ALMEIRIM
A capital da Sopa da Pedra
"Tende piedade deste pobre Frade que só tem uma pedrinha para fazer uma sopa"... Poderão ter sido estas as palavras do célebre frade da Lenda da Sopa da Pedra, a mesma sopa que hoje é o maior destaque gastronómico de Almeirim e atraí visitantes de toda a parte do país.
Localizado no coração da antiga região do Ribatejo, Almeirim é um concelho vibrante que merece a sua visita. Uma gastronomia impar, vinhos de qualidade e um ambiente saudável fazem com que os momentos passados nesta cidade sejam sempre agradáveis.
Valorizando as suas tradições e o seu património, a par de uma crescente modernidade, esta cidade e o seu concelho são também ótimos para refugio da confusão dos maiores polos urbanos, quer seja para períodos de descanso ou até para aqui viver.
Venha connosco conhecer o Municipio de Almeirim e a lenda do Frade da Sopa da Pedra.
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TERRITÓRIO
O concelho de Almeirim integra a região estatística (NUTS II) do Alentejo e a sub-região estatística (NUTS III) da Lezíria do Tejo, estando ainda integrado Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, que manteve a designação da antiga NUTS II com o mesmo nome. Porém, apesar de todas as recentes modificações e designações de regiões administrativas, Almeirim é conhecido e reconhecido por ser um dos concelhos mais emblemáticos da região do Ribatejo, que muito embora não exista como elemento administrativo existe como elemento de identificação de toda esta região e dos seus habitantes.
O concelho tem cerca de 222 quilómetros quadrados, onde residem cerca de 22000 habitantes, dispersos pelas quatro freguesias que o compõem: Almeirim, Benfica do Ribatejo, Fazendas de Almeirim e Raposa. Como vizinhos, Almeirim tem a norte o município de Alpiarça, a leste e nordeste a Chamusca, a Coruche e Salvaterra de Magos, a oeste o Cartaxo e a noroeste Santarém.
O Rio Tejo é o principal elemento distintivo deste concelho, criador da vasta lezíria onde grande parte do concelho está implantado. Hoje em dia esta toda área está praticamente toda devotada á agricultura ou atividades relacionadas com a mesma, ou então ocupada pelos núcleos populacionais da sede do concelho e freguesias. Mais a sul o terreno, o relevo torna-se um pouco mais acidentado e ganha alguma altitude na envolvente da ribeira da Raposa.
O ponto mais alto do concelho é conhecido como a "Serra de Almeirim" e está precisamente localizado na zona sul do concelho, aproveitado para a instalação de um posto de vigia de incêndios florestais graças ao miradouro com amplas vistas de toda a região circundante. Esta area está essencialmente dedicada á floresta, ocupada por eucaliptais nas zonas mais irregulares e por montados de sobreiros nas zonas mais próximas da ribeira da Raposa.
HISTÓRIA
A proximidade do Rio Tejo, fonte de água, alimento e também via de comunicação terá tido um contributo para a fixação dos primeiros habitantes destas terras. Nos sítios arqueológicos do concelho foram identificados vestígios de períodos distantes como Paleolítico Médio, o Mesolítico, o Neolítico, o Calcolítico e o Período do Bronze o que representa uma ocupação continua desta terras. Também da Idade do Ferro foram localizados vestígios.
Os Romanos também por aqui permaneceram muito tempo. A ocupação das terras aráveis terá começado por volta do Séc. I a.C., existindo vários locais arqueológicos no concelho com vestígios deste longo período de prosperidade. O povoado de então estaria localizado á beira do Tejo, que provavelmente teria o seu leito num local diferente de onde hoje está. Os Romanos aproveitaram esta fértil região para instalarem diversas Villae, dedicam-se sobretudo á agricultura e criação de gado.
As Legiões Romanas de Décimo Junius Brutus estiveram neste local, subindo o Tejo e desembarcando perto de Santarém onde deixaram importantes marcas.
O povoado aqui existente estaria também integrado na rede viária Romana, pois aqui passava uma importante via militar romana que ligava Olissipo (Lisboa) para Emerita Augusta( Mérida) a capital da província romana da Lusitânia. Esta seta ficaria integrada no Brasão da Vila de Almeirim, assinalando este facto.
Existem vestígios em vários pontos do concelho, porém parte poderá estar irremediavelmente perdida devido á constante ocupação agrícola de todo vale do Tejo, com uma cada vez maior mobilização dos solos devido á mecanização da agricultura. Ironicamente terá sido mesmo essa mecanização que permitiu localizar o "Alto dos Cacos", nas proximidades de Almeirim, um local que parece estar localizado á produção de artigos em cerâmica.
