ALJEZUR
UMA RELAÇÃO NATURAL
Na costa ocidental do Algarve e em pleno coração do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, encontra-se o concelho de Aljezur. De inegável beleza, conserva paisagens inesquecíveis entre a serra e o mar, em harmonia com o seu valioso património natural e cultural.
De norte a sul, de Odeceixe à Carrapateira, o concelho oferece inúmeros motivos de visita, incluindo 40 Km de costa onde existem praias para todos os gostos, desde Odeceixe, eleita como uma das 7 Maravilhas – Praias de Portugal, até ao Amado, afamada a nível mundial para a prática do surf.
Aljezur é particularmente indicado para aqueles que procuram ambientes mais próximos da natureza, com condições excelente para realizar caminhadas ou passeios de BTT, com observação da flora e fauna, surf e bodyboard, pesca desportiva, orientação, equitação, entre outras modalidades. A Rota Vicentina e a Via Algarviana são duas grandes rotas pedestres que cruzam o concelho que os visitantes podem e devem usar para disfrutar de tudo quanto Aljezur tem para oferecer.
Dotado de uma a excelente rede de alojamentos, Aljezur oferecer opções para todos os gostos, desde os que procuram hotéis mais sofisticados, passando por empreendimentos de turismo no espaço rural, o alojamento local, em moradias, apartamentos e estabelecimentos de hospedagem, destacando-se aqui inúmeros e recentes hostels, sobretudo destinados às camadas mais jovens, à Pousada da Juventude na Arrifana e ainda um parque de campismo e caravanismo.
O município de Aljezur tem 323,50 km² de área é composto por 4 freguesias - Aljezur, Bordeira, Odeceixe e Rogil. A norte Aljezur é limitado pelo município de Odemira , a leste por Monchique, a sueste por Lagos, a sudoeste por Vila do Bispo. E claro, a oeste o vasto Oceano Atlântico é o vizinho que define os limites do concelho.
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A HISTÓRIA
As marcas do passado de Aljezur levam-nos até hà 7000 anos antes de Cristo, altura em que pelos territórios que hoje integram Aljezur habitavam povos nómadas, caçadores/recolectores, caçavam e apanhavam mariscos do mar, capturavam animais em terra para carne, ou procuravam tubérculos, raízes e frutos que para a sua alimentação.
Escavações arqueológicas realizadas em vários pontos do concelho sugerem uma ocupação humana deste o período do Neolítico até aos dias de hoje, existindo de vários períodos. Porém é período islâmico (séculos X-XIII) que se encontraram mais vestígios.
Na verdade, a fundação de Aljezur é atribuída aos Árabes no Sec. X, sendo depois tomada pelos Portugueses em 1249 já no reinado de D. Afonso III. Em 1280 Aljezur recebe Foral pela mão de D. Dinis, reformado por D. Manuel em 1504.
Após a Restauração da Independência, nos reinados de D. Afonso VI e D. Pedro II, os corsários marroquinos que desembarcavam na costa de Aljezur e assaltavam as povoações mais próximas. Para proteger as povoações de roubos, pilhagens e raptos, em 1635 foi mandado construir o Forte da Arrifana, reedificado em 1670, que tinha como principal função a defesa de uma armação de pesca que, já em 1516, existia neste local.
Em 1755 Aljezur foi devastada pelo grande terramoto. O Bispo D. Francisco Gomes do Avelar mandou construir a Igreja da Nossa Senhora D'Alva em local fronteiro à vila para que os habitantes se transferissem para aquele local e para ali crescer um novo aglomerado populacional, passando a se chamar a Igreja Nova.
NATUREZA
Inserido na Costa Vicentina, o concelho de Aljezur possuiu uma orla costeira com mais de 40 Km de extensão orientada a poente com inúmeras praias rodeadas pelo perfil serrilhado de altas arribas xistosas, ora prolongam-se terra adentro em dunas extensas ora são conchas de areia dourada ladeadas pelas rochas negras altaneiras .
Tão longa extensão de mar oferece múltiplas opções quer para aqueles que procuram disfrutar as praias e das águas do atlântico, quer para os praticantes de desportos aquáticos como o surf e o bodyboard, ou ainda para os pescadores desportivos que desejem tentar a sua sorte e capturar os peixes das ricas águas oceânicas.
O Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina é também um excelente ponto de referencia para uma visita e para os amantes da natureza, que aqui podem observar inúmeras espécies de animais e plantas, marinhos e terrestres, alguns deles raros.
A Rota Vicentina – Associação para a Promoção do Turismo de Natureza na Costa Alentejana e Vicentina, é uma Associação sem fins lucrativos que, desde 2013, se assume como entidade responsável pela gestão, integração, estímulo, desenvolvimento e promoção dos trilhos pedestres da Rota Vicentina, inseridos no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, assim como da oferta turística associada ao produto turístico que a Rota Vicentina representa.
A beleza da paisagem, o património natural, histórico e cultural, os recursos turísticos e a natureza pública dos caminhos, foram os principais critérios seguidos no processo de escolha do traçado, composto por caminhos existentes e formado pelo Caminho Histórico, Trilho dos Pescadores e vários Percursos Circulares, itinerários que se complementam revelando a verdadeira essência do Sudoeste de Portugal.
Em 2019, a Rota Vicentina expandiu a sua oferta contando também com um sistema de mais de 1000 km de Percursos de BTT, um traçado de Touring Bike que une os aeroportos de Lisboa e Faro, e diversas atividades de Natureza, Cultura e Bem-Estar.
GASTRONOMIA
A proximidade com o mar reflete-se numa culinária onde abundam os pratos de peixe (sargos, douradas, robalos) e marisco (desde os ouriços às lapas, sem esquecer o mexilhão e os tão apreciados perceves). Da "terra" vêm outros sabores, desde pratos de carne dos animais criados na região e de caça (coelho, javali), sempre acompanhados por outros produtos locais.
Entre os pratos mais usuais em Aljezur incluem-se o feijão ou couvada com batata-doce, papas mouras com “piques”, arroz de mexilhão, feijoada de búzios, sargos, douradas ou robalos cozidos ou grelhados no carvão, perceves, mexilhão, morcela frita, entre outros, que podem ser saboreados nos vários restaurantes do concelho.
Como sobremesa destacam-se os pastéis, o bolo e o pudim de batata-doce, e os fritos, cobertos de uma calda de açúcar ou mel, combinados com uma aromática aguardente de medronho, produzida há séculos nesta região do país,
O amendoim, cultivado com grande expressão na freguesia de Rogil, é um aperitivo bastante apreciado e de excelente qualidade.
Fontes: Municipio de Aljezur, Wikipedia, Outros