CRATO

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Terra com história

Bem no Alto Alentejo, o Município do Crato está repleto de locais históricos e de relevante interesse para a nossa história comum. Habitado há milénios, viu a sequência de povos que passou pelo nosso território aqui se estabelecer e prosperar.
Tal como a esmagadora maioria dos concelhos do interior, o "progresso" das décadas finais do seculo XX contribuíram para uma desertificação humana e redução da importância das povoações do concelho, porém, esse declínio acabou por ajudar a conservar alguns elementos que estão gradualmente a ser recuperados e valorizados, sobretudo para aproveitamento turístico e cultural dos espaços.
Existem cada vez mais espaços turísticos no município do Crato, com o Mosteiro da Flor da Rosa a assumir a posição de ex-libris à espera de o receber. Juntando a cultura Alentejana, a excelente gastronomia, um ambiente relativamente bem preservado, e a cada vez mais necessária calma e paz que só no Alentejo poderá encontrar são motivos mais que suficientes para uma visita até este concelho.

Durante as próximas linhas vamos levá-lo a conhecer um pouco deste concelho, e se formos bem sucedidos, a convencê-lo a ir até ao Crato.

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TERRITÓRIO

O Crato é um concelho localizado no Alto Alentejo, distrito de Portalegre. Este concelho tem uma área aproximada de 398 quilómetros quadrados, inicialmente distribuídos por seis freguesias: Aldeia da Mata, Crato e Mártires (Crato), Flor da Rosa, Gáfete, Monte da Pedra e Vale do Peso, porém a reforma administrativa de 2013 agrupou Crato e Mártires (Crato), Flor da Rosa e Vale do Peso numa única freguesia, reduzindo-se assim o número para apenas quatro.

O relevo ligeiramente ondulante, com zonas de granito e outras de solos argilosos, é recortado por várias ribeiras: a ribeira de Caldeirão, a ribeira de Várzea, a ribeira de Seda, a ribeira de Linhais. Na paisagem destaca-se apenas dois montes: o de Campainhas (311 m) e o Esteval (317 m).

O território do concelho do Crato está principalmente devotado á exploração agrícola ou á exploração florestal. Uma grande parte dos terrenos está coberta por floresta: Montado de sobro e azinho, e algumas zonas de eucaliptos. No concelho existem também vastas áreas desprovidas de floresta, sobretudo dedicadas á produção de gado, ou de alimentação para esse mesmo gado. Existem também algumas áreas ocupadas por olivais.

Com curiosidade refira-se a existência de uma nascente de água termal, em Monte da Pedra. Desta nascente brota água a uma temperatura próxima dos 20 graus, de natureza bicarbonatada, sódica e fluoretada. Esta nascente foi mencionada pela primeira vez em 1810. Nos primeiros anos do Sec. XX, a Câmara Municipal do Crato mandou construiu o balneário, mas fazendo a sua exploração por arrendamento anual. Infelizmente o balneário foi encerrado em 1997, sobretudo devido à poluição da ribeira que passa junto ao posto de captação de água. Existem obras em curso e obras planeadas para dotar a povoação de novas infraestruturas e possibilitar a reabertura das termas.

Vale do Peso

A aldeia de Vale do Peso poderá estar implantada sobre uma sobre as ruínas de outra povoação, a de ”Cidade do Peso“, nome derivado de uma pedra de forma regular que provavelmente pela sua configuração, fazia lembrar um peso antigo. Nesta freguesia existem de facto indicações arqueológicas, sepulcrais, de que este território foi povoado em épocas muito recuadas, talvez pré-romanas, pois quem em muitos sítios apareceram sepulturas cavadas na rocha, a par das quais é também de assinalar a existência de edificações dolménicas, cujos vestígios foram descobertos durante a primeira metade do século XX.

Nos primeiros tempos da Nacionalidade, parece que todo este território estaria algo despovoado, situação que se reverteu de imediato com a doação de Crato, por D Sancho II, à Ordem do Hospital.

Como muitas outras povoações, também Vale do Peso sofreu danos significativos durante a Guerra da Restauração, bem como com as Invasões Francesas, que quase destruíram esta freguesia. Em Março de 1811, já durante a retirada, as tropas napoleónicas acamparam junto de Vale do Peso, num terreno aberto, povoado então de sobreiros e azinheiras, e fronteiro ao atual cemitério.

O priorado hospitalário de Crato criou a paróquia de Nossa Senhora da Luz de Vale do Peso, em data ignorada, depois do século XV ou XVI. Em termos administrativos, como domínio inicial do castelo do Crato e termo desta vila, a freguesia foi sempre do concelho do Crato.

Fazem atualmente parte do seu património cultural e edificado: a Igreja Paroquial, seiscentista, cujo interior foi remodelado em 1660 e na segunda metade do século XVIII; os solares das ruas Carlos Carvalho da Costa e Manuel Subtil; o edifício da Estação de Caminho-de-Ferro; as fontes de Santa Eulália, da Bica, Nova e Formosa; a ponte romana; e as necrópoles do Chamiço e do Azinhal.

Fonte Freguesia de Vale do Peso.


HISTÓRIA

O território que o ocupa o concelho do Crato tem ocupação humana constante desde há milénios. Em vários locais do concelho são conhecidos vestígios e construções dos primórdios da civilização, sobretudo da Cultura Megalítica. Dois exemplos de realce são a Anta do Tapadão e a Anta do Crato, cujas dimensões das lajes empregadas na sua construção permitiram que resistissem á passagem dos séculos sem grandes danos ao contrário do que acontece com muitas outras em outros locais do país. Mas para além destas existem dezenas de outros monumentos e sítios pré-históricos, estando já inventariado um número próximo das sete dezenas. Vários povos passaram por esta terra, numa sucessão mais ou menos violenta de conquistas e reconquistas um pouco à semelhança do que aconteceu por toda esta vasta região. Acredita-se que uma das denominações originais desta terra tenha sido Castraleuca ou Castra-Leuca, posteriormente Ucrate ou Crate e, por fim, Crato.

A fundação da vila é atribuída aos Cartagineses à cerca de 2500 anos atrás. Este povo muito provavelmente terá aproveitado a existência de um outro povoado anterior, no mesmo local ou nas proximidades para se estabelecerem. A escolha da localização da hoje em dia Vila do Crato não terá sido ao acaso, pois a mesma está implantada numa pequena colina mas que tem uma ampla vista sobretudo para toda a vertente sul, de este a oeste, conferindo vantagem defensiva. A proximidade da Ribeira de Seda terá sido também outro motivo a contribuir para esta escolha.