Do períodos seguintes, as invasões bárbaras e a longa ocupação Muçulmana não terá restado muito, eventualmente o próprio nome da povoação "Almeirim", que poderá ter origem em "Al-Meirim" nome próprio masculino, o, ou então poderá ter tido a sua origem no nome de uma planta, o “Almeirão” (Cichorium intybus), através do árabe alamron ou alamiron, cuja origem da palavra é no entanto latina
Almeirim foi criada em 1411 por Dom João I, a partir da implementação da Coutada Real de Almeirim, cujo território foi demarcado em 1424; o mesmo monarca edificou no local um palácio, rodeando-o de amplos e belos jardins e hortas. Em 1430, Dom Duarte, ainda infante, mandou aqui construir uma torre que no entanto foi destruída a mando de Dom João I. Em 1483 Dom João II outorgou aos moradores de Almeirim, uma Carta de Mercê. No século XVI, Dom João III mandou construir a igreja e o hospital de Nossa Senhora da Conceição, São Roque e São Sebastião, com uma confraria de que faziam parte a rainha e os infantes, o Duque de Bragança e inúmeros fidalgos de Lisboa. O Paço que havia sido edificado a mando de Dom João I foi ampliado por Dom Manuel I que aqui costumava passar o Inverno; nesta época, a corte era atraída pela presença do soberano que ali construiu boas casas e quintas, em volta do palácio real. Almeirim foi palco de importantes acontecimentos da história de Portugal: as cortes foram aqui convocadas por duas vezes, primeiro por Dom João III para o juramento do Príncipe Dom João e depois pelo Cardeal Dom Henrique, por causa da sucessão do reino.
Nesta terra também se celebraram os casamentos da Infanta Dona Isabel com o Imperador Carlos V e o seu filho Filipe II com a Infanta Dona Maria e aqui faleceu o Cardeal Dom Henrique em 1580. Almeirim foi uma Vigararia do padroado real, com o rendimento de cem mil réis anuais e com um coadjutor da mesma apresentação. Ao nível patrimonial, merecem especial referência a Igreja Matriz e as fontes de São Roque e do Largo dos Namorados; outros locais de grande interesse turístico são as margens do rio Tejo e da Ribeira de Alpiarça, que para além de serem locais de grande beleza, contribuem também para a economia local.
Com a elevação de Almeirim a cidade, a 20 de Junho de 1991, a freguesia sede sentiu também um importante impulso; por se encontrar inserida na cidade, as atividades económicas praticadas pela população são bastante variadas. No entanto, sendo o núcleo do qual nasce o concelho, a freguesia é uma zona onde, desde cedo, se desenvolvem as práticas agrícolas e a criação de gado. Na agricultura, destacam-se as culturas da vinha, do melão e dos laranjais. Foi da Arca dos Laranjais de Almeirim que Dom João II retirou o dinheiro para a expedição de Afonso de Paiva e de Pêro da Covilhã. A regulação da Vala de Alpiarça permitiu novas terras para cultivo e facilitou a criação de gado, essencialmente bovino, que tem sido também um importante recurso, quer nas ajudas dos trabalhos agrícolas, quer nas toiradas que ainda hoje fazem parte da memória local.
Fontes: Município de Almeirim / Freguesia de Almeirim
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Paço dos Negros da Ribeira de Muge
Foi precisamente junto a esta Ribeira de Muge, Muja ou Mugem, nome por que era conhecida que existiu uma residência real, mandada edificar por D. Manuel I a qual inicialmente teve o nome de Paço da Ribeira de Muge ou só Paço de Muge, passando, mais tarde à designação de Paço dos Negros da Ribeira de Muge...
Estendendo-se por uma faixa de terreno, o lugar de Paço dos Negros pertence à freguesia de Fazendas de Almeirim, encontrando-se situado entre a sede da freguesia e a Ribeira de Muge, num lugar conhecido por Casal dos Frades.
Foi precisamente junto a esta Ribeira de Muge, Muja ou Mugem, nome por que era conhecida que existiu uma residência real, mandada edificar por D. Manuel I a qual inicialmente teve o nome de Paço da Ribeira de Muge ou só Paço de Muge, passando, mais tarde à designação de Paço dos Negros da Ribeira de Muge.
