pereira, esteve aqui com as suas tropas antes de partir para a batalha de Aljubarrota, como conta Camões nos Lusíadas, (Canto nº. 4 / Est. 23) “ ... Joanne forte sai da fresca Abrantes...”
A 13 de Junho de 1476 D. Lopo de Almeida, pai do 1º vice-rei da Índia, foi nomeado 1º Conde de Abrantes, iniciando essa linhagem. Em 1518 D. Manuel reformou o 1º foral concedido a Abrantes. Em 1641 Abrantes é intitulada “Notável Vila de Abrantes”, por ter sido, depois de Lisboa, a primeira vila a aclamar o Rei D. João IV.
Abrantes continuaria a ter importância regional, sendo o seu foral renovado em 1510 pela mão de D. Manuel I.
A 23 de Novembro de 1807 a vila é ocupada pelas tropas francesas, comandadas pelo General Junot a quem Napoleão concedeu o título de Duque de Abrantes. É desta época e fazendo alusão ao papel de relevo que Abrantes teve nesse tempo surge a famosa frase “Tudo como dantes, Quartel General em Abrantes!” Que terá sido, uma espécie de senha militar.
A 14 de Junho de 1916, Abrantes é elevada à categoria de Cidade. O Dia da Cidade, 14 de Junho, é feriado municipal, data comemorada com os festejos anuais.


ECONOMIA
O concelho de Abrantes tem um tecido económico bastante variado, sendo essa uma das suas principais mais-valias. O próprio município diz que Abrantes não é uma cidade industrial, uma cidade turística, ou uma cidade de serviços, mas é tudo isso. Não tem uma vocação exclusiva. É uma cidade de serviços que assegura o essencial desses serviços nesta sub-região. É uma cidade com uma tradição industrial, e também uma cidade com potencialidades turísticas e com capacidade de atrair visitantes.
De entre todos os setores de atividade, o setor terciário é atualmente o que mais peso tem no concelho, e com a sua influência a sentir-se em vários concelhos limítrofes. As Instituições Bancárias e de Seguros, Segurança Social, Repartição de Finanças e Fazenda Pública, Tribunal Judicial, Ministério Público, Associação Empresarial do Concelho de Abrantes e Limítrofes, Núcleo do Nersant, Associação Comercial e de Serviços, Centro de Apoio e Dinamização Empresarial, bem como vários operadores turísticos.
No setor secundário, o panorama industrial do concelho alterou-se nos últimos anos, como o desaparecimento de indústrias metalúrgicas e também da Tejo Energia, uma central termoelétrica localizada na proximidades da povoação de Pego e que era a maior unidade industrial do distrito de Santarém. Com estas modificações, o Azeite recuperou um lugar de destaque na economia local, sendo que Abrantes controla cerca de 50% da quota nacional do mercado. O aparecimento de novas empresas permitiu também diversificação do tecido industrial de Abrantes conferiu-lhe características únicas que possibilitaram o investimento. Na localidade de Tramagal existe também uma unidade de produção Automóvel de bastante importância até a nível nacional. As indústrias alimentares, da madeira e da cortiça, do fabrico de peças metálicas, de componentes para automóveis, de máquinas, de equipamentos, de material de transporte, da produção de energia elétrica, assumem um papel muito importante no contexto local.
Quanto ao setor primário, pratica-se uma agricultura moderna, sobretudo no vale do Tejo e em alguma outras áreas do concelho com solos mais férteis, produzindo-se cereais e pastagens. Uma grande parte do concelho está dedicada á produção florestal, com grandes áreas de eucaliptais mas também com grandes áreas de montado para a extração de cortiça e lenha, sendo ainda estas áreas de montado aproveitadas em alguns casos para a criação de gado.


GASTRONOMIA
Abrantes tem uma gastronomia rica e variada, fruto das influências ribeirinhas e da sua localização no Ribatejo, mas próximo da Beira Baixa e Alto Alentejo. Da ementa destacamos os pratos típicos confecionados de gerações em gerações e que tem por base os produtos da terra.
Quanto aos pratos com base em carne o cabrito assado no forno e o entrecosto com migas carvoeiras são alguns do pratos mais conhecidos relativamente aos animais de criação, aos quais se juntam pratos de caça confecionados com coelho bravo, lebre, pombo bravo, perdiz, faisão e javali.
A proximidade com o rio dá também origem a vários pratos de peixe, como o arroz de lampreia, açorda de sável, o achigã grelhado, a fritada de peixe do rio o ensopado de enguias ou enguias fritas, e ainda oriundo de outras paragens o bacalhau assado com migas;
Para temperar muitos destes pratos recomenda-se o azeite produzido no concelho, e para acompanhar as refeições existem um variado leque de escolhas de vinho do concelho á disposição. A
Para finalizar, em Abrantes a gastronomia conventual tem também uma forte tradição, destacando-se a Palha de Abrantes, as Tigeladas, as Broas de Mel ou dos Santos, a Lampreia de ovos, as Limas, as Castanhas doces e os Mulatos.
Ainda a destacar outros produtos regionais como mel, licores, queijos e os enchidos feitos de modo tradicional em charcutarias familiares quase centenárias.



