VIDIGUEIRA

VIDIGUEIRA

A VILA DOS GAMAS


O concelho da Vidigueira fica no coração do Alentejo, na fronteira do Baixo com o Alto Alentejo, entre Beja e Évora. A Serra do Mendro, que dá corpo a essa fronteira, abriga o concelho pelo lado norte; a leste corre o Rio Guadiana, enquanto a sul e oeste se espraia a vasta planície.
Na serra, os montados alimentam de bolota o porco alentejano, dando origem a saborosos enchidos e presuntos, e a flora silvestre dá às abelhas a matéria-prima para um mel de primeira. Na planície, as hortas, os laranjais, e a trilogia mediterrânica que domina os campos, feita de searas, olivais e vinhas, dá origem a afamados produtos de qualidade (o pão, o azeite, e sobretudo, o vinho) que projetam o nome da Vidigueira no exterior.
É neste cruzamento de serra, planície e rio, que assenta a diversidade e o caracter excecional destas terras de pão e de vinho, e suas gentes de paz e de cante.


HISTÓRIA

A história da região estende-se ao longo dos séculos, mantendo-se até hoje vestígios dos povos que por lá passaram. Na riqueza histórica são notórias as influências da igreja católica. Entre o valioso património da Vila da Vidigueira destacam-se a Igreja de S. Francisco, a Torre do Relógio e a Torre de Menagem (vestígio do que foram os Paços do Castelo).
Esta riqueza de património histórico também é visível no resto do concelho. Em Pedrógão, está presente na Igreja Matriz, Torre do Relógio e Ermida de Santa Luzia. Na aldeia de Marmelar, já no sopé da serra, sobressai entre o típico casario, a Igreja Paroquial de Sta. Brígida, de inspiração mudéjar.
Selmes é uma aldeia tradicional na planície alentejana, atravessada pela Ribeira do mesmo nome, sobre a qual se ergue uma pequena ponte que se diz ser romana. Dos seus monumentos destacam-se a Igreja Matriz de Sta. Catarina e um conjunto urbano típico, pontuado por 6 nichos em alvenaria que constituem as Estações da Via Sacra. Na mesma freguesia, mas já no sopé da serra, está Alcaria da Serra, pequena aldeia de interessante arquitetura popular, onde se destaca a Igreja de N. Sra. das Relíquias.
Nas proximidades da Vila de Frades, encontram-se as Ruínas Romanas de S. Cucufate. Este impressionante conjunto arquitetónico é exemplar único na Península Ibérica por conservar ainda um primeiro andar. Posteriormente adaptado a Convento, manteve-se aberto ao culto até ao século XVIII. Podem visitar-se também na povoação e arredores, as Igrejas Matriz e da Misericórdia, as Ermidas de S. Brás e de Sto. António.


PAISAGEM

O território em que se inscreve o concelho de Vidigueira, localizado entre Beja e Évora, encontra-se ladeado a norte pela Serra do Mendro, a leste pelo rio Guadiana e a sul e a oeste pelas vastas planícies em que os horizontes se dilatam. Graças à sua vegetação exuberante, à abundância das águas, à riqueza das hortas e pomares e ao facto de estar encostada à Serra do Mendro já foi apelidada de “Sintra do Alentejo”. A diversidade paisagística existente, dominada pelo património natural mas também pelo património humanizado, propícias vivências únicas e harmoniosas.

Foi neste ambiente em que os humanos se estableceram há milénios, passando por vários periodos da civilização até chegarmos aos dias de hoje.  Existem pelo concelho vários sitios arqueológicos que revelam ao visitante a presença dos vários povos que por aqui existiram.   Eventualmente o elemento mais marcante será a Vila Romana de Cucufate.   
Depois a reconquista cristã, foram-se erguendo ermidas e igreas por estas terras, que para além de locais de culto, são hoje um testemunho da história e da fé das populações.