Os Romanos também por aqui viveram e prosperaram. Pelo crato passava uma importante via Romana da qual resistiram até aos nossos dias duas pontes e alguns troços dessa mesma via. Também no sitio da Granja, no Crato existem os restos de uma antiga Villae. Os Romanos terão chegado aqui aproximadamente em 60a.C. e dominado durante os séculos seguintes. No "Concílio Iliberitano" celebrado no ano 300 na cidade de Andaluza de Elvira, encontram-se assinaturas de três prelados lusitanos, um dos quais era o bispo castraleucense, Secundino. Em Aldeia da Mata foi localizada uma necrópole Romana com 136 sepulturas.
Após o declínio do Império Romano, a fortaleza existente no local terá sido destruída pelos "Vândalos" no ano de 413, restaurada posteriormente pelos "Âlanos". Em 582 voltou a ser conquistada por um povo diferente, desta vez os Visigodos, até que em 706 chegam finalmente os Mouros. Seguiram-se quatro séculos e meio até que ocorresse a derradeira mudança de senhores, com a chegada dos exércitos de D. Afonso Henriques. A fortaleza existente no local foi sempre sendo melhorada e atualizada de acordos os padrões de militares das sucessivas épocas.

O Crato tem a sua história intimamente ligada à Ordem de Malta, designação que atualmente tem a Ordem dos Hospitalários, á qual no ano de 1232 o rei D. Sancho II doou o Crato. Nesta altura era prior, Mem Gonçalves, que lhe conferiu á vila primeiro foral também no mesmo ano. Esta Ordem, estabeleceu-se em Portugal no tempo de D. Afonso Henriques, em Leça, na região norte tendo sido o seu primeiro prior, um irmão do rei. No ano de 1335, no reinado de D. Afonso IV, sendo Mestre da Ordem D. Álvaro Gonçalves Pereira, a sede da ordem foi transferida para o Crato, passando ele e os seus sucessores a usarem o título de Prior Do Crato. O priorado que possuía vinte e três comendas e as seguintes terras e seus termos: Crato, Amieira, Belver, Cardigos, Carvoeiro, Sertã, Envendos, Oleiros, Gáfete, Tolosa, Pedrogão Pequeno e Proença-a-Nova. A sede da ordem era o mosteiro de Flor da Rosa, mandado construir propositadamente para acolher a ordem.
À semelhança de outras ordens religiosas, esta comunidade era composta por frades batalhantes, simultaneamente guerreiros e monges, que professavam votos de humildade, pobreza e castidade. Curiosamente, tal regras não impediu D. Álvaro de ter uma vasta descendência com mais de trinta filhos a si atribuídos.
No ano de 1512 o Rei D. Manuel deu novo foral á Vila do Crato. A reforma administrativa de 1836 criou, mas sobretudo modificou e extingui muitos concelhos, porém no Crato não se registaram alterações.

 


AMBIENTE

O Crato tem uma envolvente ambiental típica do Alto Alentejo, ainda relativamente preservado em alguns locais apesar da atividade humana ter exercido uma pressão relativamente forte nas ultimas décadas. O Concelho é atravessado por alguns cursos de água, sendo os principais a ribeira de Caldeirão, a ribeira de Várzea, a ribeira de Seda, a ribeira de Linhais. Estas linhas de água de um modo geral têm um curso sazonal, bastante variável que vai do regime de cheia a períodos de caudal inexistente sobretudo nos anos mais secos.
A interioridade deste concelho tem grande influencia o seu clima, perfeitamente identificado como clima continental Mediterrânico, com elevadas amplitudes térmicas entre os períodos do verão e do inverno. A estação quente e seca é cada vez mais longa e exigente, interrompida no final do ano e inicio do seguinte por alguns meses frios e rigorosos, onde chove com mais alguma regularidade.
Os Montados de Sobro e Azinho ainda são um das paisagens mais emblemáticas do concelho, e são um rico ecossistema que urge preservar. Coelhos, lebres, javalis e outros mamíferos são presença habitual nestes espaços, juntamente com aves como o pombo bravo, a perdiz e a codorniz assumindo assim alguma importância cinegética.
Outras espécies, como a Abetarda, Calhandra – real, Mergulhão-de- crista, Corvo-marinho, Pato-real, Pato trombeteiro e diversas aves de rapina, destacando o Milhafre- real, a Águia-d’asa-redonda e a Águia-calçada são também presenças habituais, regularmente visitados por um grande número de espécies migratórias ou sazonais. A proximidade com as zonas de nidificação dos Abutres faz com que estas aves também possam ser observadas pelo concelho.
Na flora é importante referir a riqueza e importância da vegetação natural, como o sobreiro, a azinheira e a oliveira, tão típicas da planície alentejana. O espargo, a beldroega, o poejo, a hortelã da ribeira, a carrasquinha são espécies que abundam no campo e que são fortemente aproveitadas na gastronomia de Alter do Chão.

 


ECONOMIA

No concelho do Crato a atividade económica está repartida pelos diversos setores, com uma cada vez maior incidência no setor terciário, ou seja nos serviços prestados por pequenas empresas privadas ou serviços públicos. O turismo rural tem crescido nos últimos anos, com vários investimentos a serem feitos, e que procuram aproveitar todas as potencialidades deste fantástico concelho.
No setor primário, a agricultura tem bastante relevo, com o cultivos de cereais para grão, os prados temporários e as culturas forrageiras, a vinha e o olival. A pecuária mantém alguma importância, nomeadamente na criação de ovinos e bovinos. A exploração florestal tem também muita importância, seja na extração de cortiça, produção de lenha ou madeira para celuloso.

O concelho chegou a ser servido por duas linhas de caminho de ferro, o Ramal de Cáceres e a Linha do Leste. Estas duas linhas permitiam ao concelho ter alguma facilidade de exportação dos seus produtos, tanto que em Vale do Peso chegou a ser contruído um terminal ferroviário para carga de pedras ornamentais. Atualmente o Ramal de Cáceres está removido a exploração comercial, enquanto a linha do leste foi reformulada, tendo a estação do Crato perdido qualquer via desviada e com isso a possibilidade de carga ou descarga.

O concelho tem acessos rodoviários relativamente simples, sobretudo pela construção (parcial e recente) do IC13. Porém as saídas para norte ou sul são também fáceis.

 


GASTRONOMIA

Toda a gastronomia Alentejana é muito rica, com pratos que frequentemente recorrem aos produtos locais e a alguns temperos e ingredientes de uso quase exclusivo desta vasta região. Por isso mesmo, no Crato podemos encontrar uma gastronomia tradicional, de qualidade, com pratos confecionados com o saber de outras gerações e com muito sabor.
Da tradição local fazem parte pratos como a Sopa de Feijão Verde, Sopa do Cozido, Sarapatel, Sopa de Feijão com Couve ou Sopa de Coentros. Dos pratos de carne fazem parte o Cozido à Moda do Crato, Arroz de Cabidela, Afogado de Borrego à Moda do Crato, Migas de Feijão com Couve, Carne de Porco Alentejana ou Carne Frita.
Para terminar os doces: Uma iguaria com um nome curioso: Tecolameca (confecionada com amêndoa, gemas, banha, manteiga e açúcar) promete colocar um ponto final ás suas aspirações de fazer dieta. Os bolos da sogra e as barrigas de freira são também bastante comuns, junto com outros doces mais conhecidos.