A inclusão da palavra “negros” deve-se ao facto do Rei Venturoso ter enviado para lá alguns escravos negros que passaram, então, a utilizar as dependências do Paço e por lá viveram durante muito tempo, chegando a constituir família e dando origem a sucessões. Esta designação foi adotada nas cartas de nomeação de almoxarife e noutros documentos como se encontram com referências ao almoxarife Estêvão Peixoto “Foi almoxarife dos Paços da Ribeira de Muge a que chamarão dos Negros”
O Paço não seria de grandes proporções mas não lhe faltavam comodidades para os que procuravam acolhimento nos momentos de lazer naquela zona aprazível de Almeirim.
Construído num lugar pitoresco, o Paço tinha acesso por um largo portão, aberto num muro, no cimo do qual se colocaram ameias e ornado com armas reais, de coroa aberta, ladeadas pela esfera armilar de D. Manuel I. Do que resta deste Paço há apenas a portada e seis merlões de estilo manuelino.
A ribeira corria abundantemente, e as suas águas eram aproveitadas para mover alguns moinhos nesta zona, chegando ser oito em pleno funcionamento no século XVIII só no limite da freguesia da Raposa à qual pertencia o Paço
Fonte: Municipio de Almeirim
PATRIMÓNIO NATURAL
O Concelho de Almeirim é profundamente marcado pela Lezíria do Tejo, o principal ambiente natural deste concelho, pese embora a humanização e utilização dos terrenos excecionalmente férteis para a agricultura há muitas centenas de anos tenham contribuído para erodir as características naturais originais desta zona.
Durante um período muito largo da história da nossa península e do nosso país o Rio Tejo foi via de comunicação e também fonte de sustento. A abundância sobretudo de peixes foi teve até grande reflexo na gastronomia local e fixação de pessoas. A fataça, a enguia, a lampreia, o barbo e a boga são espécies ainda relativamente comuns, pese embora a forte pressão ambiental a que têm estado sujeitos, agravada nos últimos anos pelo continuo aumento do número de espécies invasoras predadores, com destaque negativo para o voraz Siluro (Peixe Gato) cujo apetite apenas tem par nas suas dimensões exageradas comprovadas pela captura de individuados de peso superior a 60 quilos, algo que nenhum outro peixe do rio consegue atingir. A Ribeira da Raposa e algumas valas na lezíria são também habitats de várias espécies de peixe, mas estão também ocupadas por espécies invasoras, incluindo também espécies de Peixe Gato e Lagostins do Louisiana, que competem com as espécies locais por habitats e alimentação. Curiosamente nos últimos anos têm-se verificado por toda a região algum retrocesso no número de Lagostins Vermelhos ao mesmo tempo os "habitantes locais", nomeadamente lontras, cegonhas e garças os foram incluindo nos seus "menus" ajudando assim á recuperação destas espécies.
A zona florestal do concelho não tem grande relevo natural no contexto geral de todo o concelho, porque grande parte está ocupada por eucaliptos, relegando para o montado uma parcela muito menor. Ainda assim, podem por aqui ser encontrados alguns dos mamiferos mais comuns na região como o Javali, o Sacarrabo, A Raposa, O Coelho Bravo ou a lontra nas proximidades dos cursos de água, bem como outros animais de pequeno porque.
Para além das aves habitualmente avistadas nas região como as cegonhas, as garças boeiras, os melros, os patos-bravos, as garças, os corvos, as pegas entre muitas outras, por fazer parte da lezíria, Almeirim está incluído nas rotas migratórias de muitas aves que procuram o estuário do Tejo para nidificar, invernar ou apenas repousar nas suas longas viagens entre o norte da europa e África.
A Ribeira da Raposa é também importante em termos ambientais para o concelho, desaguando no Tejo nas proximidades de Muge no concelho de Salvaterra de Magos. Este ribeira prolonga-se algumas dezenas de quilómetros montado a dentro recebendo água de vários vales de outros concelhos. Grande parte da lezíria da ribeira é aproveitada para a agricultura dada a disponibilidade de água.
GASTRONOMIA
SOPA DA PEDRA
É impossível falar de Almeirim e da sua gastronomia sem falar da Sopa da Pedra. Almeirim tem um gastronomia invulgarmente rica e de muita qualidade, capaz de satisfazer o paladar mais invulgar e exigente, mas é a Sopa da Pedra o prato que se destaca acima de todos os outros. Esta sopa tem ainda a particularidade de ser confecionada com alguns "segredos" de cada um dos seus cozinheiros, fazendo com que apesar de semelhante entre todos os restaurantes que a confecionam, é na verdade ligeiramente diferente entre todos e cada um deles, pelo que são sempre necessárias varias visitas até que se possa dizer que as conhece a todas.