GASTRONOMIA

Sopas
A Vidigueira orgulha-se da sua gastronomia tradicional, que reúne à mesa os produtos regionais, como o pão, o azeite, as carnes e peixes do rio, numa combinação original e saborosa. O extenso receituário inclui pratos simples, como a típica açorda d'alho, ou outros mais elaborados. Segredos passados de geração em geração, que conquistam quem tem a boa sorte de os degustar.

Carne
Na serra, os montados alimentam de bolota o porco alentejano, dando origem a saborosos enchidos e presuntos. O borrego é outro dos animais criados na região. A caça, uma atividade com bastantes adeptos, fornece também carnes de qualidade, que estão na base dos tradicionais ensopados e assados. Um manancial de pratos que ganham fama fora das fronteiras do município.

Peixe
A influência do rio Guadiana na gastronomia da Vidigueira traduz-se em imensas receitas à base de peixe. Os pescadores trazem para a mesa enguia, sável, saboga, lampreia, tainha, bogas, corvina, esturjão e robalo. A arte da culinária alentejana transforma o peixe fresco em pratos de complexidade diversa e de dar água na boca.

Petiscos
Confecionados à base de carnes, moluscos e legumes, a mesa alentejana é rica em petiscos. No verão, os caracóis e as ameijoas estão prontos para ir ao lume, temperados com uma mão cheia de ervas aromáticas colhidas no campo. No inverno, os cogumelos da região, conhecidos como silarcas, são preparados com ovos ou carne frita, um verdadeiro manjar dos deuses.

Doçaria
A gila e o mel fazem parte intrínseca da doçaria alentejana. Receitas que são relíquias legadas pelas freiras e doceiras, passadas de geração em geração. Dos fornos da Vidigueira saem biscoitos e bolos regionais como as popias, bolos de mel, bolos folhados e escarapiadas. No Natal sobressaem as filhós e na Páscoa o arroz doce e o tradicional folar.

Fontes: Municipio da Vidigueira /  Wikipedia / Outras

SERPA

SERPA

TERRA FORTE

Serpa é uma cidade portuguesa e sede de concelho, localizada no distrito de Beja, região do Alentejo e sub-região do Baixo Alentejo.   

Serpa é um dos mais extensos municípios de Portugal  ao alcançar mais de 1100 km ² , dividido por  5 freguesias, que são:  Brinches, Pias,  Serpa (Salvador e Santa Maria), Vila Nova de São Bento e Vale de Vargo
Vila Verde de Ficalho.  

Serpa é um municipio raiano, fazendo fronteira a leste com Espanha.   A sul o concelho de Serpa é delimitado pelo concelho de  Mértola e a oeste por Beja, norte pela Vidigueira e a  nordeste por Moura 


A HISTÓRIA

As raízes de Serpa estão bem fundas na história, e tocam em períodos tão distantes como o Paleolitico e Neolitico, passando pelos períodos reconhecidos como as idades dos Metais (Cobre, Bronze e Ferro) e civilizações subsequentes até há conquista por parte dos Romanos. São inúmeros os locais no concelho que atestam estas ocupações, bem como as que se seguiram até ao período em que os Muçulmanos dominaram todo o território e deixaram traços da sua cultura que perduram até aos dias de hoje.

Serpa foi conquistada aos Mouros de forma definitiva em 1166 por D. Afonso Henriques, tendo no entanto sido perdida várias vezes até que a sua posse fosse consolidada.  Foi pela mão de D. Dinis que se mandou erguer o Castelo em 1295.  D. Manuel concede carta de foral á vila no ano de 1513.   Porém a sua história ainda viria a ter mais um período conturbado, quando nas guerras da restauração foi alvo dos ataques dos Espanhóis dada a sua proximidade com a fronteira, ataques esses que viriam a destruir grande parte da Vila.    Passaram vários séculos, períodos de desenvolvimento e recessão até que em 2003 viu o seu estatuto ser elevado, quando deixou de ser vila e passou a cidade.