 

 

------- Texto em construção.
Versão publicada a 05/08/2023

 

GAVIÃO

logo gaviao 300GAVIÃO

UM ALENTEJO DIFERENTE

Dividido entre as duas margens do Tejo, o Concelho do Gavião localizado no antigo distrito de Portalegre incorpora verdadeiramente a expressão "Alentejo diferente", pois a sua o seu território atravessado pelo maior rio da península e encaixado na zona de fronteira entre o Ribatejo, a Beira Baixa e o Alto Alentejo onde inclui muitos pontes de interesse, histórico, natural e cultural.

Durante as próximas páginas que compõem este artigo convidamo-lo a uma visita virtual para ficar a conhecer melhor o concelho do Gavião, e quem sabe, convencê-lo a visitar este concelho.

Venha daí, clique em Seguinte para avançar no artigo, ou utilize o menu no topo deste artigo.

 


TERRITÓRIO

O concelho de Gavião faz parte do distrito de Portalegre, na região conhecida como o Norte Alentejano, na confluência das regiões do Alto Alentejo com o Ribatejo e a Beira Interior. Localizado a curta distância do centro geográfico de Portugal (que é no município de Vila de Rei), este concelho está delimitado Norte pelo concelho de Mação, a sul pelo Crato e Ponte de Sor, a Oeste por Abrantes e a Este por Nisa.

Com cerca de 295 quilómetros quadrados, o concelho do Gavião tem a maior parte do seu território a sul do tejo, porém na margem norte do rio estão cerca de 70 quilómetros quadrados, ocupados na sua totalidade pela freguesia de Belver, uma pequena povoação que já foi concelho, já foi parte do concelho de Mação até que finalmente foi integrada no concelho de Gavião já em finais do século XIX. A parte sul alberga as restantes três freguesias: Gavião e Atalaia, Comenda e finalmente Margem.

O principal elemento geográfico do concelho de Gavião é o Vale do Tejo que divide o território em dois, deixando Belver a norte e tudo o resto a sul. A parte norte e as zonas mais próximas do rio são as mais acidentadas, com alguma colinas e vales um pouco mais cavados, depois, á medida que nos afastamos do rio para sul, o terreno vai aplanando e ganhando uma aparência mais próxima do Alentejo central.

Como seria de esperar, sendo o Tejo o grande rio, os vales mais próximos confluem na sua direção, com pequenas ribeiras algumas de curso sazonal a aqui desaguarem. Porém, a curta distância para sul, as águas tomam outros caminhos, com vários vales e os respetivos cursos de água a encaminharem-se para sul para engrossar a Ribeira do Sor.

O território tem uma densidade populacional bastante baixa, sofrendo da interioridade tal e qual os seus vizinhos. A pobreza de grande parte dos solos, a orografia e apesar da existência do Tejo, a escassez dos recursos hidricos não é propicia a grande agricultura, com as pessoas a dedicarem-se mais ás atividades florestais ou criação de animais, tendo estas atividades os respectivos reflexos na forma como o território é ocupado.


HISTÓRIA

A ocupação do território do concelho de Gavião pelos humanos data de há milhares de anos, existindo dispersos pelo concelho vestígios de outras eras muito distantes. A Anta do Penedo Gordo será um dos elementos mais representativos da ocupação pré-histórica, que atesta a existência de comunidades na parte norte do concelho. A sul, em Comenda estão identificados alguns sítios do período Neolítico. Porem não existirão muitos exemplos da pré-história, eventualmente ou porque as comunidades não eram muito grandes ou porque dados os próprios elementos de que dispunham para se estabelecerem, os vestígios de povoados foram-se perdendo e degradando ao longo dos tempos.

Não é conhecida a origem da povoação que hoje conhecemos como Gavião, mas os estudos feitos levam a crer que a mesma já existiria antes da ocupação Romana. A sua proximidade com o rio, utilizado por vários povos e durante séculos como importante via de comunicação entre o interior da Península e o litoral ou até mesmo as distantes capitais. Também os terrenos com alguns cursos de água e algumas zonas um pouco mais férteis poderão ter contribuído para fixar os habitantes.

O Império Romano também aqui terá tido alguma influência, existindo aliás vestígios da sua passagem. Foram encontrados alguns elementos arqueológicos desta época, havendo mesmo que argumente a existência nesta zona de uma antiga cidade chamada Fraginum, sendo que não existem elementos conclusivos quanto á localização da mesma, levando outros autores a indicar Alpalhão como o sitio onde esta cidade terá existido. Na povoação de Atalaia é conhecida a existência da via militar Romana que ligava Santarém prosseguia a Cáceres, pelo que estes terão aproveitado a existência de um Castro Lusitano da época do Calcolítico para fazer a guarda do troço de via que por aqui passava. Também na margem norte do Rio, nas proximidades do Castelo de Belver foram identificados e recuperados alguns elementos do período Romano.

Do período pós-Romano e Mouro não terão ficado vestígios. Os Mouros, conhecidos pela sua civilização sofisticada, não tinham por hábito produzir registos mais detalhados das pequenas povoações. Mas dada a sua passagem pelo nosso território, terão certamente exercido domínio sobre estas terras. Ainda assim, em Atalaia, terá existido um castelo Romano que viria a ser destruído pelos Vândalos, teria sido reconstruída posteriormente uma das torres, a qual serviria de atalaia durante as lutas da reconquista neo-goda e as lutas com Castela.

A vila do Gavião, sede do concelho, começa a emergir daquilo que é o nevoeiro da história no período tardo-medieval, quando já era uma das doze vilas do priorado do Crato.
Do outro lado do Rio, a povoação que hoje conhecemos como Belver, teve um momento importante em 1194, quando D. Sancho I por carta de 13 de Junho faz a doação à Ordem do Hospital de S. João de Jerusalém das terras denominadas “Guidintesta’, com a condição de na “Vila de Guidintesta’, edificarem um castelo, a que o próprio monarca impôs o nome de “Belver”, cuja interpretação é “Bela Vista”. O castelo foi fundado por Gualdim Pais, da Ordem dos Hospitalários que estava familiarizada com a arquitetura militar avançada, permitindo a construção de uma fortaleza muito bem delineada.
O Foral Novo atribuído por D. Manuel I, a 18 de Maio de 1518, instituiu o concelho de Belver; porém, no século XVII, o seu termo estava muito mais reduzido, sendo apenas composto por Belver e Comenda.
O concelho de Belver acabava por ser extinto em 1836, na sequência de uma reorganização administrativa do país. Belver ficava então integrada no concelho de Mação e, em 1898, passava para o de Gavião, ao qual ainda hoje pertence.

