CASTELO BRANCO
UM SEGREDO BEM GUARDADO
Com um odor característico, que varia entre o aroma quente das estevas, os cítricos da flor de laranjeira e o cheiro adocicado da tília, Castelo Branco tem um apreciável património de interesse histórico, cultural e paisagístico que, associado à requalificação do espaço público da cidade, à oferta de equipamentos culturais, desportivos e de lazer, tornaram o Concelho num lugar de forte atração turística.
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O QUE CASTELO BRANCO TEM DE MELHOR
A gastronomia regional da Beira Baixa, desde sempre apreciada pela sua riqueza e diversidade, está estreitamente ligada à história e aos costumes de um povo outrora limitado pela localização geográfica e pelos recursos agrícolas obtidos da própria terra.
Os produtos alimentares regionais são o que temos de melhor! Os queijos, que gozam da maior fama, são elaborados de forma artesanal com leite de ovelha ou de cabra, ou mistura de ambos, sendo apreciados por todo o País.
De realçar a qualidade de enchidos, do mel e, mais recentemente, de alguns vinhos produzidos na região.
O azeite é um produto de enorme importância no panorama histórico e social da Região e de Portugal, sendo este um elemento fundamental nos hábitos alimentares dos países da bacia do Mediterrânico, considerado a principal fonte de gordura - utilizado em entradas ou no tempero de saladas, na confeção de variados pratos e ainda em sobremesas.
DISFRUTE DO SEU TEMPO NA CAPITAL DA BEIRA BAIXA
Nos últimos anos, diversas intervenções foram postas em prática para promover maior atratividade dos espaços, com o aumento de áreas pedonais, espaços verdes e espaços de lazer e de manutenção.
Castelo Branco é hoje uma cidade onde a natureza e os espaços verdes assumem um notável protagonismo.
As piscinas praia de Castelo Branco e de Alcains são das maiores do país e todas as piscinas do concelho estão totalmente equipadas com estruturas de lazer, oferecendo a todos aqueles que as utilizam os mais elevados padrões em termos de qualidade da água, higiene e segurança.
Para quem gosta de passear de barco agora é possível sair de Castelo Branco, apanhar o barco no cais de Lentiscais e navegar rio abaixo rumo ao lado espanhol.
Para quem prefere aliar o desporto à natureza, a rede de percursos pedestres de pequena e média rota do Concelho de Castelo Branco, proporcionam aos seus visitantes e aos amantes do pedestrianismo a oportunidade de conhecerem o património que carateriza a área abrangida pelos percursos.
O Município de Castelo Branco tem 5 rotas disponíveis, quatro rotas pedestre e uma de BTT. Desfrute do estimulante contacto com a Natureza e dos benefícios da prática de atividades ao ar livre, venha conhecer antigos lagares de azeite, aldeias pitorescas de casario disperso mas de gentes que sabem e gostam de receber quem chega de fora. Venha conhecer os Moinhos de Rodízio, pontes antigas, um poço que tem lendas e histórias para descobrir e ribeiras para fotografar.
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HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO DE CASTELO BRANCO
Não é clara a história da fundação de Castelo Branco, mas sabe-se que a região já é habitada desde o Paleolítico - como comprovam as escavações arqueológicas de 2008, realizadas na zona do Castelo, que revelaram artefactos datados da Pré-história.
Depois da Reconquista, em 1165, D. Afonso Henriques faz doar à Ordem do Templo - doação depois confirmada pelo seu filho, D. Sancho I, em 1198 - toda esta região da Beira para povoamento e defesa dos ataques dos infiéis.
Mais tarde, já no século XIII, surge um documento de doação aos Templários de uma herdade designada de Vila Franca da Cardosa, emitido por um nobre de nome D. Fernando Sanches. Esta propriedade compreendia, entre outras, as terras de Castelo Branco. No ano seguinte, o Papa Inocêncio III confirma a régia doação, afirmando que os Templários tinham fundado, na fronteira dos mouros, uma vila e fortaleza, no sítio da Cardosa, a que eles deram o nome de Castelo Branco.
O primeiro foral é dado à Vila de Castelo Branco, pelo então Mestre da Ordem do Templo, D. Pedro Alvito, durante a primeira metade do século XIII. A partir dessa altura, a vila parece ter rapidamente adquirido importância, pois terá sido inclusivamente escolhida para a realização de vários capítulos da Ordem do Templo. Com a extinção dos Templários e a passagem dos seus bens para a Ordem de Cristo, foi instituída em Castelo Branco uma comenda dessa mesma Ordem, com residência de comendadores e jurisdição em outras comendas.
No decurso do século XIII, Castelo Branco, cuja vida até então se desenrolava intramuros, vai ter um considerável desenvolvimento. Deste modo, em 1285, quando D. Dinis visita a vila, em companhia da Rainha Santa Isabel, percebe que as muralhas constituíam um obstáculo à sua expansão. A obra de alargamento será concretizada já no reinado seguinte, ordenada por D. Afonso IV em 1343.
A expansão e desenvolvimento da vila são reconhecidos por D. Manuel I, em 1510, que durante uma visita lhe concede um novo foral. Em 1535, já no reinado de D. João III, é-lhe atribuído o título de Vila Notável. Nesta altura regista-se também um consistente aumento populacional. Com efeito, entre 1496 e 1527, crescem mais de 60 por cento os principais núcleos habitacionais [de toda a Beira Interior], com destaque para a Guarda, Castelo Branco e Covilhã. Tal aumento de população fica a dever-se, sobretudo, à fixação de judeus sefarditas fugidos de Espanha, expulsos pelos Reis Católicos.
A atividade comercial da comuna judaica consolida uma base económica que vai permitir, mesmo após o decreto de expulsão dos judeus do País, em 1496, um grande volume de construção. Com efeito, é neste período que é fundada a Misericórdia e são construídos os conventos dos frades Agostinhos (1526), dos Capuchos (1562) e a Igreja de São Miguel, atual Sé. Já nos finais do século, o bispo da Guarda, D. Nuno de Noronha, ordena a edificação do Paço Episcopal, um belo palácio rodeado de jardins.
A elevação a Cidade aconteceria em 1771, por decisão de D. José I.
Fontes Municipio de Castelo Branco / Wikipedia / Outras (em atualização)
Fonte: Municipio de Castelo Branco