Serpa é um concelho com uma forte identidade cultural, que se pode bem sentir nos seus usos e costumes, na sua gastronomia, nos seus festejos, mas sobretudo no Cante Alentejano,  hoje uma arte património da Humanidade e que no concelho é mantido vivo pelos 14 grupos corais que lhe dão voz.   Como arte, o Cante tem a sua origem algo difusa,  não existindo consenso que facilmente identifique o ponto de partida desta forma de cantar tão própria do Alentejo.  Segundo o próprio município, algumas correntes indicam que poderá ter começado nos cânticos árabes Sefarditas.  Outros falam do canto Bizantino, e outros ainda indicam que a fonte provável serão os cânticos religiosos das escolas claustrais da Sé de Évora. 


O MELHOR DE SERPA


Tal como na maioria do Alentejo a gastronomia regional é fortemente influenciada pela omnipresença do Azeite, elemento essencial de ligação entre ingredientes de qualquer refeição, produzido a partir dos olivais destas terras onde as variedades Galega, Cordovil de Serpa, Verdeal e Cobrançosa são consideradas das principais.  Longa é a história do Azeite por estas bandas, e são disso testemunho as muitas árvores seculares e até milenares que por Serpa existem, algumas das quais protegidas por lei.
Também os queijos, famosos os que aqui têm origem ao ponto de terem a sua denominação de Queijo de Serpa protegida, surgem frequentemente à mesa, quer como entrada ou como fecho de refeição em companhia dum bom vinho tinto e pão também de origem local e qualidade acima da média.
Tal como o Azeite, o vinho é um elemento fundamental de qualquer boa refeição Alentejana.  Produzem-se em Serpa vinhos de grande qualidade, tintos e brancos, perfeitos para acompanhar os famosos queijos ou serem o companheiro de eleição de um bom prato de carne de porco, o borrego, a caça (coelho, lebre, perdiz ou javali).
Por todo o concelho poderá encontrar locais onde saborear os pratos da excelente gastronomia local como a caldeirada e o ensopado de borrego, a lebre com feijão, o javali estufado e o cozido de grão, temperados com coentros, poejos, hortelã, orégãos, alho ou  azeite.  As sopas, de cação, da panela, de beldroegas, de tomate e de poejos são outros pratos emblemáticos da terra.

O concelho de Serpa é um concelho rural, coberto por vinhas, olivais, searas e montado.  Esta ruralidade e ligação á terra marcou o modo de vida e a cultura das gentes locais,  ligados durante muito tempo a um modo de vida que que assentava na  agricultura de subsistência, sendo produzidos localmente muitos dos bens de uso quotidiano. Como em qualquer outro local a modernidade também trouxe consigo a extinção de muitas artes e ofícios, incapazes de concorrer com a produção industrializada, lançando no esquecimento artes e saberes que perduraram centenas de anos.  Resiste hoje em dia a produção de queijo, alguns sapateiros, carpinteiros e cadeireiros.

Aos amantes da Natureza, sobretudo os que mais gostam dos espaços abertos, Serpa oferece a Peneplanicie Alentejana apenas quebrada pelas elevações da Serra da Adiça e Serra de Ficalho, ricas em especies de fauna e flora, bem como uma fabulosa paisagem.  O Montado de Sobro e Azinho ainda vai resistindo em várias zonas do concelho, tentando resistir ao poder do dinheiro trazido pelas culturas intensivas.  
O Parque Natural do Vale do Guadiana  ocupa uma boa parte do concelho e merece uma visita atenta,  que deverá sempre incluir uma passagem pela famosa queda de água do Pulo do Lobo.   
Com um pouco de sorte poderá ainda conseguir um Lince Ibérico (Lynx pardinus), está desde início de 2015 a ser reintroduzido nesta zona após ter sido dado como extinto. Hoje, a população de Lince está em franco crescimento graças ao esforço de conservação que está a ser realizado há já alguns anos.

