FERREIRA DO ALENTEJO
O ALENTEJO QUE HÁ EM NÓS
Ferreira do Alentejo, ou apenas Ferreira como é habitualmente referida pelos locais e por muitos dos que a visitam, é uma vila e sede de concelho pertencente ao distrito de Beja, no Baixo Alentejo.
Com cerca de 650 Km é lar de pouco mais de 8000 habitantes que se dispersam pelas quatro freguesias que compõem este concelho e que são a União das Freguesias de Alfundão e Peroguarda, A união das Freguesias de Ferreira do Alentejo e Canhestros, a Freguesia de Figueira dos Cavaleiros e a Freguesia de Odivelas.
A HISTÓRIA
Os vestígios encontrados no território agora ocupado pelo concelho de Ferreira do Alentejo revelam a ocupação humana desde há milénios, remontando á pré-história para um período conhecido como Calcolítico. A existência de várias linhas de água e também de solos de qualidade terão sido fatores determinantes para fixar a população nestas áreas, sendo que o povoado que viria mais tarde a dar origem a Ferreira do Alentejo, seria um núcleo urbano aberto de grandes dimensões, fundado num período que se julga ser cerca de 2000 anos antes de Cristo o mesmo antes disso.
Passando por sucessivas civilizações e períodos históricos, à semelhança do que aconteceu por toda a Península Ibérica, a chegada dos Romanos contribuiu para um importante passo na evolução dos povos. Nas proximidades de Ferreira do Alentejo terá existido uma povoação romana conhecida como Singa. Um pouco por todo o concelho foram encontrados vestígios dos Romanos, incluindo lápides, moedas, utensílios dos mais variados tipos, uma ponte e a villa do Monte da Chaminé.
Julga-se que o já no final do período de ocupação romana, a cidade de Singa terá sido atacada pelos godos, suevos e alanos e outros povos bárbaros, tendo uma das principais defensoras uma mulher, que guardou a entrada do castelo com ferramentas de ferreiro, e que terá dado o nome à vila.
Após a ocupação Romana seguiram-se durante um breve período os Visigodos, até que os Muçulmanos chegaram e se estabeleceram, introduzindo diversas alterações no modo de vida e civilização. É atribuída aos Muçulmanos a destruição da cidade Romana embora tal não seja certo. Terá sido durante o período que se ergueu o castelo pois o mesmo tinha alguns vestígios de ter sido construído nessa altura.
A última mudança de civilização terá acontecido em 1233, altura em que os Portugueses tomaram definitivamente controlo da vila. Posteriormente este território terá sido doado à Ordem de Santiago da Espada para cultivar e desenvolver esta vasta área, tendo também sido construído um castelo no topo de uma colina, castelo esse que poderá ter sido fundado em 1150 por D. Gualdim Pais, mestre da Ordem dos Templários. Ferreira do Alentejo viria a tornar-se num importante ponto de passagem do Caminho de São Tiago.
Ferreira do Alentejo recebe foram em 1516 das mãos de D. Manuel I, muito embora so tenha sido reconhecida como vila em 1519.
Em 1800, o castelo de Ferreira do Alentejo apesar de ainda manter algumas das suas nove torres originais, o fosso e a barbacã, estaria já num avançado processo de degradação que viria a culminar com a sua demolição em 1839 num processo ordenado pela Junta de Paróquia para no seu lugar construir o cemitério tendo restado apenas o escudo da Ordem dos Espatários, que foi colocado na entrada principal do cemitério.
A vila viria a passar novamente por um período conturbado devido ás Invasões francesas e também às Guerras Liberais, na primeira metade do Século XIX. Em 1811, Ferreira do Alentejo estaria anexada, de forma judicial, à vila do Torrão.