VINHOS
Situada no centro de Portugal, esta região faz fronteira com Lisboa, Alentejo e Beiras. A Serra de Aire e Candeeiros constitui o principal traço orográfico que delimita o Médio Tejo e a Lezíria. Em termos hi­dro­grá­ficos, é o Tejo que marca a paisagem e influencia o clima submediterrânico temperado
Estas ca­rac­te­rís­ticas as­so­ci­adas aos vá­rios tipos de solos da re­gião e à ti­pi­ci­dade das castas con­ferem aos Vi­nhos do Tejo uma iden­ti­dade muito pró­pria.

BRANCOS
Produzidos essencialmente a partir das castas Fernão Pires e Trincadeira das Pratas, os vi­nhos Brancos do Tejo caracterizam-se por ter cor citrina, aroma fino e frutado onde sobressaem as frutas tropicais e o pêssego, por vezes combinados com aromas florais, demonstrando grande fineza na boca.

TINTOS
Pro­du­zidos maioritariamente a partir das castas Castelão e Trincadeira, os vi­nhos Tintos do Tejo apresentam, enquanto jovens, cor granada evoluindo para rubi, com taninos equilibrados, corpo suave e agradável, com grande complexidade de aromas, onde sobressaem os frutos vermelhos.

Fonte Município de Abrantes


AZEITE
A produção de Azeite tem grande tradição concelho de Abrantes, tendo voltado a ganhar importância nos últimos tempos. Apesar de ainda se poder assistir á apanha da azeitona recorrendo aos métodos tradicionais, é cada vez mais comum a apanha ser mecanizada. Foi a partir da implementação da Fábrica "União Industrial, Lda.", em 1860, que Abrantes se desenvolveu enquanto região pro­du­tora de azeite por excelência.
Em Abrantes a azeitona é predominantemente "galega", que de­pois de colhida dá origem a um azeite de sabor de fruta doce. As características dos solos em conjunto com um in­ves­ti­mento na mo­der­ni­zação da pro­dução, aliado às ca­rac­te­rís­ticas de um clima me­di­ter­râneo, re­sultam numa pro­dução de azeites de elevada qualidade.
O azeite é um ingrediente tradicional na gastronomia local, com raízes mediterrânicas, e continua a ser amplamente usado quer como tempero, quer como ingrediente por exemplo na doçaria.


FESTAS E ROMARIAS
A sua feira anual de São Matias decorre de 24 de Fevereiro até ao 1º domingo de Março.
As festas do concelho decorrem de 9 a 14 de Junho (14 de Junho - Feriado Municipal).
Feira Nacional de Doçaria Tradicional, organizada pela TAGUS - Ribatejo Interior e a Câmara Municipal. Centro Histórico no último fim-de-semana de Outubro
A Feira da Ladra Numismática decorre aos primeiros sábados de cada mês, na Praça Barão da Batalha.
Feira Franca - Centro Histórico - 5º sábado - realiza-se no último sábado dos meses com 5 sábados
fESTA - Festival de Tunas Mistas organizado pela EstaTuna, tuna da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes.


LOCAIS A VISITAR
MIAA - Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes
Museu Municipal D. Lopo de Almeida
Museu Metalúrgica Duarte Ferreira (Tramagal)
Jardim de Esculturas de Ferro ao Ar Livre
Aquapólis - Parque Urbano Ribeirinho de Abrantes
Biblioteca Municipal António Botto
Cine-teatro São Pedro
Galeria municipal de Arte “Quartel”
Parque de São Lourenço
Praia Fluvial da Aldeia do Mato
Skate Park - Castelo de Abrantes
Estádio Municipal - Cidade Desportiva (Futebol Atletismo)
Campo de Basebol Cidade Desportiva
Kartódromo de Abrantes - Rossio ao Sul do Tejo
Albufeira de Castelo Bode - para atividades como a vela, canoagem, kayaks, windsurf e pesca.

 

Fontes: Municipio de Abrantes, MedioTejo, Wikipedia, Outros

 

 

 

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Inverno: de segunda a sexta – das 10h30 às 17h00 (1h de almoço)
Sábados e domingos – das 11h00 às 17h00 (30m de descanso)
Feriados – das 14h00 às 17h30

Verão: de segunda a sexta – das 10h30 às 17h00 (1h de almoço)
Sábados e domingos – das 10h00 às 18h00 (1h de almoço)
Feriados – das 14h00 às 17h30

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Avenida das Forças Armadas
2250-020 CONSTÂNCIA

Telef: 249 730 052 / 962 134 857
E-mail: turismo@cm-constancia.pt

HORÁRIO
Inverno: de segunda a sexta – das 10h30 às 17h00 (1h de almoço)
Sábados e domingos – das 11h00 às 17h00 (30m de descanso)
Feriados – das 14h00 às 17h30

Verão: de segunda a sexta – das 10h30 às 17h00 (1h de almoço)
Sábados e domingos – das 10h00 às 18h00 (1h de almoço)
Feriados – das 14h00 às 17h30

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