 

Texto em construção.
Fontes: Municipio de Serpa / Wikipedia / Outros

OURIQUE

OURIQUE

A CAPITAL DO PORCO ALENTEJANO

 

O concelho de Ourique situa-se numa zona de transição entre os grandes espaços abertos da peneplanície Alentejana que se prolonga para norte e as serranias da Serra de Monchique que se ergue a sua.   Esta "dupla personalidade" do concelho confere-lhe diversidade particular,  que marca não só o território como os usos e costumes de quem o habita.    

A Vila de Ourique, no Baixo Alentejo tem a sua fundação habitualmente identificada como sendo no ano 711, ano em que os Muçulmanos entraram na Península Ibérica, porém, tal como em toda a região, inúmeros vestígios arqueológicos dos vários períodos da Pré-História, da ocupação Romana, e Celta apontam para uma origem bem mais distante e atualmente já difícil de identificar. 

Aos Muçulmanos é atribuída também a edificação do Castelo de Ourique, reconhecendo a importância estratégica e militar deste lugar.  Esta fortaleza alternou várias vezes entre as mãos dos Cristãos e dos Muçulmanos durante o período da conquista Cristã.

Ourique foi palco da célebre Batalha de Ourique ocorrida nos Campos de Ourique a 25 de Julho de 1139, foi decisiva para a Independência de Portugal, quando as tropas Cristãs lideradas por Afonso Henriques venceram com grandes dificuldades os Muçulmanos.   Segundo a lenda, antes da refrega Cristo terá aparecido a Afonso Henriques, garantindo-lhe a vitória, confiando nas motivações religiosas que moviam o nosso Príncipe. Desta forma, a Batalha que se seguiria estava, de certa forma, protegida pelo poder divino. A vitória em toda a linha contra os “cinco reis mouros”, permitiu que em seguida e em pleno campo da peleja, Afonso Henriques fosse aclamado pelo seu exército como Rei de Portugal.

Ourique viria a recer a Carta de Foral concedida por D. Dinis em 1290, elevando a povoação a vila.  Em 1510 D. Manuel I renovou o Foral, confirmando os privilégios que D. Dinis anteriormente havia concedido.

Quanto à origem do topónimo de Ourique, esta poderá estar entre Ouro (pela proximidade com explorações auríferas) ou possivelmente Orik (da palavra árabe para desgraça ou infortúnio, no seguimento da derrota mourisca na Batalha de Ourique).


O TERRITÓRIO

Os principais rios do concelho são o Sado e Mira, este último que cruza longitudinalmente o concelho na sua parte mais estreita. A barragem do Monte da Rocha e parte significativa do regolfo da barragem de Santa Clara são duas maiores reservas de água concelho, influenciando a agricultura do Concelho. 

Ourique é também um território de Montado, que alterna entre as áreas de produção cereais, sobretudo mais a norte, e os pinhais nas zonas de relevo mais irregular na sul já nas proximidades da Serra de Monchique.

Conhecida como a Capital do Porco Alentejo, Ourique tem uma extraordinariamente longa tradição pecuária, já conhecida em 1288, ano em que D. Dinis concede a Carta de Feira Anual. Esta feira tinha a duração de um mês (de 15 de Abril a 15 de Maio). 

Quanto ao património, o  Centro de Arqueologia Caetano de Mello Beirão, o Circuito Arqueológico da Cola e o Depósito Votivo de Garvão são os pontos de visita de maior relevo e interesse para o visitante, mas o concelho tem muitos outros pontos que merecem um olhar mais atento, quer sejam as inúmeras igrejas antigas, ou os diversos pontos de interesse natural e paisagístico.

Fonte: Municipio de Ourique
Texto em construção

ODEMIRA

ODEMIRA

Planície, Serra e Mar, num Alentejo Singular

 

Odemira é uma acolhedora e bonita vila do distrito de Beja, que reserva para si o título de sede do concelho mais extenso do país.  Tão vasto território encerra em si 1001 encantos, oferecendo ao visitante uma paisagem variada que inclui a planície tão típica do Alentejo, mas também a bela e única costa vicentina banhada pelas águas do Atlântico, e a serra recortada por inúmeros vales onde correm pequenos rios que se juntam no Rio Mira, o maior rio do concelho e que desagua no mar junto á bela Vila Nova de Mil Fontes.