Regressando á margem sul, a vila do Gavião foi aumentando a sua importância ao longo dos séculos, recebendo Foral de 23 de Novembro de 1519, durante o reinado de D. Manuel I, elevando o povoado a vila e, e concedendo-lhe todos os privilégios e direitos correspondentes.
O concelho esteve extinto no período entre 26 de Novembro de 1895 e 13 de Janeiro de 1898, na sequência de uma reforma administrativa do País. As suas freguesias passaram então para o concelho de Nisa, à exceção de Comenda, que transitou para o concelho do Crato.
Em 1988 o concelho é restaurado, e vê integrado no seu território a freguesia de Belver que até então pertencia ao vizinho concelho de Mação.

Fonte: Município do Gavião, Freguesia de Belver, Freguesia de Gavião e Atalaia, Freguesia da Comenda, Wikipedia, Outros


AMBIENTE

Por ser um concelho rural e com um reduzido número de habitantes, o concelho do Gavião tem grandes áreas em que a ocupação é mínima, com os terrenos a serem ocupados sobretudo por floresta. Na zona norte do concelho, são os pinheiros bravos e eucaliptos que dominam, propagando-se também para uma boa parte da zona sul do concelho, sendo que nesta zona também existem grandes áreas de montado de sobreiros. Para além destas espécies de particular interesse económico, existem também outras como a Giesta, Rosmaninho, Zimbros, Murtas, Medronheiros, Urzes , Alecrins, Carrasqueiros, Azinheiras, Amieiros, Choupos, Freixos e Salgueiros

A passagem do rio Tejo é também um elemento importante no que diz respeito à fauna e flora, criando habitat para uma grande variedade de espécies, sobretudo peixes, como o caso do Barbo, Boga, Carpa Lúcio, Achigã, Enguia, Peixe-rei, Bordalo, Lagostim, Perca, Tenca.

Também existe uma abundante variedade de aves, ou próximas do rio ou dos montados, uma vez que sobretudo os eucaliptais são algo estéreis no que diz a fauna. Entre as muitas aves que aqui podemos encontrar, podem-se enumerar as Cegonhas, e a Cegonha-preta, Milhafre-real, Aguia-imperial, Águia-real, Águia-de-bonelli, Águia-perdigueira, Narceja, Bufo-real, Ferreirinha-serrana, Papa-moscas, Milhafres-pretos, Gaviões, Águias-perdigueiras, Andorinhas das rochas e Chapim Azul. Podem-se também avistar outras aves, como alguns abutres, oriundos das areas do Parque Natural do Tejo Internacional.
Entre as espécies de mamíferos, podem-se encontrar Javalis (uma espécie que por todo o país que tem vindo a assumir as proporções de praga face á ausência de predadores ou controlo eficaz), Raposa, Ginete, Lebre, Coelho, Saca-rabos e Gato bravo e ainda outras espécies de menor porte ou menos abundantes.

Fonte: Guia Rural, Outros

PRAIA DO ALAMAL

A praia fluvial da Quinta do Alamal é formada por um extenso areal de praia num local em que as águas do Tejo formam um recanto calmo e abrigado. O local é ladeado por um arvoredo frondoso e variado, composto por madressilvas, medronheiros, murta, lírios selvagens, amieiros, freixos e salgueiros.
A paz reina, e no silêncio do lugar, só se ouve o sussurrar das águas que correm nos regatos que serpenteiam os socalcos de pedra seca da velha Quinta do Alamal.
A praia do Alamal, é um lugar que conta um tempo antigo, um tempo que corre devagar, um tempo de cores e de cheiros, um tempo de outros tempos.
É muito mais que uma Praia, é um espaço singular na sua excelência ambiental, patrimonial e paisagística.

Fonte: Município do Gavião

PRAIA FLUVIAL DA RIBEIRA DA VENDA

Integrada num complexo de lazer gerido pelo Município de Gavião e localizado a um quilómetro da aldeia de Comenda, o Parque de Merendas da Ribeira da Venda, surpreende os visitantes com as suas águas de nascente, espaços verdes repletos de árvores frondosas e as diversas pontes que cruzam o local, especialmente a antiga ponte romana da Ribeira da Venda.
O Parque de Merendas da Ribeira da Venda dispõe de uma área de praia fluvial junto ao açude e uma piscina infantil.

Fonte: Municipio do Gavião


PATRIMÓNIO

O património do concelho de Gavião inclui:

  • Castelo de Belver (freguesia de Belver)
  • Ermida de Nossa Senhora do Pilar (freguesia de Belver)
  • Capela de São Brás (freguesia de Belver)
  • Anta do Penedo Gordo (freguesia de Belver)
  • Ponte da ribeira da Venda (freguesia de Comenda)
  • Pelourinho de Gavião
  • Capela do Calvário (freguesia de Gavião)

Espaços Museológicos:

  • Museu do Sabão
  • Núcleo Museológico das Mantas e Tapeçarias de Belver
  • Museu do Vinho e do Pão
  • Castelo de Belver
  • Casa das Artes de Gavião

 


ECONOMIA

O Concelho do Gavião está principalmente ligado ás atividades do setor primário, seja a agricultura ou a silvicutura. No seu conjunto, estas duas componentes têm um grande peso na economia local. O Eucalipto, o Pinheiro e o Sobreiro são especies muito importantes. Também a criação de animais assume alguma relevancia, partilhando as areas com a exploração florestal. A produção de alguns cereais para grão, a vinha e o olival estão também presentes e com algum relevo.
O setor sector secundário tem pouca relevância, no entanto o setor terciário tem mais algum peso. Para além das atividades habituais ligadas aos serviços, seja prestados pelos privados ou pelo estado, as atividades ligadas ao turismo e lazer têm ganho importância nos ultimos anos com novos investimentos feitos procurando aproveitar as condições locais.

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Versão inicial publicada a 26/7/2023.  Em construção, atualização programada.
Se gostaria de adicionar ou corrigir algo neste texto, por favor contacte-nos.

 

 

FRONTEIRA

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UM CONCELHO SINGULAR

Localizado numa zona central do Alto Alentejo, o Município de Fronteira pertence ao distrito de Portalegre e estende-se por cerca de 248km2, que estão ocupados sobretudo por montados, olivais e campos de cereais. O município é composto por três freguesias, Fronteira, Cabeço de Vide e São Saturnino.

As vilas do Concelho são vilas tipicamente alentejanas, de casario branco e com ruas e calçadas que seguem os mesmos caminhos á centena de anos conforme o crescimento das povoações ia ditando.  Ao contário do que poderá parecer, Fronteira tem um património rico, desde monumentos pré-históricos, vários elementos da época Romana incluindo uma recém descoberta Villa dotada de um luxo invulgar e único na península, e até uma nascente de água mineral única em todo o mundo que até já a atenção da NASA cativou. 