A Sopa da Pedra é um prato aparentemente simples, confecionado com feijão, batata, carne de porco, toucinho, enchidos, alho, cebola, coentros, água, sal, louro, coentros e pimenta... mas também leva sabedoria. Poderá encontrar no sitio da Câmara Municipal a receita completa desta sopa, mas nada como ir a Almeirim para a poder saborear.
A Câmara Municipal consciente do valor deste prato e da sua importância para a economia local deu passos para a proteger e valorizar.
A LENDA DA SOPA DA PEDRA
Um facto curioso é que este prato tem uma lenda que lhe dá um caracter ainda mais especial, que começa com a chegada de um astuto Frade á casa de um abastado lavrador desta terra:
Cansado e com a barriga a dar horas, o Sr. Frade bate à porta do lavrador, mostrando uma pedra, dizendo que gostaria de fazer uma sopa com ela pois está com fome.
Incrédulos, os donos da casa perguntam: "Com essa pedra? Sempre queremos ver isso!"
Sucesso! Foi apenas isto que o Frade precisou de ouvir para dar inicio á sua refeição. Pediu uma panela com água, lavou a pedra e preparou-se para a começar a cozinhar. Isto só aguçou ainda mais a curiosidade dos donos da casa que insistiram na questão: - Só com esta pedra e mais nada?
O Sr Frade delicadamente responde: "Não, para ficar melhor, devia levar um fiozinho de azeite e deixarem-me cozê-la ali no vosso lume."
O hábil Frade foi sempre pedido ingredientes aos poucos, levando os seus anfitriões a trazerem: "Um pedacinho de carne, um rodelinha de linguiça, duas ou três rodelinhas de chouriço, uma talisca de toucinho, umas batatinhas, um punhado de feijão..." e por aí a adiante até que da panela começou a sair o delicioso aroma da "sopa da pedra".
Depois da bela refeição, já com a panela limpa e apenas com a pedra a sobrar, o dono da casa já desconfiado pergunta ao frade: "Então e a pedra?"
O Sr. Frade, de barriga bem cheia de sopa e "manhosice" responde: "Não é para comer agora, eu lavo-a e levo-a comigo para comer outra vez"
CARALHOTAS
Só Sopa da Pedra para um refeição parece pouco. Temos que a acompanhar com um pouco de pão - uma caralhota.
As "Caralhotas" são pães caseiros, cozidos em fornos de lenha, particularmente saborosos e excelentes para acompanhar qualquer prato.
O seu nome - "Caralhotas" tem origem na designação popular para os borbotos das camisolas. Era precisamente a semelhança entre estes borbotos e os restos que ficavam nos alguidares onde era preparada a massa do pão que levou a que em Almeirim fosse dada há longos anos essa designação aos pequenos pães confecionados a partir desses restos.
MELÃO DE ALMEIRIM
O Melão de raça, é uma variedade deste fruto que se caracteriza pela sua casca escura e texturada, cultivado nos férteis terrenos da lezíria do concelho de Almeirim.
Este melão deu origem ao processo de certificação e criação de uma marca: O "Melão d’Almeirim"
Introduzido na região pelos Muçulmanos, está particularmente adaptado à região, beneficiado ainda da abundância de água e de um clima muito favorável à sua produção.
OUTROS PRATOS
Na verdade uma Sopa da Pedra, uma caralhota e uma fatia de melão, bem acompanhados com um vinho da região já são suficientes para o deixar satisfeito, mas estamos a falar de Almeirim. Há muito mais neste concelho do que aparentemente modesta Sopa de Pedra.
O menu é longo, e aqui apenas enumeramos alguns pratos: sopa de feijão, puré de tomate, massa à Barrão, bacalhau com molho de alho, magusto com bacalhau assado, caldeirada à pescador de Almeirim, lebre com couve e feijão branco, favas com enchidos de Almeirim, cachola de porco, chispe com batata frita, Cabrito (ou borrego) assado no forno, Ensopado de borrego, Açorda de sável, Arroz de castanhas, Carne de Toiro bravo entre muitos outros.
A doçaria também tem relevo a nível local, com doces como o Bolo Finto de Almeirim, o Pastel de Frade, o Gelado de Melão de Almeirim, as Broas de Almeirim e os Coscorões.