O Concelho de Odemira está dividido em 13 freguesias, mas apesar dos seus fantásticos atributos naturais, tem uma população residente relativamente baixa quando comparado com a sua dimensão, tornando-o num destino perfeito para quem quer aproveitar os bons momentos de tranquilidade e de contacto com a natureza.

 

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A HISTÓRIA

A origem do nome “Odemira” está envolto numa lenda com origens no período de ocupação árabe e no alcaide mouro de nome Ode e que governava estas terras.  Por altura da reconquista cristã, a sua esposa ao ver as tropas inimigas aproximarem-se do seu castelo exclamou: "Ode, mira para os inimigos, donde vêm sobre nós".  Diz-se que este aviso terá sido a razão da origem do nome Odemira.

Apesar de todo o romantismo e beleza que as lendas nos trazem, a origem mais provável do nome “Odemira” estará na palava “Wad” que em árabe significa “rio”, enquanto “Mira” terá raízes pré-

Odemira tem as suas origens bem distantes na história, encontrando-se por vários locais sinais da ocupação humana em períodos da pré-história, porém é com a ocupação Romana ocupa com Odemira começou a ganhar importância, ao que não será alheio a sua localização junto ao rio que fornecia uma via de comunicação privilegiada e segura, ladeado por terrenos férteis quando comparados com as serras mais agrestes em redor.  Depois de um curto período, seguiu-se a invasão da Península pelos Muçulmanos, que também aqui se estabeleceram e prosperaram, até que a povoação foi finalmente reconquistada pelos cristãos já no ano de 1238.  Esta foi uma reconquista difícil e tardia quando comparada com outras, e terão sido os frades guerreiros da Ordem de Santiago a conseguirem finalmente expulsar os Mouros.

Foto: Municipio de Odemira

Em 1245, o castelo de Odemira é doado ao bispo do Porto, D. Pedro Salvadores por D.Paio Peres Correia, mestre da Ordem de Santiago.  Em 1256, D.Afonso III concede-lhe carta de foral criando o concelho, mantendo uma continuidade e importância da povoação que já vinha dos Muçulmanos.

Quase 100 anos depois, o rei D. Dinis doa Odemira a Manuel Pessanha, um genovês que participou na organização da marinha Portuguesa.  Alguns anos mais tarde o concelho passa para as mãos da Ordem de Santiago por um breve periodo antes de retonar à coroa Portuguesa já no ano de 1352.  A vila e o concelho passam de mãos várias vezes até que em 1446 é criado o Condado de Odemira, cujo conde era D. Sancho de Noronha.   Em 1510 D. Manuel renova o foral de Odemira e já nessa sublinhou a importância dos montados, da criação de gado, do porto de mar, e também dos filões de minerais do concelho.

O condado de Odemira foi extinto 1661, sendo este território integrado nas propriedades da Casa de Cadaval.  Já no sec XX, com o regime liberal implantado, são reestruturados os limites do concelho, mantendo-se inalterados até aos dias de hoje.

Ao longo da história, os povos que passaram por Odemira foram deixando vestígios da sua ocupação, alguns tão distantes como a Necrópole do Pardieiro, identificada como pertencendo á Idade do Ferro.   Dos Romanos restam ainda pedaços da rede viária.   Dos Árabes podemos encontrar inúmeros traços da sua cultura no edificado local e restos do Castelo.  Após a ocupação Cristã foram erguidas algumas igrejas.   Já em Vila Nova de Mil Fontes, poderá visitar o Forte de São Clemente, construído para defender o porto.

Odemira como sede do concelho destaca-se entre as demais, mas as históricas povoações de Vila Nova de Milfontes, S.Teotónio, S.Luís, Relíquias, Colos, Vale de Santiago, S.Martinho das Amoreiras, Santa Clara-a-Velha e Sabóia merecem também uma visita.