Fronteira é um daqueles concelhos para visitar com tempo, para poder visitar os locais interessantes, ficar a conhecer sua história, provar a sua gastronomia e recuperar energias longe da confusão das grandes urbes. Porém desde à alguns anos que Fronteira ganha uma vida diferente durante um fim de semana por ano, quando já no final de Novembro, inicio de Dezembro, centenas de pilotos de automóveis e milhares de fãs se reúnem nesta vila para uma prova de automobilismo única em Portugal, as 24 horas TT Vila de Fronteira.


A HISTÓRIA

Desde há milhares de anos que o território hoje ocupado pelo Município de Fronteira tem tido ocupação humana, comprovada pela existência de um grande número de monumentos megalíticos com mais de 10 mil anos, onde se incluem cerca de 30 antas e os dólmenes da Necrópole Megalítica da Herdade Grande ou as rochas gravadas da Herdade dos Pintos.
Os terrenos férteis, quase planos e algumas ribeiras, incluindo a Ribeira Grande, terão contribuído para ajudar as pessoas a ficarem por estas paragens, dando inicio aos núcleos populacionais que hoje existem.

Ao longo dos tempos vários povos terão ocupado estas terras, com especial destaque para os Romanos. Sabia-se que Cabeço de Vide, uma vila a cerca de 10km da sede do Município teria tido bastante importância para os Romanos, devido á proximidade com uma importante estrada romana, porém recentes descobertas surpreenderam até os próprios investigadores e colocam esta localidade num patamar único a nível nacional e raro até dentro daquilo que era o império Romano. Foi descoberta a luxuosa villa romana da Horta da Torre, única em Portugal , nas proximidades de Cabeço de Vide, onde já foi desvendada uma sala de jantar com 90 metros quadrados com uma surpreendente cascata artificial no seu interior. Seria nesta sala que os convidados do proprietário tomavam as refeições deitados em almofadas enquanto a água escorria ao longo da parede.
Este local está a ser investigado de desde 2012 sobre a direção do arqueólogo André Carneiro, da Universidade de Évora e com o apoio do Município de Fronteira, e promete continuar a revelar os segredos do Romanos durante bastante tempo, pois ainda há uma grande area dos cerca de 2.5 hectares por revelar.

Após o declínio do Império Romano toda esta zona chegaram os visigodos e depois muçulmanos até que se deu a reconquista por parte dos primeiros reis de Portugal. Destes dois povos terão ficado poucos sinais da sua presença, porém os núcleos populacionais já existentes no período Romano terão continuado a existir até à chegada dos Cristãos.

Julga-se que Fronteira terá surgido como povoação autónoma durante o reinado de D. Dinis, havendo o registo de que em 1236 a igreja de Fronteira ou Frontaria fica na posse da diocese de Évora. Em carta régia de 1424 Fronteira é agraciada com vários privilégios e em 1512 D. Manuel I concede-lhe foral.

Quanto ao nome da Vila: "Fronteira", não é certo qual a sua origem, existindo três teorias diferentes: Uma delas invoca a possibilidade de Fronteira ter sido edificada sobre a linha divisória ou fronteira entre os territórios ainda ocupados pelos muçulmanos, a sul, e os recentemente reconquistados pelos cristãos, a norte. Outra versão é a de que a vila foi primeiramente erguida no Outeiro da Vila Velha (e haveria um forte no outeiro de São Miguel) de onde, por razões de salubridade, teria sido transferida para a atual localização no reinado de D. Dinis. Fernando Pina aponta ainda "uma terceira versão, mais erudita, defendida pela investigadora francesa Rosa Plana-Mallart", em que faz recuar a fundação à época romana e o topónimo ao facto de a sua localização se situar no limite - fronteira - da administração do território das civitates romanas de Ebora (Évora) e Ammaia.

Fronteira terá tido um castelo, porem dele apenas existem escassos vestígios, marcou uma época e um estatuto para a vila e está ligado intimamente a um episódio maior da história de Portugal e de Fronteira, a Batalha dos Atoleiros.

Depois de séculos em que integrou apenas as freguesias de Nossa Senhora da Atalaia de Fronteira e de São Saturnino, ao longo do século XIX o concelho de Fronteira contou com múltiplas alterações, integrou freguesias dos concelhos de Estremoz, de Monforte e de Sousel, com significativas mudanças sucessivas e que incluíram ainda a extinção do próprio concelho de Fronteira (em 1867), integrado no de Alter do Chão, mas logo restaurado (1868).

Em 1855 foram extintos os concelhos de Veiros e Sousel, anexando as suas freguesias ao de Fronteira, que desse modo passou a compreender, para além das freguesias de Nossa Senhora da Atalaia e de São Saturnino, as freguesias de São Bento de Ana Loura, Santo Aleixo, São Pedro de Almuro, Rei Salvador, Santo Amaro, Nossa Senhora da Graça de Casa Branca, Nossa Senhora da Graça de Cano, Nossa Senhora da Graça de Sousel e São João da Ribeira.

Em 1863 é restaurado o concelho de Sousel. Depois em 1869 é desanexada a freguesia de São Bento de Ana Loura e em 1871 a de Santo Aleixo, em 1872 foram desanexadas as freguesias de Rei Salvador e São Pedro de Almuro, voltando Fronteira a conter apenas as suas freguesias primitiva de Nossa Senhora da Atalaia e de São Saturnino, acrescidas da de Santo Amaro. Depois Fronteira vem ainda a receber as freguesias de Vaiamonte e novamente São Pedro de Almuro que voltam a ser desanexada em 1898 para integrar o concelho de Monforte.

Finalmente já em pleno século XX, por decreto de 21 de Dezembro de 1932, Santo Amaro passa a integrar o concelho de Sousel e o de Fronteira integra a freguesia de Nossa Senhora das Candeias, antigo concelho de Cabeço de Vide extinto em 1855 e então integrado no de Alter do Chão.