VINHOS
O concelho de Almeirim tem condições muito boas para a produção de vinhos de grande qualidade, tanto tintos como brancos. Por isso mesmo existe um número razoável de produtores, muito conhecidos tanto nacionalmente como internacionalmente.
Junto ao rio Tejo, predominam as castas brancas, em particular a Fernão Pires enquanto nos terrenos mais afastados do rio, já na zona de Charneca, onde os solos são mais pobres e arenosos, são as castas tintas que existem em maior número.
Almeirim é há muito tempo um concelho com uma produção total de vinho que figura entre as mais elevadas do país, sendo que nos últimos anos vários produtores e também as cooperativas do concelho fizeram investimentos que permitiram aumentar ainda mais o volume da produção, bem como assegurar a qualidade dos vinhos aqui produzidos.
TURISMO
Almeirim tem um grande potencial turístico, aproveitado por múltiplos operadores que valorizam essas mesmas potencialidades.
Aproveitando a sua localização no centro do Ribatejo, o visitante pode visitar vários espaços e monumentos no concelho, pode passar os seu tempo numa das várias casas agrícolas ou unidades de turismo rural, ou então esquecer a dieta e perder-se num dos muitos restaurantes do concelho.
O Rio Tejo está bem perto, mas ainda não tem um aproveitamento turístico de relevo, ficando sobretudo pelo interesse paisagístico e natural.
ECONOMIA
Almeirim goza de uma certa centralidade geográfica e acessibilidades que a têm colocado no centro desenvolvimento económico de região, facilmente acessível sobretudo por estrada. A sua proximidade com a A1 e A15 colocam todo o norte e a faixa oeste de Portugal bem perto, ao mesmo tempo que permite aceder facilmente ás regiões de interior centro e norte.
Para Sul a A13 é o principal eixo, conduzindo de forma rápida pessoas e mercadorias quer para o Algarve, Alentejo, Margem Sul ou Espanha.
Falta ainda a conclusão para norte da A13, que permitiria uma ligação ainda mais eficiente de Almeirim ao interior centro através do nó com a A23 nas proximidades do Entroncamento. Esta via permitira também resolver o congestionamento da ponte da Chamusca. A rede de estradas nacionais, sobretudo a N114 e a N118 favorecem Almeirim, com uma ligação norte-sul e este-oeste a ter lugar nesta cidade.
Um crescente dinamismo económico tem vindo a ter lugar em Almeirim, aproveitando a referida localização geográfica e proximidade da capital do País.
O setor terciário é aquele que atualmente emprega mais pessoas, sobretudo no comércio, bancos, e seguros, transportes e comunicações, administração pública e serviços, com especial destaque para a área da restauração que emprega direta e indiretamente centenas de pessoas. Almeirim acolhe ainda alguns serviços regionais como é o caso do Comando Distrital de Operações de Socorro da Protecção Civil, o ACES (Agrupamentos de Centros de Saúde) da Lezíria II ou a da Associação Distrital de Atletismo.
A recente decisão de um grande grupo ibérico de venda em supermercados de instalar em Almeirim uma unidade de logística de grandes dimensões irá transformar o setor no concelho, pois irá criar centenas de postos de trabalho.
As atividades relacionadas com o Turismo têm também um grande peso no concelho, pois não só dão emprego direto a muitas pessoas, como ainda valorizam os recursos locais. O caso mais notório é o da restauração, muito forte que beneficia do elemento distintivo que é a tradicional Sopa de Pedra, valorizando depois os vinhos do concelho e demais produtos agrícolas-
Segue-se o sector secundário, destacando-se as indústrias de construção e obras públicas, metalurgia, metalomecânica, material elétrico e transportes, calçado, vestuário e têxteis, alimentação e bebidas, madeira.
As unidades industriais de transformação de produtos agrícolas, donde se destaca a Sumol + Compal e as Adegas Cooperativas têm um peso importante no que toca à economia local, consumindo os produtos com origem local e exportando para todo o país e estrangeiro.
Tendo tão grande dinamismo no setor terciário e no setor secundário e que dependem fortemente dos produtos locais, também o setor primário tem muita força no concelho. A produção de tomate, de milho, de vinho, de frutas e de inúmeros produtos hortofrutícolas tem uma importância económica significativa
Fonte: Municipio de Almeirim
Texto em construção.
Guia Rural - Agosto 2023