PARA VISITAR
Foto: Municipio de Odemira

A vastidão do município de Odemira permite-lhe uma diversidade singular, com muitos pontos de interesse à espera de serem descobertos pelos visitantes.   Talvez o mais rapidamente venha à mente do visitante são 55 kms de costa, inseridos no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina,  repletos de praias como a praia do Malhão, da Farol, da Franquia, das Furnas,  das Almograve,da  Zambujeira do Mar, de Alteirinhos e do Carvalhal e no interior a Praia Fluvial de Santa Clara. Ao longo destas praias encontrará inúmeros portinhos de pesca artesanal que ajudam a trazer para terra as delícias que o mar oferece, e a dominar a paisagem, o  imponente Cabo Sardão, o ponto mais ocidental de todo o Alentejo.     

A barragem Santa Clara é outro ponto de interesse, outrora a maior barragem de Portugal tem também uma praia fluvial, oferecendo muitas possibilidades aos visitantes, tal como o próprio rio Mira, com um longo troço navegável.

As atividades artesanais predominantes em Odemira são: cestaria, cerâmica, olaria, tecelagem, latoaria, fabrico e empalhamento de cadeiras, violas campaniças, miniaturas de atividades locais e de alfaias agrícolas e abegoaria.

Com um concelho tão vasto e tão diverso, a gastronomia só poderia ser rica, no caso muito rica.  Mais próximo da costa são os “sabores salgados” do atlântico que fazem as delícias à mesa, com inúmeros pratos de peixe e marisco.  Mais para o interior, o Montado e a Serra oferece os “sabores quentes” do Alentejo,  onde se incluem pratos de carne, enchidos, queijos, pão, mel e insuperável Medronho

Odemira é nos dias de hoje um concelho dividido entre a agricultura e o turismo como principais atividades económicas.  Os Montados e a Serra produzem uma fabulosa riqueza sustentável, enquanto mais próximo da costa, são os produtos hortofrutícolas que dominam, se bem, que a sua expansão tem sido algo superior ao desejável.  Ao turista, Odemira oferece uma quase infindável lista de ofertas, com opções que agradarão a quase todos. 

 

Texto em construção.

MÉRTOLA

MÉRTOLA

VILA MUSEU

Já com o Algarve á vista e a espreitar para Espanha, situado no extremo sudeste do distrito de Beja encontramos o Municio de Mértola, cuja sede de Concelho dista aproximadamente 50 km da capital de distrito.   Apesar do território algo agreste,  Mértola tem no Rio Guadiana a sua principal "fonte de vida" usada à muitos seculos como via de comunicação e de sustento dos povos que foram habitando a vila e territórios circundantes.

O concelho de Mértola tem uma extensão de 1.292,9 Km2 com o território a ser ocupado por sete freguesias que são Alcaria Ruiva, Corte do Pinto, Espírito Santo; Mértola, Santana de Cambas, São João dos Caldeireiros e a União de freguesias formada por São Miguel do Pinheiro, São Pedro de Solis e São Sebastião dos Carros.

