VIANA DO ALENTEJO
TEMPO PARA SER FELIZ
Viana do Alentejo, sede de concelho com o mesmo nome é uma típica vila Alentejana, de casario branco e telhas de barro, onde felizmente o tempo ainda tem um andamento diferente. Com uma paisagem e ambientes característicos do Alentejo, em que a planície está salpicada de montes e montados, dois elementos se destacam em sentido oposto, primeiro a pequena Serra de Viana do Alentejo, em cuja vertente norte a vila está implantada que que atinge os 374 metros. Mais a ocidente, para lá de Alcáçovas, a segunda mais importante povoação do concelho, é o vale escavado da ribeira das Alcaçovas , que no seu caminho até à barragem do Pego do Altar se vai afundando na paisagem, criando um corredor verde no meio da planicie dourada
Perdem-se na histórias quais as verdadeiras origens deste povoado. Muito provavelmente a pequena serra que domina vastos quilómetros em redor poderá ter sido um ponto de acolhimento de grupos de pessoas ao longo dos séculos, mas a verdade è que são raros os vestígios da pré-história que possam ajudar a completar a história e vivencia dessas tribos ancestrais. Apenas com a chegada dos Romanos á Península se começaram se começaram a construir infraestruturas que viriam a perdurar para nos ajudar na compreensão da história da vila e do concelho.
A disciplina e cultura impostas pelo império Romano veiram tambem trazer a toda a península uma evolução significativa, como o caso uma nova e estruturada rede viária que recortava todo o território, facilitando as trocas comerciais, mas também o governo de todo o império. Viana do Alentejo fazia parte de dois importantes trajetos, dois importantes itinerários que ligavam, respetivamente, Ebora a Pax-Iulia (Beja) e a Salacia (Alcácer do Sal). Ao longo destes dois caminhos nasceram importantes aglomerados urbanos, que posteriormente viriam a assumir particular relevo para o culto cristão, N. Sra. da Esperança e N. Sra. d' Aires, sendo que neste segundo local foram encontrados restos de uma necrópole com lápides funerárias e moedas da época dos primeiros imperadores.
Após o desmoronamento do Império Romano, e subsequente ocupação em primeiro lugar pelos Visigodos e depois pelos Muçulmanos, a Viana do Alentejo volta a "desvanecer-se", não porque este e os povoados circundantes tenham desaparecido realmente, mas sim pela escassa presença de vestígios ou registos que ajudem a estabelecer uma melhor compreensão da vivência das pessoas nestas terras.