(Fonte: Município de Fronteira, Wikipedia, Outros)


BATALHA DOS ATOLEIROS

A Batalha dos Atoleiros foi travada a 6 de Abril de 1384, entre as forças portuguesas, comandadas por Nuno Álvares Pereira, e uma expedição punitiva castelhana, enviada por João I de Castela, junto da povoação do mesmo nome, no Alentejo. Foi a primeira batalha durante a crise de 1383-1385 e a primeira vitória obtida pelo general português.
Em dezembro de 1383, uma revolução em Lisboa, levou D. João Mestre de Avis ao poder, sendo aclamado Regedor e Defensor do Reino e levando a rainha Leonor Teles a fugir e a pedir ajuda ao genro: João I de Castela. Este começou por organizar um exército para esmagar a revolta, pois considerava-se como o legítimo rei de Portugal.
D. João nomeou Nuno Álvares Pereira, fronteiro do Alentejo e entregou-lhe uma força militar, temendo a entrada das forças de Castela em Portugal por esta zona. O militar Português partiu de Lisboa com 1400 homens, aumentando este número pelo caminho e aproximou-se do exército inimigo, que tentava cercar Fronteira. As forças castelhanas invasoras contavam com um efetivo com 5000 homens.
O exército português conhecia bem o terreno, e preparou-se para o ataque dos Castelhanos de forma particularmente inteligente e inovadora para altura, conseguindo repelir os invasores depois de uma batalha em que infligiu numerosas baixas ao inimigo e consegui escapar sem se registar uma única morte do seu lado.

(Fonte: Wikipedia, Outros)

CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DA BATALHA DOS ATOLEIROS:
Atoleiros 1384 é o Centro de Interpretação dedicado à Batalha de Atoleiros, a batalha que se travou em 6 de Abril de 1384, a pouca distância da vila de Fronteira.
A Batalha de Atoleiros tem um enorme significado. Foi a primeira grande operação militar de Nuno Álvares Pereira. Utilizando uma tática de inspiração inglesa no combate, o grande herói demonstrou que o domínio militar castelhano não era inevitável.
Atoleiros 1384 não é um museu clássico, mas sim um espaço único cenografado para (re)viver e entender todos os acontecimentos de crise do século XIV, um momento decisivo na história de Portugal

Veja mais aqui: https://www.facebook.com/atoleiros1384/


CABEÇO DE VIDE

Cabeço de Vide é uma vila que faz parte do concelho de Fronteira, localizada a cerca de 10 kms a norte da sede do Concelho, estando edificada na encosta meridional de um pequeno monte que permite uma ampla visibilidade sobre largos quilómetros em redor.
Tal como no restante concelho, a ocupação desta zona é bastante antiga, pelo menos desde o período do Neolítico, tendo sido encontrados inúmeros artefactos desse período.
A ocupação Romana deste local foi bastante significativa, pois por aqui passa uma estrada subsidiária da importante via militar romana que ligava Lisboa a Mérida. Esta via servia as termas da Sulfúrea, onde foram encontradas ruínas de um balneário e muitos outros vestígios arqueológicos datados da época romana. Um pouco por toda a freguesia foram encontrados abundantes testemunhos de uma forte atividade romana, mas nenhum tão surpreendente e espetacular como a recente revelação da luxuossa Villa da Horta da Torre.
No ano de 1160, D. Afonso Henriques conquistou a povoação que foi retomada e destruída pelos árabes em 1190. Alguns anos depois foi reconstruída no alto do Cabeço para melhor se defender dos inimigos. Foi então levantado, ou reconstruído, um castelo e edificada uma cerca muralhada em torno da povoação.
No séc. XVI, Cabeço de Vide foi doada a Diogo de Azambuja. Este século foi época de ouro da vila que começou, em 1498, com a fundação da Santa Casa da Misericórdia por D. Leonor. Em 1512, D. Manuel I concede novo foral a Cabeço de Vide.
O declínio da vila começou durante as campanhas da Restauração que lhe arruinaram as casas, as muralhas e o castelo. Depois de vários anos negros na vida desta vila, esta deixa de ser concelho a 24 de Outubro de 1932, ficando integrada no concelho de Alter do Chão até 21 de Dezembro de 1932, data em que transitou para o concelho de Fronteira.


ECONOMIA

Fronteira é um concelho predominantemente ligado ao setor primário, á agricultura (cereais, as culturas forrageiras perenes e sazonais, o olival), á floresta (montados) e também á pecuária (suínos, ovinos e bovinos).
O setor secundário, ou seja a industria, tem pouca expressão, apesar de nos últimos anos se terem instalado pequenas industrias junto á sede do Concelho.
O Setor terciário (serviços) é um dos setores mais importantes no Concelho, com uma crescente tendência para as atividades ligadas ao Turismo.

TERMAS DA SULFUREA

Em Cabeço de Vide existe uma estância termal, as Termas da Sulfúrea, que estão edificadas num local onde terá existido um balneário romano, que se supõe datar da época de César Augusto (119 a.c). A utilização destas águas deverá remontar a um período de á cerca de 4000 anos atrás, sendo as suas propriedades curativas aconselhadas para o tratamento de doenças do foro osteoarticular (reumatismo), respiratórias (asma, bronquite, sinusite, rinite), e da pele.
A água mineromedicinal de Cabeço de Vide é sulfúrea, hipossalina e hiperalcalina, sódica e cálcica, oxilidrada, com um ph de 11,55. Tem elevado teor de sílica, cloretos e apreciável quantidade de zinco. É bacteriologicamente pura. A água emerge a uma temperatura de 19º. Não é conhecida outra fonte termal semelhante, em Portugal ou no estrangeiro que sejam simultaneamente oxilidradas e hipossalinas".
A água de Cabeço de Vide é tão rara que já suscitou até o interesse da NASA, que enviou o investigador até ao Alentejo para estudar estas águas e os processos de formação de hidrogénio que lhe estão associados, pois os mesmos podem conduzir à formação de microrganismos, ou seja, gerar vida sem necessidade de oxigénio.

Fontes: Freguesia de Cabeço de Vide, Termas da Sulfúrea, Outros


FESTAS E EVENTOS

Fronteira
Festas em Honra de Nossa Senhora da Vila Velha (Agosto)
Comemoração da Batalha dos Atoleiros (Feriado Municipal - 06 Abril)
Comemoração da Batalha dos Atoleiros nos dias adjacentes ao dia 6 de Abril (com Mercado Medieval, torneios e reconstituição histórica da Batalha)
Abertura da época Balnear (Junho/Julho)

Cabeço de Vide
Romaria Nossa Senhora das Candeias (Fevereiro)
Romaria Nossa Senhora dos Anjos ( 2ª Feira de Páscoa)
Festas de Verão (Julho)

Vale de Maceiras
Festas em Honra de Nossa Senhora da Oliveira e Nossa Senhora do Rosário (Julho)

Vale de Seda
Festas em Honra de Nossa Senhora da Assunção (Julho)

Outros Eventos
CEI Atoleiros (Abril/Maio)
24 Horas Todo-o-Terreno (Novembro)