A HISTÓRIA

Desde que os primeiros humanos pisaram o território que hoje é o ocupado pelo Concelho de Mértola que o Guadiana exerceu uma influência determinante na localização dos povoados, na cultura local e sobretudo na economia, pois o rio desde sempre que foi uma importante porta de entrada na península e parte integrante de rotas comerciais de povos tão antigos como os Iberos, Fenícios, Gregos e Cartagineses.
A chegada dos Romanos ao território no século II a.C. significou um conjunto de melhorias e modificações nos modos de vida e organização das populações locais. A partir de então este lugar passou a chamar-se a Iulia Myrtilis ou Myrtilis Iulia, consolidada a sua posição como importante entreposto comercial nas rotas maritimas que ligavam a península a outras cidades e a Roma, capital do império.    A chegada dos Romanos trouxe também consigo o Cristianianismo e a construção de templos em devoção a Cristo dos quais é testemunho a Basílica Paleocristã do Rossio do Carmo.
Á semelhança do que aconteceu pela restante península, o declínio do império Romano deu a oportunidade aos Visigodos de ganharem força e tomarem o controlo do território, dos quais ainda é possível encontrar diversos vestígios pelo concelho.
Em 711 depois de Cristo, os Árabes liderados por Tarik conquistam Mértola, que uma vez mais via a sua importância reconhecida  como o porto mais ocidental do Mediterrâneo consolidada o sua posição comercial.  Martulah, como era designada pelos Árabes, chega a ser durante um curto período no século XI, capital de um pequeno emirado islâmico independente, a taifa de Mértola.
Em 1238 D. Sancho II dá por terminada a ocupação Árabe, reconquistando para os Cristãos a povoação de Mértola e territórios circundantes. Doada á Ordem dos Cavaleiros de Santiago, viu cair em declínio a sua importância comercial até que nos  XVI e XVII recuperou parte do seu estatuto fruto do aumento da exportação de cereais para colonias Portuguesas no Norte de Africa.   Entretanto em 1512, D. Manuel I concede Foral a Mértola reconhecendo a sua importância para o reino.
Durante os últimos anos do seculo XIX, a descoberta de minério na serra de São Domingo fez renascer Mértola. Na aldeia de S. Domingos ergueu-se um complexo mineiro que chegou a ter o seu próprio caminho de ferro para a exportação do minério, mas até isso viria a terminar com o esgotamento das jazidas, e uma vez mais Mértola perdeu importância, refletindo-se no numero de habitantes reduzido e mais de 50% 

Mértola conserva ainda muitos traços e vestígios do seu passado, que viram luz do dia ao longo de inúmeras campanhas arqueológica que revelaram elementos da cidade Romana, da Cidade Islâmica e de outros períodos de ocupação.  A própria vila conserva muitos elementos das culturas antigas que poderão ser reveladas por um olhar um pouco mais atento


CULTURA E PATRIMÓNIO

A cultura de Mértola, mas sobretudo a sua história assumem um papel relevante na vida deste município, ambas reconhecidas de diversas formas.  Destacam-se o Festival Islâmico de Mértola que a cada dois anos relembra o passado Islâmico desta vila.     
Destaca-se também o Museu de Mértola, da responsabilidade da Câmara Municipal de Mértola, composto por vários núcleos, localizados sua maioria no Centro Histórico de Mértola. Tem como função estudar, inventariar, tratar, conservar e divulgar todo o espólio que, ao longo dos últimos 30 anos, foi sendo descoberto nas inúmeras intervenções patrimoniais e arqueológicas.
Mértola convida o viajante a passar algum tempo a percorrer as suas ruas, observando os inúmeros detalhes históricos da vila e alguns monumentos ou edifícios, como a Câmara Municipal, a Myrtlis romana; na Torre de Menagem do Castelo, o Museu Islâmico ou  igreja matriz que incorpora elementos de várias épocas incluindo do período Islâmico, do qual subsistem os arcos em ferradura e o mihrâb.

 



GASTRONOMIA

A gastronomia de Mértola reflete o seu passado, mas também o seu território e o aproveitamento daquilo que a terra, muitas vezes agreste e ingrata produz, encontrando-se o equilibro no rio Guadiana, fonte de sustento dos habitantes que ousavam explorar as suas águas.
As sopas de peixe do rio, lampreia com arroz branco, sável e saboga frita, ovas de saboga, ensopado de enguias e Muge frito com arroz de tomate fazem parte dos pratos com origem nas águas do Guadiana.  Já dos terrenos circundantes vêm os produtos para as sopas de beldroegas, sopas de tomate, sopas de toucinho e açorda de poejo.
Também nas terras de Mértola são criados os animais cuja carne faz parte da gastronomia local, como é o casso do Borrego e o Porco Perto, que dão origem ao Ensopado de Borrego e a diversos pratos de carne de Porco respetivamente, acompanhados por  as migas, as saladas de tomate e gaspacho alentejano.   
O concelho tem também importantes reservas de caça, com diversos pratos de caça a juntarem-se àos demais pratos de carne, e onde podemos encontrar o coelho frito, lebre com feijão branco, javali estufado e a perdiz de escabeche. 
A doçaria local é também rica e de qualidade, onde entre outros figuram o nógado com folha de laranjeira, rosas de mel de Mértola, doces secos de massa de pão, costas de torresmos, popias caiadas e bolos de requeijão.
Em redor de Mértola também se produzem alguns vinhos de qualidade e outras bebidas não alcoólicas como por exemplo o sumo de figo da India e diversos chás feitos com ervas aromáticas.