24 HORAS DE TODO O TERRENO
As 24 Horas de Todo-o-Terreno são uma competição de desporto automóvel, disputado num circuito com cerca de 17 quilómetros desenhado nos campos e montados a nascente e a norte da Vila de Fronteira. Este evento nasceu pela mão do Clube Aventura e de José Megre, passando depois para o ACP que garantiu a continuidade da prova. Disputada a primeira corrida há já 25 anos, este evento rapidamente ganhou uma aura única dentro daquilo que é o desporto em Portugal, reunindo não só pilotos mas pessoas de todos os quadrantes da sociedade e de diversos estratos sociais que ao longo de todo um fim de semana partilham uma aventura comum.
O sucesso da prova em Portugal também foi notado além fronteiras, sobretudo em França, e desde há muitos anos que esta prova é incontornável para grande parte dos praticantes da modalidade naquele país, e que se deslocam até Portugal para participar e lutar pela vitória.
Também junto dos fãs a prova ganhou uma mística especial, e há alguns anos atrás eram criadas verdadeiras aldeias temporárias ao longo de toda a pista. Porém, uma mudança de mentalidades e atitude tem feito reduzir drasticamente o numero de pessoas a assistir, por um lado a envolvente económico-social do nosso pais, pelo outro uma atitude restritiva dos proprietários e autoridades que limitam o acesso aos locais onde passa a corrida.
Ainda assim, as "24 Horas" ainda são o maior evento da povoação, que movimenta milhares de pessoas e são uma lufada de ar fresco num território com uma economia bastante limitada.

Fontes: Todoterreno.pt / Rally-Raid Network

 

Texto em construção
Fontes: Municipio de Fronteira, JF Cabeço de Vide, Todoterreno.pt, Wikipedia, Outros

AVIS

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Um convite á descoberta

A histórica vila de Avis, atualmente com "os pés" dentro da Barragem do Maranhão, foi edificada no topo do monte de granito na proximidade a confluência da Ribeira de Seda com a Ribeira Grande. A sua história é longa e rica, mas é sobretudo recordada por ter sido a sede de uma das mais importantes ordens militares do nosso país: a Ordem de Avis. Esta ordem dominava um vasto território do Alto Alentejo e Ribatejo. Recheada de Monumentos e construções que preservam e recordam os tempos medievais, esta vila merece uma visita atenta e detalhada.

Este artigo tem várias páginas. Clique em Seguinte na linha abaixo ou utilize o menu acima do texto.


A vila de Avis é a do município com 605 km² de área repartido por 6 freguesias. O município é limitado a nordeste pelo município de Alter do Chão, a leste por Fronteira, a sul por Sousel e por Mora e a noroeste por Ponte de Sôr. O Concelho de Avis estende-se pela zona Alta da Bacia Hidrográfica do Sorraia, beneficiando da presença de importantes cursos de água como Ribeira de Seda, que nas proximidades de Avis se junta à Ribeira Grande ou de Avis. A Ribeira de Seda, já no limite do concelho próximo de Pavia, recebe o Ribeiro do Almadafe, formando-se assim a Ribeira da Raia. Encontramos ainda, neste mesmo município, a Ribeira da Sarrazola, os Ribeiros do Azinhal, Alcôrrego, e Vale de Freixo.

Hoje em dia ainda podemos encontrar parte das muralhas que outrora rodeavam o povoado, onde se incluem 3 torres: A torre de S. António, S. Roque e a torre do Convento ou da Rainha, a qual visitaremos e de onde podemos não só ver adro do Convento e a Porta do arco, bem como ainda lançar um olhar sobre largos quilómetros em redor. O castelo de Avis já desapareceu totalmente tendo sido construído no seu lugar o Convento, com uma imponente Igreja Matriz.

Pela sua localização, quer de local (no topo de um monte) quer de região (Alto Alentejo), os habitantes locais foram desde sempre confrontados com a escassez de água, pelo que existe um sistema de cisternas publicas e privadas que garantiu o abastecimento durante centenas de anos, cuja principal cisterna está conservada e visitável. Embora já não tenha utilidade prática, é um surpreendente e algo inesperado testemunho desses tempos já idos.

Também testemunho da memória coletiva de Avis e da região envolvente é o Museu Municipal de Avis, atualmente designado de Museu do Campo Alentejano. Instalado em algumas das salas do Antigo Convento de São Bento de Avis, nomeadamente a Sala do Capítulo e a Sala de Leitura dos Monges.
No Concelho de Avis, o trabalho agrícola e a criação de gado foram, durante muito tempo, as principais atividades económicas. As jornadas tinham como companheiro o sol, que ditava o ritmo da vida. Durante todo o ano, homens e mulheres, de acordo com a época, desempenhavam os mais variados trabalhos. Destes podemos destacar a pastorícia, a sementeira, a monda, a ceifa, a colheita, a debulha, a apanha da azeitona, a vindima e o descortiçamento.

O Museu do Campo Alentejano pretende valorizar o montado como elemento diferenciador desta região e assumir-se como memória das gerações que nas diferentes tarefas desempenhadas também contribuíram para modelar este território. Por essa razão, quando teve lugar a sua ultima remodelação, passou a estar estruturado em torno da temática do campo agrícola e do montado, sendo o seu espólio, essencialmente, etnográfico e representativo das atividades agrícolas e pastoris, em que o montado surge como elemento modelador de toda uma cultura regional. O montado marca a paisagem alentejana e constituiu-se como elemento referencial e diferenciador de gerações, do ponto de vista cultural, económico, social e ambiental. É um sistema multifuncional, agrossilvopastoril, que sustenta uma abundante biodiversidade, de elevado valor natural, no qual se destacam o sobreiro e a azinheira, como duas das principais espécies florestais autóctones existentes no nosso País.

Avis é atualmente uma Vila que preserva orgulhosamente a sua história, e que se projeta no futuro sem esquecer as suas raízes. A sua localização permite oferecer aos seus habitantes qualidade de vida, ao mesmo tempo que acolhe de braços abertos quem a visita.


ERVEDAL

A alguns quilómetros a nascente de Avis fica a vila do Ervedal localiza-se a nascente de Avis. A constituição da vila de Ervedal remonta ao período Paleolítico, como o demostram os vestígios que integram o espólio da Fundação-Arquivo Paes Telles, que se dedica à investigação e conservação do património arqueológico local. Esta instituição nasceu da vontade e do legado deixado pelo conhecido poeta e investigador Mário Saa, que elegeu Ervedal como sua terra, aquela onde passou os últimos anos da sua vida.
A vila do Ervedal uma posição relativamente central em relação ao território da freguesia de que é sede, tendo-se desenvolvido numa área relativamente plana. Foi vila e sede de concelho. Teve foral em 1512 mas o concelho acabou por ser incorporado no de Avis em 1836. Era constituído apenas pela freguesia da vila.
À semelhança da sede do Concelho, nasceu e cresceu próximo da Ribeira Grande, mas atualmente vê chegar até quase á sua porta as águas da Barragem do Maranhão. É precisamente sobre o braço desta barragem que chega a Ervedal que está construída uma singular e rara ponte suspensa que tem inumeras semelhanças com a ponte 25 de Abril.
Com projeto de autoria do Prof. Eng. Edgar Cardoso, elaborado em 1957 tendo a obra sido concluída no início da Década de 60. Passou entretanto por uma recuperação em 1998 após alguns anos de interdição depois de um incêndio que destruiu o pavimento original construído em madeira. Embora sem que exista uma certeza absoluta, diz-se que esta ponte foi construída como maquete com o propósito de testar a validade do projeto da ponte 25 de Abril, porém a sua origem poderá ter estado realmente na necessidade de cruzar o braço da barragem que alagou os terrenos adjacentes á outrora pequena ribeira que ali corria.

ORDEM DE AVIS

A Ordem Militar de Avis é a mais antiga das Ordens Portuguesas e ocupa um singular espaço na História de Portugal, por ter dado o nome à segunda Dinastia.
A antiga Ordem de Avis terá antes tido origem numa confraria de cavaleiros criada por, ou sob a protecção de D. Afonso Henriques, em data posterior à conquista de Évora (1166), por Geraldo, o «Sem-Pavor». A Milícia de Évora, como era conhecida, terá sido fundada por volta de 1175, tendo por finalidade assegurar a defesa da cidade contra os mouros. Estava submetida à regra beneditina, pelo que o nome de S. Bento ficaria, de futuro, associado ao nome da Ordem. O primeiro Mestre parece ter sido D. Pedro Afonso, filho ilegítimo de D. Afonso Henriques.
Em 1187, a Milícia submeteu-se à obediência da ordem castelhana de Calatrava, passando a ser conhecida como Milícia de Évora da Ordem de Calatrava até que, por volta de 1223, os freires de Évora se mudaram para Avis. O nome de Avis é, desta forma, posterior à fundação da Ordem e durante anos coincidiu com a obediência à ordem castelhana.
Foi no reinado de D. Dinis que a Ordem de Avis começou a ganhar autonomia face a Calatrava e o momento fundamental na história da Ordem está na designação de D. João, filho ilegítimo do Rei D. Pedro I, como Mestre de Avis. A morte do Rei D. Fernando I e a crise de 1383-1385, acabou por ditar a subida ao trono do Mestre de Avis e o início da dinastia do mesmo nome.

Insíngnia da Ordem de Avis

A Cruz de Avis, semelhante à cruz de Calatrava, com as pontas terminando em flores de lis, mas em verde, foi nessa altura integrada na bandeira portuguesa, assim permanecendo durante pelo menos um século. A Ordem ficou, desde então, associada à Coroa Portuguesa, sendo feitos mestres os Infantes e, a partir da bula Praeclara Clarissimi do Papa Júlio III, de 30 de Novembro de 1551, aos monarcas portugueses. Tal como aconteceu com as restantes ordens, estas alterações conduziram a uma crescente aristocratização da Ordem, passando a ser a nobreza o único requisito de pertença à mesma.
Até ao reinado de D. Maria I, acentuou-se o prestígio da Ordem de Cristo, em detrimento das de Avis e Sant’Iago da Espada, o que motivou em parte a reforma de 1789, em que se acometeu a cada uma das Ordens um objectivo específico. A Carta de Lei de 19 de Junho de 1789 determina “que a Ordem de São Bento de Aviz seja destinada para premiar, e ornar o Corpo Militar” (MELO, Olímpio de; Ordens Militares Portuguesas e outras Condecorações, Imprensa Nacional, Lisboa, 1922, p. 34).

Fonte: Presidencia de Portugal

PORTALEGRE

logo portalegre 300PORTALEGRE
"Uma terra de encantos,cercada de serras, ventos, penhascos, oliveiras e sobreiros"

  

O Concelho de Portalegre fica situado entre a planície e a montanha, enquadrado em pleno Parque Natural da Serra de São Mamede, gozando de uma enorme riqueza cultural, paisagística e gastronómica. Portalegre é a capital do Norte Alentejano. Cidade media, com uma localização estratégica face a Península Ibérica e ao resto da Europa, e favorecida por uma centralidade proporcionada pelo bom acesso as redes transeuropeia as de infraestruturas rodoviárias e ferroviárias. Adotando uma estratégia sustentável de desenvolvimento, o Concelho de Portalegre foi repensado de forma a oferecer funcionalidade e conforto, um ambiente que respeite a integridade de todos, espaços de encontro, qualidade e preservação arquitect6nica, segurança e elevados níveis de atratividade, com o objetivo de proporcionar uma qualidade de vida dificilmente igualável no contexto nacional.

Imagine uma escapadinha com sabor a serra, monumentos, tradição e modernidade. Venha a Portalegre, descanse e aproveite tudo aquilo que temos para lhe oferecer.  Aproveite a  oportunidade para respirar o ar puro da serra, perder-se nas ruas estreitas e conhecer lugares com uma enorme carga histórico-cultural.

Destacam-se, além das suas paisagens (e o triângulo turístico Portalegre-Marvão-Castelo de Vide), as vastas ofertas de Turismo Rural e Urbano, a sua gastronomia especial, os seus vinhos, azeites e ainda vários produtos regionais (os Rebuçados de Ovos, as Amêndoas de Portalegre, Bolos Fintos, Boleimas, queijos, enchidos, nos quais se destacam a farinheira de Portalegre IGP, o paínho de Portalegre IGP, o chouriço de Portalegre IGP, etc).


Com uma forte tradição industrial, a cidade desenvolveu-se principalmente a partir do seculo XVI, época em que foi elevado a sede de bispado e a categoria de cidade. 0 fabrico de panos de lã data da idade Media, conheceu um notável desenvolvimento a partir do séc. XVII e, no seguinte, com a fundação da Real Fabrica de Lanifícios, por iniciativa do Marques de Pombal. 

No séc. XIX surgiu a Fabrica Robinson, dedicada a preparação e transformação da cortiça, que e parte integrante da memória de Portalegre e possui um valioso espolio de arqueologia industrial. Em 1947, surge a Manufatura de Tapeçarias de Portalegre que, pela originalidade e valor artístico dos seus trabalhos depressa se tornou numa das principais referências da cidade. 

Recomenda-se uma visita pelo Centro Histórico, a volta do qual cidade se foi expandindo. E o lugar que guarda toda a história da cidade, as marcas e os testemunhos de uma existência prolongada, que pode ser atestada nas suas ruas, edifícios e monumentos: o Castelo e a Barbacã, com as suas funcionalidades; a Praça da República, onde se respira cultura em cada esquina; as igrejas e os Conventos, expressões da religiosidade de um povo; os Jardins e a proximidade da Serra, refúgios de frescura no calor impiedoso do verão alentejanos; os Museus e a Biblioteca, que guardam palavras e memórias por detrás das suas portas; a arquitetura popular das casas brancas e amarelas ou o Mercado Municipal, cheio de vida, onde se podem comprar produtos da terra.

 

Fonte: Município de Portalegre

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