PARQUE NATURAL DO VALE DO GUADIANA

O Parque Natural do Vale do Guadiana é uma área protegida com cerca de 70.000 ha ocupando partes dos concelhos de Mértola e de Serpa e inclui a área envolvente do rio Guadiana bem como a Vila de Mértola.  
Os principais destaques do parque são o Pulo do Lobo - as quedas de água do Rio Guadiana, as Minas de São Domingos e a Sul, o Pomarão.
O Parque inclui diversas áreas bastante diversas, desde os vales encaixados do rio Guadiana e os seus afluentes, as elevações quartzíticas das serras de Alcaria e São Barão e uma extensa e agreste planície onde existem montados de azinho e áreas de esteval. Nas zonas mais inclinadas das serras e linhas de água ainda podemos encontrar o chamado matagal mediterrânico, naquilo que será o tipo de coberto vegetal mais antigo da toda esta região.
A variedade de flora e fauna do parque é um atrativo para os amantes da natureza, sendo lar de várias espécies em perigo de extinção ou raras, tais como a cegonha negra, o peneireiro das torres, a águia, o bufo-real, a pomba cinza, a víbora cornuda e a rã-ibérica.

A estrela do Parque Natural do Vale do Guadiana é o Lince Ibérico, cujo programa de reintrodução na natureza iniciou-se em 2015 precisamente no concelho de Mértola.  Previamente foram levadas a cabo diversas iniciativas no sentido de proporcionar um ambiente o mais natural e viável possível à existência do Lince.  
Durante os últimos anos têm sido libertados exemplares que se têm estabelecido e reproduzido, deixando alguma esperança de que dentro de alguns anos e apesar da grande influência que os humanos exercem no território, o Lince possa cada vez ser mais um símbolo da região e assumir o seu papel de predador de topo assegurando assim um importante elo na cadeia natural de toda a região.

 

CASTRO VERDE

CUBA

Terra com alma.

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Situado no centro da Vila de Cuba, o Posto de Turismo de Cuba, é o local onde se pode dirigir para ficar a saber, o que fazer, o que visitar, onde comer, onde dormir e ainda os eventos que acontecem.

Largo Cristóvão Colon
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Telef: 284 419 903 / 963 709 475

E-mail: turismo@cm-cuba.pt

Horário de Funcionamento:
Das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30

NA INTERNET
Site: //visitcubaalentejo.pt/
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LOCALIZAÇÃO

Descubra onde fica Castro Verde

COMO CHEGAR

O Concelho de Cuba tem ligações rápidas e fáceis a Évora e Beja, assim como assim como a outras partes do país, através do IP2 e o EN 256, com ligação à A6 respetivamente, facilitando as viagens até á região de Lisboa. Da mesma forma estão também asseguradas ligações comódas e rápidas tanto à região Centro e Norte, e também a Espanha tanto por Badajoz ou pela fronteira de Vila Verde de Ficalho.

Para sul o IP2 é a principal via fazendo ligação à A2 (Algarve/Lisboa), ou seguindo o IC27 até Vila Real de Santo António.

DISTANCIAS A PERCORRER ATÉ CUBA

  • Beja - 19 Km
  • Évora - 60 Km
  • Lisboa - 176 Km
  • Faro - 166 Km

GALERIA DE IMAGENS

Veja um pouco de Cuba

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